Fotógrafo: Estúdio Horácio Novais. Fotografia sem data. Produzida durante a actividade do Estúdio Horácio Novais, 1930-1980. [CFT164.21282]
Fotógrafo: Estúdio Horácio Novais. Fotografia sem data. Produzida durante a actividade do Estúdio Horácio Novais, 1930-1980. [CFT164.21374]
A ida e o regresso da guerra no Ultramar, o trabalho do campo, as capas negras dos estudantes. Regresse ao passado com estas 45 imagens de Portugal de outros tempos.
15.8.81. Portas do Sol.
Fachada. Fotógrafo: Estúdio Horácio Novais. Fotografia sem data. Produzida durante a actividade do Estúdio Horácio Novais, 1930-1980. [CFT164.695]
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Fotógrafo: Estúdio Horácio Novais. Fotografia sem data. Produzida durante a actividade do Estúdio Horácio Novais, 1930-1980. [CFT164.915]
Cervejaria e fábrica de cerveja Portugália - fachada. Situada na Avenida Almirante Reis. Fotografia sem data. Produzida durante a atividade do Estúdio Horácio Novais: 1930-1980. [CFT164.161315]
Fotógrafo: Estúdio Horácio Novais. Fotografia sem data. Produzida durante a actividade do Estúdio Horácio Novais, 1930-1980. [CFT164.1303]
O Cine-Teatro Odeon tem os dias contados e a sentença proferida ... uma sentença de morte com uma promessa de ressurreição. Caiu no esquecimento dos lisboetas por mais de vinte anos e é hoje palco de um espectáculo menos lúdico do que o que nos tinha habituado... a sua descaracterização em nome da sua salvação. Uma vez mais o carrasco é em simultâneo o “salvador”... tornando ainda mais bizarro este rocambolesco projecto. Durante o seu fecho ninguém se incomodou com a sua preservação, agora que se vê irremediavelmente ameaçado é hora de “descruzar os braços”... Este tão grandioso e icónico edifício foi vítima da sua índole, estrutura, localização e inépcia das entidades que o deviam proteger. A falência das grandes salas de espectáculos ditou o seu destino comercial inviabilizando a continuação da exploração, limitada pela escassa rentabilidade de tamanha estrutura. Embora se possa supor que pela escassez de salas de congressos em Lisboa, se poderia dar-lhe outro destino que não a sua desfiguração e condenação, a especulação imobiliária e os valores pecuniários tiveram a última palavra neste infeliz processo. A sua breve história contribuiu para um enriquecimento cultural e patrimonial, quiçá também para servir de exemplo às vindouras gerações de tudo aquilo que se deve evitar, uma vez que costumamos apenas dar valor àquilo que se perde.... neste caso, irremediavelmente. O seu projecto foi gizado pelo seu construtor, Guilherme A. Soares em 1923, tendo sido erigido quatro anos depois na Rua dos Condes, adossado às traseiras do cinema com o mesmo nome. O seu estilo, com laivos de classicismo confere-lhe uma aura de erudição arquitectónica corroborando-o como uma casa de cultura. A fachada rica em elementos decorativos e graciosamente prendada com uma fenestração exemplar, torna-o numa jóia de arquitectura que faria roer de inveja qualquer capital mundial. No interior somos brindados com uma traça Art Déco elevada ao seu maior esplendor. O tecto certamente inspirado num majestoso navio de cruzeiro das índias, foi construído em madeira de Pau-Brasil e é encimado por uma generosa clarabóia que enche este espaço de LUZ , tornando-o único no seu género em todo o mundo. O frontão da boca de cena é outro elemento decorativo que torna este singelo espaço num autêntico tesouro de arquitectura e "antro de cultura", é suportado por duas colossais colunas caneladas que lhe emprestam uma grandiosidade digna de um Teatro Nacional, sobrepondo a sua beleza a qualquer outro cenário que aqui tenha vivido nos tempos áureos deste espaço. O recinto divide-se pela sua altura em plateia e quatro ordens, constituindo frisas, um balcão inferior, camarotes (onde Salazar tinha um lugar de honra) e balcão superior, distribuídos por uma área de 5.000 m2 que acomodavam uma pequena multidão em cada espectáculo. Foi inaugurado com a devida pompa a 19 de Setembro de 1927, com a projecção do filme de Eric von Sroheim , “A viúva alegre”, e aqui se estrearam filmes como o “Pátio das Cantigas” e o “Leão da Estrela”. No plano musical foi também um espaço de eleicção, tendo sido palco de actuações de estrelas como de António Calvário e de Madalena Iglésias, além de ter tido uma excelente orquestra residente. O Ódeon foi também concebido como um espaço teatral, onde essa arte fez furor neste palco Este edifício era dotado de toda uma logística e meios técnicos do melhor de então, contando com camarins e bastidores para um elaborado elenco, tal como adereços e apoio cénico... como era um espectáculo completo e completamente espectacular. Foi acrescentado à sua traça em 1931 os balcões laterais e a galeria exterior que hoje anima a sua fachada e ainda preserva alguns dos vitrais e vestígios do glamour dos velhos tempos. Por uma questão estratégica de mercado e por acordo com uma distribuidora, dedicou-se a partir dos anos sessenta, à projecção de filmes espanhóis e mexicanos, garantindo o seu sucesso comercial por preencher um nicho de mercado de aficcionados espectadores. Acabou os seus gloriosos tempos entrando em vertiginosa decadência, quando nos últimos anos de vida apenas projectava filmes de adultos e de carácter duvidoso... A luta para a preservação do Ódeon foi encetada e encabeçada por Paulo Ferrero, líder e fundador do fórum Cidadania LX, que tem sido incansável na defesa do património erigido de Lisboa. Este exemplar cidadão fez dar início no então IGESPAR para a sua classificaçlão, entre 2005 e 2009, foi em 2010 revogado o pedido extinguindo o processo. Não rendido à desgraçada situação, iniciou uma petição atravéz do fórtum, recolhendo onze mil assinaturas que não foram suficientes para impor a democracia num dito estado de direito... não há direito...está tudo torto! A sociedade que o detinha, colocou um projecto para o transformar num centro comercial e de congressos, com a promessa de manter o tecto e o frontão, projecto que tem sido travado, adiado e protelado... Até que a DGPC aprovou a sua conversão para apartamentos e lojas, dando início às obras de demolição... Por ter prometido ao guarda que me deixou fotografar que só publicaria este trabalho nesta ocasião, aqui vos deixo este último testemunho do Cine-Teatro Ódeon e tudo o que restou do seu esplendor.
A ida e o regresso da guerra no Ultramar, o trabalho do campo, as capas negras dos estudantes. Regresse ao passado com estas 45 imagens de Portugal de outros tempos.
Portugal saiu da II Guerra em melhores condições financeiras do que a maior parte dos países europeus. Lisboa continuava a ser a montra de um regime que já haviam visto…
Vista do cais da estação ferroviária. Fotografia sem data. Produzida durante a actividade do Estúdio Mário Novais: 1933-1983. URL: www.biblartepac.gulbenkian.pt/ipac20/ipac.jsp?&profil... View of the train station's platforme. Capture date unknown. Produced during the activity of the Estúdio Mário Novais: 1933-1983. URL: www.biblartepac.gulbenkian.pt/ipac20/ipac.jsp?&profil... [CFT003 011349.ic]
Fotógrafo: Estúdio Horácio Novais. Fotografia sem data. Produzida durante a actividade do Estúdio Horácio Novais, 1930-1980. [CFT164.482]
An unidentified single ended rebodied car is seen at Largo do Rato
Fachada. Fotógrafo: Estúdio Horácio Novais. Fotografia sem data. Produzida durante a actividade do Estúdio Horácio Novais, 1930-1980. [CFT164.693]
Considerada um dos mais impressionantes edifícios lisboetas, a Igreja de São Vicente de Fora ergue-se como uma imagem emblemática do mecenato arquitec
Igrejas que já foram destruídas, ruas que já não se reconhecem e a capital nos tempos da Exposição do Mundo Português. Como era Lisboa nos anos 40 em pleno Estado Novo.
Situada no Jardim do Príncipe Real. Fotógrafo: Estúdio Mário Novais. Data de produção da fotografia original: 1949. [CFT003.39851]
Fachada. Arquiteto responsável: Rodrigues Lima. Data da inauguração: 08/11/1951. Fotógrafo: Estúdio Horácio Novais. Data de produção da fotografia original: 1981-1983. [CFT164.21420]
Vista do palco a partir do balcão superior. Edifício projetado pelo Arq. Cassiano Branco (1897-1970) e inaugurado em 1952. Foi desativado na década de 1990 e classificado Imóvel de Interesse Público em 1996. Fotógrafo: Estúdio Horácio Novais. Fotografia sem data. Produzida durante a atividade do Estúdio Horácio Novais, 1930-1980. [CFT164.42037]
Vista noturna da fachada. Arquiteto responsável: Rodrigues Lima. Data da inauguração: 08/11/1951. Fotógrafo: Estúdio Horácio Novais. Data de produção da fotografia original: posterior a 1951. [CFT164.21423]
24.2.90. R. das Amoreiras
Lisboa de Antigamente retrata a cidade, através de fotografias antigas das suas gentes, monumentos e muito, muito mais.
12.8.81. Santa Apolonia.
A sucursal da APT - "The Anglo Portuguese Telephone, C.º Ltd.", com 15 cabines telefónicas públicas, foi inaugurada em Março de 1931, na Praça D. Pedro IV (Rossio) esquina com a Praça D. João da Câmara, em Lisboa, mesmo ao lado do antigo e famoso "Café do Gêlo". Esta sucursal da APT veio ocupar uma loja anteriormente arrendada à "Vacuum Oil Company" (futura "Mobil Oil"), desde 1927, e que ali vendia produtos como fogões, esquentadores, caloríferos, cadeeiros, etc. da marca. Por sua vez o anterior arrendatário tinha sido a "J. J. Rugeroni" que já vendia produtos desta companhia, - tendo a "Vacuum Oil Company" reservado, para o efeito, as montras 1 e 2 da Praça D. João da Câmara. Esta, por sua vez, tinha substituído a anterior "Rugeroni & Rugeroni, Lda." importadora dos automóveis "Cadillac" e "Rolls-Royce" para Portugal. Esta firma, por sua vez, tinha substituído a anterior "Castanheira & Rugeroni, Lda.", ali, desde 1913 e que já era importadora da "Rolls-Royce" além das marcas de automóveis "Napier" e "La Metallurgique", e dos pneus "Goodrich" e "Fisk". A companhia APT - "The Anglo Portuguese Telephone, C.º Ltd." viria, aliás, a aproveitar a decoração tanto interior como exterior, do luxuoso stand de automóveis mandado construir pela firma "Castanheira, Lima & Rugeroni, Lda." e inaugurado em 23 de Junho de 1913. Por sua vez, o trespasse desta loja tinha sido adquirido, pela "Castanheira, Lima & Rugeroni, Lda." à firma "Alves & Baptista, Lda.", última proprietária da papelaria, livraria e tipografia "Mattos Moreira & C.ª". «A' esquina do Rocio, onde hoje existe o elegantíssimo Stand da firma Rugeroni & Rugeroni, quasi pegado ao "Freitas", abria as portas o café do "Balão", designação que lhe provinha do appellido do seu proprietário. Decorridos dez ou doze annos, em 1854 ou 1856, passou a denominar-se do "Moreira", depois do "Hespanhol" ou do "Canto do Muro". Este ultimo apodo incluia um qualificativo pouco agradável para a sua frequência, classifícavam n'a os malidecentes de indivíduos semelhantes aos que surgiam aos viandantes n'aquelle teniido sitio do pinhal da Azambuja. Alongava-se até á rua do Príncipe. Em 186S melhoraram-n'o e intitularam-n'o "Café Europa". Acabou em 1872, para ceder o logar á livraria Mattos Moreira, inaugurada no anno seguinte, em 1873.» in: Estroinas e Estroinices de Eduardo Noronha (1922) Livraria Editora e papelaria "Mattos Moreira & C.ª" 25 de Dezembro de 1879 Talão de "Cabine Publica" em 14 de Junho de 1930 gentilmente cedida por Carlos Caria Publicidade em 16 de Maio de 1931 Interior da sucursal da APT aquando do "Concurso de Telefone Mistério" em 1931 Interior da sucursal da APT do Rossio reproduzido na revista "Pirilau", estreada no "Teatro Variedades" no "Parque Mayer" em 25 de Junho de 1932 No início de 1945, esta sucursal da APT - "The Anglo Portuguese Telephone, C.º Ltd.", no Rossio é encerrada temporariamente para obras de renovação, interior e exterior, sob projecto do arquitecto Francisco de Assis tendo a respectiva decoração interior ficado a cargo de Pinto Lobo. Viria a ser inaugurada em 8 de Dezembro do mesmo ano. Anúncio de 1 de Dezembro de 1936 Alguns cartazes que foram expostos nesta sucursal Por ocasião da sua inauguração, o jornal "Diario de Lisbôa" descrevia assim as novas instalações: «Melhorada e modernizada, reabriu hoje a estação de telefones do Rossio, agora com 24 cabines, dotadas de estantes para tomar notas, de cinzeiro, espelho e vidros refractários ao mau hábito de escrever nas paredes. Não foram esquecidos os empregados que ali prestam serviço e que têm vestuários pessoais, cozinha para aquecimento de refeições e serviços sanitários.» Incluídos no seu programa «Cinco Anos de Trabalho», a APT anunciava no mesmo dia: «Durante o proximo ano de 1946, a Companhia propõe-se concluir mais as seguintes importantes obras: a nova central automática da Trindade; a nova estação do Campo Pequeno, em construção na Avenida de Berna, para outra central automática; instalar novos cabos entre Lisboa e Cascais, Lisboa e Sintra, e Lisboa e Torre da Marinha; e alargamento e refôrço da sede de Lisboa.» gentilmente cedida por Carlos Caria "Telefones" em 1961 A existência desta sucursal, que a partir de 1 de Janeiro de 1968 passou para a propriedade da TLP - Telefones de Lisboa e Porto, E.P." (data da sua fundação), teve uma vida longa até ao primeiro decénio do século XXI, altura em que já a "PT Comunicações, S.A." era sua detentora. Maio de 2009 (Google Maps) Viria a encerrar definitivamente e penso que ainda se encontra devoluta. Agosto de 2018 (Google Maps) fotos in: Arquivo Municipal de Lisboa, Biblioteca de Arte da Fundação Calouste Gulbenkian (Estúdio Mário Novais), Hemeroteca Digital de Lisboa
O Arquivo Municipal de Lisboa tem como missão recolher, guardar, tratar, preservar e divulgar a documentação relativa à memória da cidade, bem como promover a gestão integrada da informação produzida pela Câmara Municipal de Lisboa.