Oi minhas riquezas! Tudo bem com vocês? Eu tenho pensado muito à respeito de como as pessoas enxergam a ANSIEDADE. E sinceramente, antes de ter a TAG (transtorno de ansiedade generalizada) eu também não fazia ideia da gravidade patológica que poderia estar por trás de um adjetivo tão comum no nosso meio. A questão é que há uma diferença gigante entre ansiedade de expectativa (Ex.: OH! Ela está grávida de 5 meses. Estou ansiosa para conhecer o bebê!) do transtorno de ansiedade (Ex.: Estou sempre preocupada e achando que algo vai dar errado, até que começo a passar muito mal!). Sabe? Todo mundo se sente ansioso em situações como: dia do casamento, montanha russa, entrevista de emprego, apresentação importante, etc. A ansiedade NORMAL ajuda o ser humano, cria um ambiente cognitivo de apreensão salutar e de tomada rápida de decisões. Ela se torna doença quando passa a ser direcionada a situações comuns do dia-a-dia, ou quando é uma resposta absolutamente desproporcional ao risco, ou mesmo quando é mantida cronicamente. Seja como for, a doença é definida quando surge impacto na qualidade de vida do pessoa. Esse tipo de ansiedade limita a percepção e dificulta a tomada de decisões, evoluindo com restrição social e impactando negativamente diversos aspectos da vida da pessoa. Eu vou explicar de forma mais científica: ANSIEDADE DE EXPECTATIVA Ansiedade de expectativa é a situação de quem espera a ocorrência de algo, ou sua probabilidade de ocorrência, em determinado momento. A condição de quem espera para que algo aconteça. Tal sentimento não causa efeitos colaterais. Pelo contrário, a euforia da ansiedade pode trazer motivação para alcançar algo desejado. ANSIEDADE PATOLÓGICA Já a ansiedade patológica é um processo físico e mental ATIVADO em situações de medo, receio, diante do desconhecido e em momentos de tensão emocional. No entanto, quando esse sentimento persistente por longos períodos de tempo, passa a interferir nas atividades do dia a dia. Esse, na verdade, é o principal sintoma do Transtorno da ansiedade generalizada (TAG), um distúrbio caracterizado pela “preocupação excessiva ou expectativa apreensiva”, de acordo com a quarta edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-IV). CAUSAS Acredita-se, que o transtorno da ansiedade generalizada esteja diretamente relacionado a alguns neurotransmissores que ocorrem naturalmente em nosso cérebro, a exemplo da serotonina, dopamina e norepinefrina. Outra crença é a de que um conjunto de fatores possam estar envolvidos nas razões pelas quais um indivíduo possa vir a apresentar a doença, entre eles genética e fatores externos, como o estresse do dia a dia e a qualidade de vida da pessoa. 10 HÁBITOS QUE CAUSAM ANSIEDADE SINTOMAS Trata-se de um sentimento de receio, aflição, com alterações físicas como taquicardia, sudorese, dilatação de pupila, tremores, etc. Os sintomas são autolimitados, direcionados a uma situação peculiar e são proporcionais ao risco envolvido. TIPOS DE TRANSTORNOS DE ANSIEDADE Os transtornos de ansiedade formam um grupo extenso de disfunções que trazer franco comprometimento da funcionalidade da pessoa. Trata-se de distúrbios comuns (cerca de 10 a 20 % da população), um pouco mais frequentes em adultos jovem com predomínio no sexo feminino e de ocorrência em todas as culturas conhecidas. A causa é complexa e varia de caso a caso. Existe uma predisposição genética, mas vários fatores ambientais podem determinar ou descompensar os sintomas. O ritmo de vida, os ambientes, o tipo de criação e a presença de traumas pontuais podem culminar na amplificação da ansiedade normal e iniciar a doença propriamente dita. TAG (Transtorno de Ansiedade Generalizada) É a forma mais comum de ansiedade patológica. Nela a pessoa sente-se grande parte do tempo ansiosa. Com uma pressão antecipatória, uma tensão excessiva e desproporcional aos eventos do dia-a-dia. Pode haver sensação de respiração curta, tremores, taquicardias, insônia (dificuldade de desligar), irritabilidade, baixa tolerância, sensação de estar “a flor da pele”, etc. São sintomas que podem oscilar em intensidade durante o dia, mas são praticamente constantes em boa parte dos dias. Síndrome do Pânico Trata-se do aparecimento de crises intensas e repentina de ansiedade. É uma forma dramática, intensa e incapacitante de ansiedade. Pode ocorrer em situações específicas ou surgir “do nada”. A duração dos episódios gira em torno de 10 a 20 minutos, mas podem surgir crises mais prolongadas. O paciente é tomada por sintomas físicos e psíquicos avassaladores. Psíquicos: sensação de morte iminente, medo extremo, desespero e angústia; Físicos: Dor no peito, falta de ar, formigamento em extremidades, tremores, sudorese fria, taquicardia, etc., são sintomas comuns. É muito frequente as crises de pânico serem confundidas com infarto ou arritmias em um primeiro momento. Agorafobia É uma complicação muito comum do pânico e das fobias. O paciente que experimentou uma crise forte de ansiedade, passa a temer ter novas crises. Esse medo de passar mal leva a mais tensão antecipatória e faz com que o paciente evite lugares aonde pode ter dificuldade em pedir ajuda ou escapar caso tenha crise de ansiedade. A agorafobia é a base da restrição social e o isolamento progressivo visto em paciente com pânico. Estresse Pós TRAUMÁTICO É quando os sintomas de Ansiedade (seja na forma contínua, seja na forma intermitente) ocorrem após um trauma psíquico intenso (sequestro, violência, ameaça, acidente, etc.). São comum flash backs e pesadelos relacionados ao evento em questão. TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo) Ocorre quando pensamentos obsessivos trazem ansiedade que só é aliviada por comportamentos compulsivos (repetitivos e desmotivados). São exemplos: lavar as mão repetidamente, TOC de simetria, limpeza, compulsão alimentar, compulsão por jogos, compras, etc. Fobias Específicas Ocorre quando a pessoa manifesta tensão e ansiedade intensas diante de determinada situação ou objeto. Por exemplo: baratas, elevador, altura, lugares fechados, etc. Ansiedade Orgânica Abstinência a Medicamentos; uso de drogas, hipertireoidismo, etc. Agora que vocês já se informaram bem sobre a diferença entre os dois extremos, acho que nunca mais usaremos a palavra "ANSIEDADE" à toa, né. E o mais importante, quando você ver alguém nesse estado, não vai achar que é uma frescura ou pirraça. Compartilhe nas suas redes sociais para que todos estejam bem alertas quanto à nossa saúde mental e bem estar, antes que se torne uma doença. Espero mesmo ter ajudado e esclarecido algumas dúvidas de vocês! Te vejo por aí! Um beiju Taíssa Rubim