O que é o insucesso escolar? Insucesso escolar entende-se por uma grande dificuldade de uma criança com resultados abaixo do nível mínimo de educação esperada para sua idade. Certas crianças são intelectualmente dotadas e outras não. Poderá a criança ter uma personalidade simpática, sem qualquer tipo de problemas psicológicos mas que não consegue, muito simplesmente, aprender e acha difícil agarrar-se aos livros. Os problemas da criança são derivados do domínio da linguagem tanto oral como escrita. É óbvio que toda a criança que manifeste falhas na compreensão da leitura e na expressão escrita, reflete em classificações baixas e aproveitamento insuficiente para superar o êxito dos anos de escolaridade. Como a aprendizagem se faz por meio da comunicação, é da maior importância o domínio da compreensão e expressão oral. Outra fonte de problemas provém do domínio da linguagem matemática, em que se inclui o número, as quantidades, os sinais, as relações, as representações espaciais, etc. Qualquer criança pode sofrer regressões periódicas, isto é, comportamentos mais infantis que os correspondentes à sua idade, com perda ou diminuição de algum dos avanços já conseguidos. É natural que passe por confusões transitórias, que a tornem mais dependente, barulhenta e agressiva, menos capaz de suportar as pressões educativas. Fatores do insucesso escolar: ambiente familiar e social ambiente cultural estrutura escolar caraterísticas individuais do aluno No ambiente familiar costumam ser considerados como confusos, preguiçosos, distraídos, incapazes de concentra-se nas tarefas que têm de realizar, em suma, sem interesse, nem responsabilidade. Estas crianças sofrem, uma forte pressão ambiental, em que se misturam lisonjas, promessas ou ameaças. São frequentes as expressões como: «Se não estudas, não vês televisão», «Se não fazes os trabalhos de casa, não vais comigo a...», «Se não aprendes, quando fores grandes serás um...», «Se passares de ano, damos-te ...». Geralmente, são obrigadas a ter «explicações», sob orientação de um professor particular. Este queixa-se do pouco esforço do aluno, do seu desinteresse, da sua instabilidade, da incapacidade de fornecer informações sobre o trabalho de casa (temas a estudar, tarefas marcadas, datas das avaliações...). Também é corrente a afirmação de que o aluno não tem bases e que se vê impossibilitado de o recuperar no pouco tempo de que tem na sua aula de apoio. Na escola as situações são semelhantes e acrescidas, ou seja, problemas de comportamento, indisciplina, atitudes e gestos que têm a finalidade de chamar atenção. Comportamentos típicos de crianças com insucesso escolar: desassossego: hiperatividade, distração pouca tolerância à frustração: incapacidade de aceitar um insucesso ou uma crítica, hipersensibilidade irritabilidade:pouco controlo interior, impulsividade, birras ansiedade: tensão, constrangimentos retraimento: passividade, apatia, depressão agressividade: comportamento destrutivo, murros, mordidelas, pontapés procura constante de atenção: absorvente, controlador, impertinente rebeldia: desafio à autoridade, falta de cooperação distúrbios somáticos: gestos nervosos, dores de cabeça, dores de estômago, tiques, chupar no dedo, tamborilar com os dedos, bater com os pés, puxar ou enrolar o cabelo comportamento esquizóide: passar despercebido, falar sozinho, contacto com realidade desorganizado e fraco, comportamento estranho comportamento delinquente: roubar, provocar incêndios autismo: incapacidade de relacionar-se com os outros, inflexibilidade extrema, inadaptação, incapacidade de aprender pela experiência, falta de afeto, incapacidade de comunicar verbalmente A vivência do insucesso escolar é sentida como uma ameaça, como um perigo interior, como uma fonte de sofrimento de que precisa defender-se. O insucesso escolar costuma estar associado à inteligência do aluno e à sua capacidade mental. Quando se pensa em ajudar os pais para prestar apoio à criança com insucesso escolar, ocorre uma série de considerações importantes e que dependerá da eficácia da ação familiar. Não há receitas! Isto porque, cada criança, cada família e cada situação são peculiares e singulares, com modos e formas de relação muito pessoais. Todos são diferentes, desde a identidade até ás vivências. Ajudar os pais não quer dizer transformá-los em professores, nem tão pouco sobrecarregá-los dos problemas recorrentes no ensino, caso acontecesse, poder-se-ia em causa a função dos pais, tornando-os ineficazes. É bom que a criança transfira parte dos seus conflitos para ambientes não familiares, ou seja, para uma comunidade escolar que os suporte e controle. Os pais devem ser pais e os professores devem ser professores. Em determinados momentos, os pais podem ajudar os filhos nas tarefas escolares, interessar-se por elas, comunicarem através dos trabalhos e da atividade escolar, mas sem assumirem a função de professor particular. Meios para enfrentar o insucesso escolar: auto-estima (confiança e segurança em si mesmo, sentir-se bom e prestigiado) domínio dos impulsos (normas de comportamento, regras) domínio do símbolo (motricidade, representação simbólica, descarga de tensão) Uma das condições essenciais para que a criança possa enfrentar com êxito as várias dificuldades que estão presentes no seu processo de crescimento e que ocupam um lugar de relevo as dificuldades escolares, é ter assimilado o próprio EU em forma de auto-estima. Ou seja, que tenha encontrado a sua identidade, sentimentos bondade, de mérito, de confiança em si mesmo, nos pais e em todas as pessoas que fazem parte do seu mundo. Há que ter em conta que o insucesso e a impotência não são só da criança, mas de todo o meio que a rodeia e de que espera ajuda. Vejamos alguns padrões de comportamento que podem ser considerados como dinamizadores para superar o insucesso escolar. atitude de paciência - «dar tempo ao tempo» atitude de observação apoiar a confiança em si mesmo participação da criança no grupo - tarefas domésticas ou atividades do grupo familiar o jogo como atividade criadora - converte dificuldade em êxito; representação de papéis; converte a agressividade em atividade socialmente aceite; controlo do medo; disciplina social conhecimento do mundo infantil - a criança tem os seus interesses que revela nas suas preferências de leitura, nos programas televisivos, nos jogos, no relacionamento com os colegas. Aqui o adulto deve saber que estes aspetos podem facilitar a comunicação e o intercâmbio educativo. Resumindo, a colaboração contínua entre pais e professores é um caminho a percorrer para construir o sucesso escolar, não esquecendo de que não existem receitas, mas sim entreajuda, paciência e colaboração para com a criança.É necessário que a comunidade familiar e escolar consigam trabalhar em conjunto em função da criança, para que este consiga superar todos os obstáculos que se vai deparando no seu dia-a-dia.
Acordei quando senti as gotas a caírem pelo meu rosto. Será que é chuva ou será que são lágrimas? Olhei para o céu, e nem uma única nuvem negra, carregada para explodir sobre os grandes edifícios e sobre as pessoas que circulavam nas ruas. Percebi que eram realmente lágrimas que escorriam pelo meu rosto de tristeza, escorriam como se usassem o meu rosto um escorrega. Escorriam alegres...alegres? Porquê? Se quando choro é de tristeza...mas coitadinhas estiveram á tanto tempo presas dentro dos meus olhos, quando as libertei ficaram contentes. Até as lágrimas são felizes. Percorro as ruas, há procura de comida. Peço aqui, peço ali, peço... Transformei-me num «pedinte andante», um pedinte que só quer comer uma vez por dia, pois não tem mais por onde buscar. Que vida levo agora! Mas se recuar, até fui feliz em tempos... Cresci numa casa feliz, onde a educação e a transmissão de valores eram essenciais, para que eu e os meus irmãos...sim irmãos. Tenho dois irmãos (a Sara e o Pedro). Éramos felizes. Brincávamos e brigávamos, mas no meio destas tempestades todas éramos unidos. Fizemos os três a faculdade: A Sara tirou o curso de superior de Professora de 1.º Ciclo, dizia ela que adorava crianças e que adorava ensinar-lhes a ler e a escrever; o Pedro tirou o curso de Desporto, amante do ar livre e de desportos radicais; e, eu (Tiago) andava a tirar o curso de gestão, pois adorava dinheiro e tudo que envolvesse a economia. Éramos os filhos que qualquer família gostaria de ter. A Sara e o Pedro foram os primeiros a casar e a dar netinhos (como o meu pai os chamava). Eu gostava mais da vida boémia, de sair com os amigos até ás tantas, de saltar de rapariga em rapariga. Mas o destino pregou-me uma partida. Apaixonei-me perdidamente por uma rapariga no meu último ano da faculdade. Em plena serenata, reparei numa linda morena. Meti conversa com ela, finalista de Enfermagem, seu nome Maria. Conversa aqui conversa ali, começamos a dar-nos conta que tínhamos muita coisa em comum. Quanto mais falava com ela, mais deslumbrado ficava. Tinha os olhos de cor de amêndoa, o cabelo cor de alcatrão e a sua boca cor de cereja. Acabamos o curso e namoramos três anos até ao dia no nosso casamento. Sim, casamento. O rapaz das noitadas, pediu em casamento a mulher da sua vida e casou com ela, num dia lindo de verão. Foi o começo de uma nova vida e de uma nova etapa a dois. Nos primeiros anos tudo corria maravilhosamente bem. Depois com a ganância de ter uma vida de rico, aceitei fazer parte de uma empresa de investimento. Não tinha horários, nem fins de semana. A minha vida era só trabalho, trabalho e esquecia-me da minha vida pessoal. Passei horas e dias sem dormir. Era desgastante. Nasce o meu primeiro filho: Miguel. Lindo, perfeito, um ser inocente, mas maravilhoso. Prometi à Maria que iria passar mais tempo em casa para acompanhar o crescimento do Miguel. Mas foi o contrário...passava menos tempo em casa, e quando estava em casa discutíamos, e eu respondia que tinha de ganhar mais dinheiro porque a família tinha aumentado. Maria olhava para mim com tristeza e calava-se. Nasce o meu segundo filho, neste caso filha: Madalena. Outro ser lindo, perfeito, maravilhoso e único. Mais uma promessa, mais um incumprimento. As exigências no emprego cada vez eram maiores, tinha de cumprir objetivos, nem que tivesse de ficar a dormir no trabalho. Comecei a perder clientes que investiram e começaram a ver o seu dinheiro a desaparecer. A economia cada vez estava pior e não sabíamos como havíamos de ultrapassar, sem que perdêssemos o dinheiro dos mesmos. O meu chefe não estava nada contente com os resultados, pois a empresa estava a perder clientes e credibilidade. Mas que culpa tinha eu, se a economia estava em queda? Tinha e muita, segundo o meu chefe. Comecei a pensar que tinha uma esposa e dois filhos para cuidar e se perdesse aquele emprego como haveria de continuar a sustentar a família. Nada, mas nada surgia. E cada vez menos ia a casa e cada vez mais perdia clientes. O dia que marcou a minha vida e me transformou no que sou hoje, foi quando Maria fez me um ultimato: ou ela ou o emprego. Tinha de ter os dois. Não havia hipótese de escolha, ambos eram necessários faziam parte da minha vida. Maria disse-me: «És bom no que fazes, podes encontrar outro emprego». Mas eu não queria outro emprego, queria aquele. Queria a ela e os meus filhos. Queria a família. Queria tudo. Os meus pais e os meus irmãos sempre me avisavam: «Tem cuidado Tiago, um dia vais perder a tua família e o teu emprego se achares que o mais importante és só tu e mais tu. Quem tudo ganha tudo perde». Agora percebo o que queriam dizer. Maria pede o divórcio, com aquele olhar triste e de certo que ainda me amava, mas já não conseguia viver com uma pessoa «egoísta, só pensas em ti e esqueceste que na tua vida também somos nós: eu e os teus filhos fazemos parte dela» (palavras de Maria). O meu chefe despede-me alegando: «Diminuição de despesas e de pessoal devido à crise económica que se verificava no mundo». Boa argumentação. Nesse dia, não tive coragem de voltar a casa. Tinha perdido a família e o emprego. Como haveria de suportar as despesas, a vida que se tinha, o divórcio? Não sabia. Vaguei pelas ruas horas e horas, sem destino, sem rumo. Parei num bar e bebi até cair. Sempre ouvi dizer que beber não mata mas faz com que se esqueça. Acordei e só me lembro de estar sem carteira, a sangrar e com a cara dorida. Não me lembrava de nada e nem onde estava. Como se alguém me tivesse apagado a memória e de todas as recordações que tinha. Ou talvez fosse eu que quisesse que fossem apagadas. Agora aqui estou na rua, a mendigar. Sim, um sem-abrigo. Mais um nas ruas, mais um nas estatísticas, que todas as noites procura um abrigo para dormir, mais um que pede para comer, mais um que é ignorado e desprezado, mais um e mais um. Um nada... Que tem vergonha de voltar a casa pelo seu insucesso e pelos seus erros. Como eu também, há muitos colegas que andam a vaguear pelas ruas á procura de força para voltar ás origens. Eu sou uma das poucas estórias, existem outras muito mais difíceis e com maiores dramas. Eu sou um simples homem, eu sou um sem-abrigo que está a pagar por ter perdido o que mais valioso que um homem poderá ter: a Família. Talvez um dia ganhe coragem e volte. Talvez um dia me aceitem. Talvez um dia eu nem seja eu... Acordei quando senti as gotas a caírem pelo meu rosto. Será que é chuva ou será que são lágrimas? São lágrimas, lágrimas que escorrem pelo meu rosto...um dia...espero um dia...por uma resposta!
Nenhum ser é indiferente a outro, quando está em relação com ele. A maneira com nós nos comportamos afeta a maneira como os outros se comportam. O nosso comportamento afeta sempre, positiva ou negativamente a relação que estabelecemos com os outros. O ser humano deve ter a capacidade de se ajustar, em termos comportamentais,àqueles com quem se relaciona, isto porque, o mesmo comportamento pode não ser, do mesmo modo, eficaz para todo o género de pessoas com quem contactamos. Se desejamos que as pessoas com quem nos relacionamos modifiquem o seu comportamento porque ele «nos afeta» e «prejudica a nossa relação com elas», temos de agir no sentido de modificarmos,nós próprios, o nosso comportamento, quando com elas nos confrontamos. As pessoas não se comportam do mesmo modo em todas as situações. Elas têm a capacidade de percepcionar a realidade e ajustar-se a ela, em termos comportamentais, de modo a facilitar e tornar positivas as relações interpessoais. Todos nós devemos estar atentos ao nosso comportamento e ao modo como comunicamos verbalmente e não verbalmente, porque isso influencia, intensa e significativamente, o modo como o outro se relaciona connosco. O comportamento não é algo com que se nasça, como a cor dos olhos ou a cor do cabelo. É algo que nós vamos adquirindo ao longo da nossa vivência e que podemos modificar e ajustar quando a situação o exige, sempre em função da excelência da comunicação e da relação interpessoal. As pessoas devem ter a abertura suficiente para experimentarem novas formas de comportamento e de comunicação que permitam o seu ajustamento, cada vez mais eficaz, à relação com os outros. O comportamento profissional, em particular, pode assemelhar-se a uma máscara, isto porque o sujeito dever ser exemplar na sua relação: simpático, aberto, atencioso, prestável e comunicativo mesmo que, em termos sentimentais e emocionais, devido a condicionalismos diversos da sua vida, tais comportamentos não correspondem ao seu estado atual. Contudo, devemos ter em conta os princípios gerais do comportamento que podem influenciar a nossa vida pessoal e profissional: 1. Seja um bom ouvinte 2. Tente compreender as reações dos outros 3. Tente conhecer os outros 4. Não veja só os seus interesses 5. Aceite o sucesso dos outros 6. Conheça-se a si mesmo 7.Não tenha mudanças repentinas no seu comportamento 8. Não pense que é o rei de tudo e de todos Resumidamente: «Agressividade gera Agressividade» «Simpatia gera Simpatia»
Apareceste sem avisar, sem um único sinal, ou talvez até tenhas avisado mas de forma suave, como uma brisa de vento leve a bater no meu rosto. Apareceste e invadiste a minha vida pessoal, a minha vida profissional, o meu espaço. Destruíste quem a meu lado vivia e quem não vivia. Não sabes o quanto me doí a tua vinda ao meu mundo. Não sabes o quanto me doí a tua existência. Não tenho sentido do que me rodeia, do que me alcança, e saber que um dia, talvez ele perto, nada a meu redor vai fazer sentido. Não sei qual o caminho que vou percorrer, pois andas sempre atrás de mim, como se da minha energia e da minha força dependesse a tua vida, a tua existência. Doí saber que adorava ler e escrever, e agora as palavras falham da minha boca, da minha mão e do meu pensamento. Palavras que faziam de mim um ser único, um ser sabedor, um ser culto...e agora...sou um nada...! Olho para o horizonte e não sei o que vejo, pois faltam as palavras na minha boca para descrever a maravilha das cores, dos cheiros, dos sons, do mundo. Sinto que tiraste tudo de mim. Porquê? Que fiz eu para me tirares a minha vida, a minha família, os meus amigos, as minhas palavras, os meus sentimentos? Sabes que o ser humano vive disto tudo e de recordações. Recordações...! Nem me lembro delas...até as memórias tiraste de mim. Transformaste-me num fantasma, numa transparência, numa loucura. Não sei o meu passado, o meu presente e o meu futuro. Até isto te apoderaste, como se fosse cancro se tratasse. Luto diariamente contra ti, luto com todas as minhas forças, luto com toda a minha energia...mas a luta é dura...e longa. Tento ganhar as batalhas que tenho contra ti, mas sem sucesso. E tu que vieste sem avisar, ou talvez até tenhas avisado mas de forma suave, como uma brisa de vento leve a bater no meu rosto, zumbaste, cheia de alegria de mais uma batalha ganha por ti. Não sei quem sou, não conheço quem me rodeia. Sabes o quanto sofro não saber o meu nome? Não sabes, pois não. Porque não tens sentimentos, és fria, calculista e medonha. A mágoa, o desconsolo, a tortura, a dor que me envolve nesta minha vida é dela que te alimentas e que fornece forças para destruíres outros que neste momento passam o mesmo que eu. Resta-me pouco, mas gostava de sentir o sabor das palavras, dos sentimentos, dos nomes, das cores, dos sons. Adorava levar comigo para a luz brilhante que surge diante de mim as memórias da minha infância, da minha adolescência, da minha amada, dos meus filhos, dos meus amigos. Sinto que tive bons e maus momentos, tive alegrias e desilusões, tive amor e tristeza, juras não concretizadas, viagens feitas e não feitas. Sinto que não disse tudo a todos e mais alguns. Sinto que as palavras me faltavam para dizer o quanto devia ter dito e quanto devia ter amado. Sinto que o caminho está a ficar pequeno demais para continuar esta viagem de princípio e fim. Sei que a luz que me levará para outro mundo, onde TU não terás lugar. A minha maior dor e preocupação é saber que ficarás aqui, neste mundo maravilhoso, com pessoas maravilhosas, a quem tu irás destruir a vida tal como destruíste a minha. Acredito que um dia alguém mais inteligente que tu, te irá destruir, encontrará um meio para que tu não destruas a vida de mais ninguém, um meio em que tu irás perder. Quando acontecer, as tuas batalhas serão em vão, pois a guerra será ganha, e EU, ELE, NÓS, VÓS e ELES estaremos aqui sentados nas nuvens a ver-te desaparecer lentamente como as ondas desaparecem na areia da praia. EU morro sem saber o meu nome, mas morro a saber o TEU para que o mundo saiba quem me destruiu, quem me derrubou quando já não conseguia mais lutar. TU serás travada e humilhada. TU não serás ninguém. TU serás um rabisco, um desenho mal feito. A ti me despeço, mas acreditando que serás eliminada e destruída, e nunca mais irás fazer sofrer o EU, o ELE, o NÓS, o VÓS e o ELES. Findo, dizendo que O TEU nome é Alzheimer.
A raça, um falso conceito, uma verdadeira opinião. O racismo, uma teoria falsa, uma prática que mata. O sucesso de uma palavra. A atualidade deste século XXI é feita de conflitos entre as diversas identidades que povoam o planeta humano. Se as teorias do racismo, tais como racismo, a xenofobia, o ódio étnico, as guerras de identidade prosperam sem vergonha no mundo, então o mundo terá um fim desagradável. A palavra racismo é um daqueles sacos onde tudo cabe, cujo o sentido se verga aos diversos usos que os utilizadores fazem dela. Hoje em dia é no plural que ela se declina. O racismo faz parte das palavras terminadas em «ismo» que, pela magia do seu sufixo, pretendem fundar uma teoria a partir de um novo conceito. Raça, racismo, heterofobia, xenofobia. Qual o sentido de cada uma destas palavras? Que objetos designam? A palavra raça é um conceito para categorizar diferentes populações de uma mesma espécie biológica, como as suas características físicas. A palavra racismo é a convicção sobre a superioridade de determinadas raças, com base em diferentes motivações, em especial as características físicas e outros traços do comportamento humano. A palavra heterofobia vem do temor, medo, aversão, ódio, rejeição daquele ou daquilo que vem do exterior. Por extensão, rejeição do «outro», do diferente, pelo seu aspeto, o seu sexo, a sua maneira de ser, a sua cultura ou o seu estilo. A palavra xenofobia vem do temor, aversão, ódio, rejeição daquele que é apercebido como sendo estrangeiro, daquilo que vem do estrangeiro porque supostamente ameaçador de um equilíbrio, de uma harmonia local. A raça, racismo, heterofobia, xenofobia, cada um destes termos reenvia-nos para noções tais como a classificação da espécie humana ou para sentimentos de medo e de ódio. O racismo exprime-se primeiro que tudo nas palavras do quotidianos, na linguagem. Os textos, os sábios discursos autorizam em seguida a passagem ao ato, à prática política. O racismo repousa sobre um paradoxo da razão: a vontade de classificar, de pensar em termos de teoria, confrontada com o efeito perverso desta busca intelectual, quando esta última legitima a rejeição do outro. O racismo já percorre uma longa estória de maldade e de vergonha humana como por exemplo: os conquistadors e os índios americanos; o tráfico de negros de África para o Brasil; os índios da América do Norte (o famoso Far-West); a escravatura nos Estados Unidos; o genocídio dos arménios e minorias do Cáucaso; a colonização; o apartheid na África do Sul; o nazismo na Alemanha; os Ciganos; o genocídio ruandês; o islamismo radical no Próximo Oriente; xenofobismo na Ex-URSS; na Ex- Jugoslávia a chamada «purificação étnica»; o etnocídio no Tibete. A crise social que bate à porta dos países desenvolvidos, só alimenta uma xenofobia transformada numa máquina de guerra política. Sempre fez parte do «discurso e da história oficial» que os Portugueses não são um povo racista, que sempre respeitaram os outros povos e com eles mantiveram boas relações. O Brasil e a criação da mestiçagem são apontados como exemplos paradigmáticos desta diferença. Mas será assim? Todos os povos se consideram únicos, perfeitos e especiais, e os portugueses não fogem à regra. Mas isto não significa que sejamos melhores ou piores que os outros povos. O colonialismo português foi diferente, mas também o inglês, o francês, o holandês e o espanhol. Portugal foi sempre um país de emigrantes e de imigrantes. Estes são na sua maioria homens, jovens, com poucas habilitações literárias e a trabalhar atualmente na construção civil. Contudo, começamos a ver uma mudança, com a vinda que muitos imigrantes já com um elevado grau de habilitações literárias, e que tentam integrar o mercado de trabalho português, aprendendo a língua portuguesa, para facilitar a integração. O combate contra o racismo não é uma questão de bons sentimentos mas uma luta que se leva a cabo em várias frentes. Dispositivos jurídicos nacionais e internacionais tem vindo a tentar colocar atitudes, escritos e práticas racistas sob a alçada da lei e sujeitos a punição. O trabalho de memória, a educação cívica, a escola são os primeiros vetores da luta contra o racismo. Ela passa pela reconstrução de algumas referências morais e essenciais radicalmente distantes da atual atmosfera dos tempos. A luta contra o racismo consiste antes de mais em lutar contra os preconceitos mas também contra as demagogias e as generosidades de aparência. O racismo é universal. Reduz a ideia de humanidade. Kadaf disse: «quando batemos num judeu, é a humanidade inteira que atiramos à terra». Podemos dizer de outra forma: quando salvamos um homem, é a humanidade que salvamos. Este é lema para ser transmitido, o lema para ser alcançado. O ser humano tem o direito de viver neste mundo pequeno, tem o direito de ter a sua raça, a sua cor, a sua ideologia, como também tem o dever de respeitar tudo e todos. Não somos obrigados a convertermo-nos em algo ao qual não acreditamos, mas como ser humanos devemos aceitar o outro tal como ele é, desde que este o faça também. Vamos ter esperança que um dia tudo e todos possam viver dentro de um clima mais saudável de ser respirado.
Uma criança de qualquer classe social ou idade, nos dias de hoje, raramente encontra no meio familiar uma vivência de alegria, de participação e de comunicação afetiva. Isto deve-se ao muro de indiferença que emerge no seio familiar, onde os pais e os filhos acabam por perder a confiança afetuosa e a compreensão constante. A UNICEF advertiu as autoridades quanto aos abusos cometidos contra a infância. Demonstra que 7,5 milhões de crianças entre os 10 e 17 anos precisam de trabalhar para sobreviver, 97 mil crianças antes de 1 ano morrem e milhões de crianças fogem das escolas, são expulsas e/ou reprovadas. O Direito de Brincar está reconhecido no principio da Declaração dos Direitos da Criança, adotados pela Assembleia Geral da ONU a 30 de Novembro de 1959, e é considerado tão fundamental para a criança como o Direito à saúde, á segurança ou à educação (Instituto de Apoio à Criança - Declaração do IPA sobre a Criança e o Direito de Brincar). Brincar, ocupa dentro dos meios de expressão da criança um lugar privilegiado, sendo também uma aprendizagem para a vida adulta.Ao brincar e ao jogar a criança aprende a conhecer o seu próprio corpo e as potencialidades, desenvolve a personalidade e encontra um lugar na comunidade. Brincar é superar a frustração, o que implica a distração, o divertimento, a investigação, a criação e a evolução. Jogar e Brincar permite à criança o crescimento, a integração e o desenvolvimento. A criança Joga e Brinca para descobrir o mundo, ou seja, as pessoas e tudo que a rodeia, tudo isto para ser reconhecido pelos outros, para aprender a observar o seu ambiente, para conhecer e para dominar o seu mundo. Montessori referiu que «a criança, um ser em criação. Cada ato é para ela uma ocasião de explorar e de tomar posse de si mesma; ou, para melhor dizer, a cada extensão a ampliação de si mesma. E esta operação, executa-a com veemência, com fé: um jogo contínuo. A importância decorre de conquista em conquista, uma vibração incessante». (Educação Lúdica Técnicas e Jogos Pedagógicos) No ponto de vista do desenvolvimento da pessoa, Jogar e Brincar, são uma necessidade, porque iniciam uma boa relação com a realidade de forma agradável e permitem a integração no mundo das relações sociais. Os jogos contribuem para o desenvolvimento, a ação, a decisão, a interpretação e a socialização da criança, onde aprende a ser ela própria, a ser um individuo, a respeitar a sua personalidade e a respeitar os outros, ou seja: dar importância a si mesmo; acreditar nas suas potencialidades; aceitar os seus valores. Os jogos oferecem à criança a possibilidade de ser e estar ativa face à realidade. A criança suporta tensões, obrigações, passividades, mais ou menos impostas pelos pais, pela moral, pela natureza e pela própria realidade das coisas, e uma das alternativas que tem é a de aproveitar ludicamente a realidade e com ela brincar. O jogar e o brincar devem ser uma função essencial na vida das crianças, devem surgir espontaneamente e sem ajuda, ou pode ser orientada pelo Educador e converter-se numa preparação para a vida social e pessoal, sem perder o seu valor afetivo e o seu poder criativo. A forma de jogar não é só uma, há que respeitar a escolha livre das atividades realizadas e a alegria e a motivação que suscitam. Tal como Montessori, o Claparéde afirmou que «a criança tem uma vida própria: a sua vida. Essa vida, ela tem o direito de vivê-la, e vivê-la feliz». (Educação Lúdica Técnicas e Jogos Pedagógicos) Sabemos que é impossível utilizar a atividade lúdica sem lhe dar forma de jogo. A criança que joga e brinca não destrói, não esbanja as suas forças, não desperdiça energias e não é rebelde. Segundo a definição de Huizinga, o Jogo é «uma ação ou atividade voluntária que se desenvolve sem interesse material, realidade dentro de certos limites fixos de tempo e espaço, segundo uma regra livremente consentida, mas absolutamente imperiosa, provida de um fim em si mesma, e acompanhada de um sentimento de tensão e alegria». (O jogo infantil - Instituto de Apoio à criança) O jogo não é para a criança uma diversão improdutiva nem um trabalho obrigatório, determina certas ações que permitem revelar habilidades, exercitar aptidões que levam à realização de descobertas e á formação do comportamento. Quando se fala de Jogo, estamos a referirmo-nos a uma atividade muito especial que cumpre com uma série de caraterísticas distintas, capazes de converter numa forma única: livre e voluntária; divertida, prazerosa e satisfatória; satisfatória para o jogador (criança), o que implica o riso, o gosto, o sentimento e o prazer; gratuito na sua essência, toda a criança joga sem cobrar pelo jogo; participativo e implica certo grau de comunicação; oferece a possibilidade de desinibir e de superar os limites do dia-a-dia; limitado no espaço e no tempo; global e total. A entrega total à fantasia e ás situações imaginárias que os jogos oferecem, permitem a libertação e a revelação de poderes para criar, imaginar, de ser si mesmo, saber comunicar desconhecidos. É este o verdadeiro Valor e Interesse do Jogo e do Brincar. Deixem as crianças brincar e sentir a sensação do jogo verdadeiro. Há que consciencializar os pais da importância do brincar, e brincar não será com as novas tecnologias mas sim com brinquedos e jogos, para que os filhos consigam ser pessoas para uma vida adulta saudável.
Trabalhar com equipas, quer seja como líder de uma única equipa quer seja como diretor de várias. O trabalho em equipa está rapidamente a tornar-se uma prática em muitas organizações, em que as hierarquias tradicionais associadas dão lugar a métodos de trabalho simples e de múltiplas capacidades. O trabalho de equipa é a base de toda a gestão bem sucedida.Gerir bem equipas é um desafio importante e estimulante para qualquer líder.A verdadeira equipa é uma força dinâmica e em constante mudança, na qual determinadas pessoas se reúnem para trabalhar. Os membros da equipa discutem os seus objetivos, avaliam ideias, tomam decisões e trabalham em conjunto para atingir os seus fins. Existem inúmeros tipos de equipas, formais e informais, cada um deles adequado a executar determinadas tarefas. Os líderes das equipas precisam de entender claramente os objetivos e as metas, para poderem adequar as tarefas ao estilo mais apropriado da equipa. Numa equipa eficaz, cada membro conhece bem o seu papel.Ao mesmo tempo que eles têm os seus próprios pontos fortes, capacidades e funções, também devem contribuir para a «união» da equipa. Faz parte das funções do líder, ou então do diretor principal fazer com que isso aconteça. Adquirir a mistura certa de experiência de uma equipa pode ser mais difícil do que encontrar as técnicas básicas, mas é vital que a equipa seja eficaz. Incentivar cada um dos membros a dar o seu contributo individual, tanto a nível pessoal como a nível técnico. Organizar uma equipa é a primeira tarefa de um líder. Certificar de que a equipa tem um objetivo definido e recursos suficientes para atingi-lo. Ser franco e imparcial no tratamento para com os membros. Para que serve um equipa? A pergunta pode parecer óbvia, mas o tempo dispensado, no início de um projeto, a definir os objetivos da equipa é crucial para um resultado bem sucedido. Certificar de que definir claramente os assuntos que a equipa precisa de resolver, é o primeiro passo para o sucesso de uma equipa. Um certo grau de independência é essencial num trabalho de equipa bem sucedido, no entanto poucas equipas são capazes de aguentar-se sozinhas. Fomentar boas relações e sistemas de apoio dentro da organização, que satisfaçam as necessidades da equipa. A caraterística mais essencial do trabalho bem sucedido é a confiança. As equipas esforçam-se por obter confiança mútua, por isso ela deve ser estabelecida logo no início de vida de uma equipa. Promovê-la através da delegação, troca de ideias, abertura de conduta e comunicação. É vital que todos trabalhem em conjunto para maximizar o desempenho da equipa.Atribuir às pessoas total responsabilidade pelas suas funções e dar-lhes poderes para executar e aperfeiçoar o seu próprio trabalho de maneira que optimizar a contribuição para toda a equipa. As equipas em autogestão são mais independentes do que as outras equipas. Encontram-se cada vez mais em organizações que simplificaram as suas estruturas eliminando os níveis de gestão média e controlo, à medida que reformaram as suas práticas laborais. Controlar uma equipa já estabelecida é um desafio. Enquanto partilha o processo de aprendizagem com uma equipa em formação, uma tomada de direção exige provas imediatas da sua capacidade para assumir o controlo e reconhecer os pontos fortes da equipa. As equipas só se tornam devidamente eficientes quando toda a gente aprende a trabalhar em conjunto. Todos precisam de compreender a dinâmica da equipa, para assegurar o sucesso da equipa. Os bons líderes de equipa tiram o máximo partido dos recursos humanos ao dispor. Para fazer isto, precisará de compreender cada membro do grupo, conhecer as alterações de comportamento dentro da equipa e como as reações individuais variam em diferentes etapas do desenvolvimento. Os fortes elos de comunicação são vitais para o bem-estar de uma equipa. Os elos mais eficazes ocorrem naturalmente - por exemplo, numa conversa informal - mas precisarão de ser complementados pela nova tecnologia. Escolher o método mais apropriado que se adeqúe à equipa. Tornar eficazes as reuniões de equipa é um teste importante às capacidades de liderança. A chave para efetuar uma reunião produtiva é envolver ativamente todas as pessoas nos procedimentos. Assegurar de que os membros da equipa compreendam a finalidade de cada reunião e o que se pode esperar dos mesmos. Todas as equipas, qualquer que seja a sua finalidade, dependem, em grande parte, de uma boa estrutura de recursos. Utilizar ao máximo as ligações formais e as informais, tanto dentro como fora da organização, para fornecer um apoio valioso para a sua equipa. Nenhuma pessoa ou equipa é uma ilha. As informações nos dois sentidos que fazem a ligação entre a equipa, o resto da organização e o seu apoio externo são vitais para a eficiência. Todos deverão lembrar-se de que a colaboração e a cooperação são retardadas pela ausência da comunicação franca. Sem ideias novas, as equipas não têm muitas probabilidades de preencher as lacunas que geram o verdadeiro sucesso. O pensamento criativo é uma responsabilidade da equipa, em que todos os membros devem participar. Desenvolver o pensamento criativo em equipas através de muita formação e prática. Os membros da equipa não se limitam a resolver problemas - eles também os criam. É vital existir lealdade entre os membros da equipa para que todas as dificuldades, quer sejam pessoais, profissionais ou processuais, possam ser resolvidas antes de minarem o espírito coletivo da equipa. Qualquer abordagem sistemática para melhorar o desempenho precisa de desafiar os processos de trabalho existentes. As equipas que procuram melhorar têm que aprender a criar as suas próprias tarefas, tentar resolver problemas, definir soluções e implementar as suas decisões com confiança. Identificar novos desafios para uma equipa determinada é um dos aspetos mais excitantes do trabalho em equipa. Utilizar técnicas apropriadas para impulsionar a equipa na direção de maiores e melhores objetivos. Se algo não puder ser avaliado, então não pode ser melhorado. Este princípio básico aplica-se a qualquer profissão e função. Definir padrões individuais e de equipa - de forma que eles sempre cumpram os prazos, por exemplo -para fornecer um objetivo modelo pelo qual o desempenho possa ser julgado. Uma boa equipa está consciente da necessidade de permanecer dinâmica.Rever a evolução regularmente para manter a força viva, fornecer uma panorâmica geral e pedir aos membros da equipa, para definirem aspetos específicos do projeto que possam ser aperfeiçoados no futuro. A formação ajuda a melhorar as capacidades técnicas dos membros da equipa e a desenvolver as relações empresariais e interpessoais dentro da equipa. Rever e requalificar constantemente as capacidades da equipa para combater com sucesso os desafios atuais e futuros, daí a formação constante ser um elo muito importante para a continuidade do trabalho de equipa. Os objetivos são vitais para todo o processo do trabalho de equipa, sem eles não haveria cooperação. Servem também para fomentar o trabalho de equipa e o consenso. Motivam as equipas permitindo que elas decidam sobre a forma de atingir os mesmos. Uma equipa sem objetivos vai mostrar um desempenho inferior a outra que os tem. É necessário assegurar de que os objetivos da equipa entusiasmem os elementos, caso contrário, será necessário avaliar os objetivos e mudá-los. Resumindo, a visão que sustenta uma equipa unida não termina com a tarefa em curso. Considerar o futuro da equipa tanto como grupo mas também individualmente, à medida que a evolução da carreira de cada membro é afetada pela sua experiência e sucesso dentro da equipa. É essencial continuar com o trabalho e pensar que todos os que fazem parte da equipa são importantes, a valorização pessoal e profissional é muito importante para que a equipa funcione e trabalhe de forma saudável. Nunca devemos esquecer que um equipa é formada por pessoas todas elas diferentes, com ideais, ideias e opiniões diferentes, aproveitar o potencial de cada uma é alargar o conceito de equipa. Qualquer que seja a profissão,o trabalho de equipa é essencial e necessário, deve-se continuar a trabalhar para um melhor desempenho, para também prestar um bom serviço, qualquer que seja o profissional.
O Bullying é uma situação que se carateriza por agressões intencionais, verbais ou físicas, feitas de maneira repetitiva, por um ou mais alunos contra um ou mais colegas. O termo Bullying teve origem da palavra «bully», que significa valentão.Mesmo sem uma denominação em português, é entendido como ameaça, tirania, opressão, intimidação e humilhação. O bullying pode ocorrer em qualquer contexto social, como escolas, universidades, famílias, vizinhança ou, até mesmo, em locais de trabalho. O que, à primeira vista, pode parecer um simples apelido inofensivo pode afetar emocional e fisicamente o alvo da ofensa. Além de um possível isolamento ou queda do rendimento escolar, crianças e adolescentes que passam por humilhações racistas ou difamatórias podem apresentar doenças psicossomáticas e sofrer de algum tipo de trauma que vai influenciar a personalidade. Em alguns casos extremos de bullying, chega mesmo afetar o estado emocional de tal maneira que muitas das vezes a vítima opte por soluções mais trágicas, como por exemplo o suicídio. Por que ocorre? O autor do bullying atinge o colega com repetidas humilhações. É uma pessoa que não aprendeu a transformar a raiva em diálogo e para quem o sofrimento do outro não é motivo para ele deixar de agir. Pelo contrário, sente-se satisfeito com a opressão do agredido, supondo ou antecipando o quão doloroso será aquela crueldade vivida pela vitima. Contudo o agressor promove o bullying porque: quer ser o mais popular; quer sentir-se o poderoso; quer obter uma boa imagem de si mesmo perante todos os que o admiram. Juntando o agressor e a vítima, quem assiste também participa no bullying. É comum pensar que há apenas dois envolvidos no conflito, mas não é verdade. Quem assiste mesmo que não faça parte do ato de bullying, não sai em defesa da vítima, tem um comportamento passivo, podendo ocorre por medo de poder vir a ser um alvo de ataque ou por falta de iniciativa para tomar partido. Também são considerados quem assiste os que atuam como plateia, os que reforçam a agressão, os que riem ou os que incentivam o ato através de palavras. São estes que passam a mensagem através de imagens (vídeos), partilhando as mesmas na Internet, tornando-os os coautores. O alvo do bullying costuma ser uma criança/adolescente com baixa auto-estima e que se sente retraído tanto na escola como no seu ambiente familiar. Devido a estas caraterísticas, dificilmente o alvo consegue reagir. Aqui entra a repetição do bullying, pois se o aluno procura ajuda, a tendência é que a provocação acabe. Além dos dos traços psicológicos, os alvos deste tipo de violência costumam apresentar particularidades físicas. As agressões podem ainda abordar aspetos culturais, étnicos e religiosos. Pode também acontecer a um aluno que tenha ido para uma nova escola ou que seja bonito, podem acabar por ser perseguidos pelos colegas. O alvo que sofre de bullying, principalmente quando não pede ajuda, enfrenta medo e vergonha de ir à escola. Pode querer abandonar a escola, não se achar bom para integrar o grupo e apresentar baixo rendimento escolar. Sabe-se que uma percentagem das vítimas nunca procuram ajuda ou nunca falam sobre o problema, nem mesmo com os colegas. Muitas das vezes as vítimas chegam a concordar com a agressão, dizendo: «Se sou gorda, por que vou dizer o contrário?». Os que podem reagir alternam momentos de ansiedade e agressividade. Para mostrar que não são covardes ou quando se apercebem que os seus agressores ficam impunes, os alvos podem escolher outras pessoas mais indefesas e passam a provocá-las, tornando-se alvo e agressor ao mesmo tempo. Tanto a agressão física ou a emocional são graves e causam danos ao alvo do bullying. Por ter consequências imediatas e facilmente visíveis, a violência física muitas das vezes é considerada a mais grave do que insultar, embora a emocional deixe muitas marcas psicológicas até ser adulto, o que prejudica o desenvolvimento da personalidade do alvo do bullying. Por vezes perguntam-me se existe alguma diferença entre o bullying praticado por rapazes e raparigas. De modo geral, existe algumas diferenças. O comportamento dos rapazes é mais expansivo e agressivo, mais fáceis de identificar. Eles gritam, empurram e batem. Já no universo feminino o problema apresenta-se através de boatos, olhares e exclusão. As raparigas raramente dizem que o fazem. Quem sofre não sabe o motivo e sente-se culpada. Agem dessa forma porque a imagem que a sociedade espera delas é de serem boas raparigas, dóceis e passivas. Para demonstrar qualquer sentimento contrário utilizam meios mais discretos. Tenho de admitir que as raparigas também sentem raiva. A agressividade é natural do ser humano. Contudo, começamos a presenciar agressões físicas por parte das raparigas, com o objetivo de popularidade. Se estamos num ambiente escolar, pode surgir bullying dentro da sala de aula. Caso surja uma situação no género, a intervenção deve ser imediata. O professor pode identificar os autores do bullying: autores, espectadores e os alvos. Será necessário distinguir o limiar entre uma piada aceitável e uma agressão. Conselhos possíveis: incentivar a solidariedade, a generosidade e o respeito às diferenças por meio de conversas, campanhas de incentivo à paz e á tolerância, trabalhos didáticos, como atividades de cooperação e interpretação de diferentes papéis em um conflito. desenvolver em sala de aula um ambiente favorável à comunicação entre alunos. quando algum aluno fizer queixa de ser alvo de bullying, o professor deve procurar a direcção da escola e expor a situação. Pode surgir dentro, como também pode surgir fora da sala de aula. O professor é um exemplo fundamental de pessoa que não resolve problemas com violência. Não adianta, pensar que o bullying é só um problema dos encarregados de educação quando ocorre do na escola. É papel da escola construir uma comunidade na qual todas as relações são respeitadas. Deve-se consciencializar os pais e os alunos sobre os efeitos das agressões fora do ambiente escolar, como por exemplo: Internet. A intervenção da escola não passa pelo agressor e pela vítima, mas também passa dos que assistem ao bullying de forma pacífica. Podemos considerar o professor também um alvo de bullying? Conceitualmente, não, pois, para ser considerado bullying, é necessário que a violência ocorra entre pares, como colegas de escola ou de trabalho. O professor pode sofrer outro tipo de agressões, como injurias, difamação ou físicas, por parte de um ou mais alunos. Mesmo não sendo entendida como bullying, trata-se de uma situação que exige reflexão sobre a convivência entre os membros da comunidade escolar. Quando as agressões ocorrem, o problema está na escola como um todo. O professor é a autoridade na sala de aula, mas essa autoridade só é legitima como reconhecimento dos alunos em relação ao respeito mútuo. Podemos falar de algumas atitudes para que o bullying possa vir a ser evitado, proporcionando um ambiente saudável na comunidade escolar: conversar com os alunos e escutar atentamente as reclamações ou as sugestões. estimular os alunos a informar casos de bullying. reconhecer e valorizar as atitudes dos alunos no combate ao problema. criar com os alunos regras de disciplina na sala de aula. estimular lideranças positivas entre os alunos, prevenindo futuros casos. interferir diretamente nos grupos, o quanto antes, para quebrar a dinâmica do bullying. O 1.º passo é admitir que a escola é um local passível de bullying, sendo necessário informar os professores e alunos sobre o que é o problema e deixar bem claro que o estabelecimento de ensino não admitirá a prática de bullying. A escola não deve ser apenas um local de ensino formal, mas também de formação cívica de direitos e deveres, amizade, cooperação e solidariedade. Agir contra o bullying é uma forma barata e eficiente de diminuir a violência entre os alunos e na sociedade. Quando os alunos envolvidos num caso de bullying, o foco deve voltar-se para a recuperação de valores essenciais, como o respeito pelo que o alvo sentiu ao sofrer a violência. A escola não deve legitimar a atuação do autor da agressão, nem humilhá-lo ou puni-lo com medidas não relacionadas ao mal causado, como por exemplo: proibi-lo de frequentar o intervalo. Já o alvo precisa de ter a autoestima fortalecida e sentir que está num lugar seguro para falar sobre o que aconteceu. É preciso consciencializar a quem assiste ao bullying que acaba por «adoçar» a ação do autor. A exibição de filmes que retratam o bullying pode ajudar no trabalho. A partir do momento que a escola fala com quem assiste à violência, o público irá parar de «aplaudir o espetáculo« e o autor começa a perder a fama, a popularidade. O que mais me entristece é quando os autores do bullying escolhem outro tipo de alvos. Alvos estes inofensivos, que não sabem como se defender. Estou a falar dos alunos com deficiência. Deve-se conversar abertamente sobre a deficiência, tendo de ser uma ação quotidiana na escola. O bullying contra alunos com deficiência costuma ser estimulado pela falta de conhecimento sobre as deficiências, sejam elas físicas ou intelectuais, e, por vezes, pelo preconceito trazido de casa. É normal os alunos reagirem negativamente diante de uma situação desconhecida e diferente. Cabe ao professor estabelecer limites para essas reações e procurar erradicá-las não pela imposição, mas por meio de consciencialização e esclarecimento. Não se trata de estabelecer vítima e culpados quando o assunto é o bullying. Isto só reforça uma situação polarizada e não ajuda em nada a resolução dos conflitos. Melhor do que culpar o aluno e vitimar o outro é desatar os «nós» da tensão por meio do diálogo. A violência começa em tirar do aluno com deficiência o direito de ser um participante do processo de aprendizagem. É tarefa dos professores oferecerem um ambiente agradável para todos, especialmente os que a deficiência, se desenvolva, com respeito, harmonia e aceitação. A tarefa mais difícil neste processo é quando existe a necessidade de conversar com os encarregados de educação sobre o bullying. O 1.º passo será necessário mediar a conversa e evitar o tom de acusação de ambos os lados. Este tipo de abordagem não irá mostrar como o outro se sente ao sofrer bullying. Deve ser sinalizado aos pais que alguns comentários simples, que julgam até ser inofensivos e divertidos, são carregados de ideias preconceituosas. O ideal é que a questão da reparação da violência passe por um acordo conjunto entre os envolvidos, no qual todos consigam ver em que ponto o alvo foi agredido para, assim, restaurar a relação de respeito. Muitas vezes, a escola trata de forma inadequada os casos que são relatados por pais e alunos, responsabilizando a família pelo problema. É o papel dos professores sempre criarem um diálogo com os pais sobre os conflitos - seja o filho alvo ou autor do bullying, pois ambos precisam de ajuda e apoio psicológico. No inicio falei que no bullying pode surgir casos extremos. A primeira ação deve ser mostrar aos envolvidos que a escola não tolera determinado tipo de contudo e por quê. Nesse encontro, deve-se sempre abordar a questão da tolerância ao diferente e do respeito por todos, inclusive com os pais dos alunos envolvidos. Mais agressões ou ações impulsivas entre os envolvidos podem ser evitadas com espaços para o diálogo. Uma conversa individual com cada um funciona como um desabafo e é função do professor mostrar que ninguém está sozinho. Os alunos e os pais têm a sensação de impotência e a escola não pode deixá-los abandonados. É mais fácil responsabilizar a família, mas isso não irá contribuir para resolver o problema/conflito. A conversa com todos os envolvidos não pode ser feita em tom de acusação. Deve-se pensar em várias maneiras de mostrar como o alvo do bullying sente-se com a agressão e chegar a um acordo em conjunto. E, depois de alguns dias, dever-se-à perguntar como está a relação entre os envolvidos. O bullying é um problema sensível, pois envolve alunos que convivem numa comunidade, será necessário a união da comunidade escolar e da família, para que a prevenção seja eficaz.
In this article, you’ll learn the definition, stages and models of creative problem solving (CPS) as well as some techniques.
A first-year elementary teacher transformed her classroom with a focus on social and emotional learning—and a little help from Penny the Positivity Penguin.
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Arkansas’ new Children’s Educational Freedom Account program aims to expand education options for K-12 students, but questions remain about accessibility, especially for families in rural areas. A provision of the LEARNS Act, the program will be phased in over three years and allow up to 90% of annual per-student public school funding for permissible education […] The post Distance, finances will affect choices as Arkansas Educational Freedom Account rolls out appeared first on Arkansas Advocate.
À Roubaix, dans le Nord, la crèche Noémi accueille des enfants atteints polyhandicapés et des enfants valides. Cette structure favorise l'entraide entre bambins.
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Miss: Juana Yumpo Flores ¡Triunfadores desde el principio! Marca (X) la acción incorrecta, delinea y pega papel abolillado en las acciones correctas. ALUMNO: _________________ NIVEL: INICIAL AULA: 3 Años FECHA: 11/03/15 "Nuestra Señora...
En este entrada de mí blog os explico lo que es la Terapia Cognitivo-Conductual. Es mi orientación principal y me encanta las mejoras que puede conseguir en la gente. Responderé a las siguientes preguntas: ¿Qué es la Terapia Cognitivo-Conductual?, ¿Qué es la diferencia con otras terapias?, y ¿Cómo de eficaz es la Terapia Cognitivo-Conductual? Si tenéis otra pregunta, estoy encantada de contestárosla!