União Nacional em 1939 … … e em 1941 Presidenciais de 1949 Panfletos e cartazes in: Biblioteca Nacional Digital, Ephemera
União Nacional em 1939 … … e em 1941 Presidenciais de 1949 Panfletos e cartazes in: Biblioteca Nacional Digital, Ephemera
União Nacional em 1939 … … e em 1941 Presidenciais de 1949 Panfletos e cartazes in: Biblioteca Nacional Digital, Ephemera
União Nacional em 1939 … … e em 1941 Presidenciais de 1949 Panfletos e cartazes in: Biblioteca Nacional Digital, Ephemera
União Nacional em 1939 … … e em 1941 Presidenciais de 1949 Panfletos e cartazes in: Biblioteca Nacional Digital, Ephemera
1881 A função do cartaz publicitário é promover bens ou serviços cujo consumo se pretende fomentar. É normalmente constituído pelos seguintes elementos: ilustração, slogan, logótipo, texto e título de apresentação, ainda que um ou mais destes elementos possam não estar presentes. O cartaz publicitário surge em 1818 com a invenção da litografia pelo checo Aloysius Senefelder (1771-1834), a qual permitia a duplicação de gravuras. A partir daí os cartazes publicitários foram utilizando as múltiplas técnicas de gravura descobertas até aos nossos dias. Os cartazes publicitários têm desde sempre sido concebidos por artistas plásticos de nomeada, ainda que nos dias de hoje haja uma tendência para a sua concepção por quem se dedique exclusivamente ao design gráfico. Os cartazes publicitários têm um determinado valor estético associado às correntes artísticas vigentes em cada época no domínio do design gráfico. De resto, a qualidade artística das ilustrações traduz a importância estratégica atribuída a este meio publicitário e testemunham também o desenvolvimento da publicidade e relatam um pouco da sua história, bem como a história do próprio design gráfico. Recolhemos imagens de cartazes publicitários desde 1881 até à actualidade. Por uma questão de metodologia, sistematizámos a sua apresentação em três grandes períodos: 1881-1930, 1931-1960 e 1961-1990. Cada um desses períodos dará origem a um post autónomo neste blogue. Em cada um deles apostamos na força da mensagem visual, gráfica e estética, sem fazermos referência ao seu autor, à técnica de gravura ou local de impressão. Para além da imagem, cada cartaz publicitário será apenas identificado pelo ano de edição. No período 1881-1930, os cartazes publicitários aqui apresentados, podem-se organizar em nove grandes grupos: - Produtos alimentares (águas minerais, bebidas alcoólicas, cafés, conservas alimentares, manteiga, rebuçados). - Produtos químicos (lexívia, tintas). - Bens de consumo diversos (livros, madeiras, máquinas de escrever, material escolar, plantas e sementes, tabaco, vestuário). - Serviços (companhias de seguros, hotéis). - Meios de transporte (automóveis, caminhos de ferro). - Comunicações (telefones). - Eventos diversos (congressos, espectáculos, exposições, provas desportivas). - Turismo (cidades e regiões turísticas). - Associações de classe. BIBLIOGRAFIA - Bibioteca Digital de Portugal - Cartazes e Posters antigos de Portugal - Ephemera - Fundação Mário Soares - Hemeroteca Digital da Câmara Municipal de Lisboa - Restos de Colecção Hernâni Matos Publicado inicialmente em 8 de Setembro de 2013 1884 1905 1905 1907 1908 1908 1910 1911 1914 1915 1916 1916 1916 1917 1917 1917 1917 1917 1917 1917 1918 1919 1920 1920 1920 1920 1921 1922 1922 1923 1923 1924 1925 1925 1926 1926 1927 1928 1928 1929 1929 1929 1929 1929 1929 1929 1930 1930 1930 1930 1930 1930 1930 1930 1930
A revolução de 5 de Outubro de 1910 que deu origem à implantação da República em Portugal, numa publicação espanhola A figura e regime de Salazar na revista americana Time, onde se poderá ler: "Salazar o Decano dos Ditadores" No numero de Maio da revista Time, na capa como figura da Revolução de 25 de Abril de 1974, o General António de Spínola. Título: "Golpe em Portugal" No verão de 1975 no nº de Agosto da Time na sua capa o "Red Threat in Portugal" ou seja a "Ameaça Vermelha em Portugal". Vasco Gonçalves, Otelo e Costa Gomes
A sucursal da APT - "The Anglo Portuguese Telephone, C.º Ltd.", com 15 cabines telefónicas públicas, foi inaugurada em Março de 1931, na Praça D. Pedro IV (Rossio) esquina com a Praça D. João da Câmara, em Lisboa, mesmo ao lado do antigo e famoso "Café do Gêlo". Esta sucursal da APT veio ocupar uma loja anteriormente arrendada à "Vacuum Oil Company" (futura "Mobil Oil"), desde 1927, e que ali vendia produtos como fogões, esquentadores, caloríferos, cadeeiros, etc. da marca. Por sua vez o anterior arrendatário tinha sido a "J. J. Rugeroni" que já vendia produtos desta companhia, - tendo a "Vacuum Oil Company" reservado, para o efeito, as montras 1 e 2 da Praça D. João da Câmara. Esta, por sua vez, tinha substituído a anterior "Rugeroni & Rugeroni, Lda." importadora dos automóveis "Cadillac" e "Rolls-Royce" para Portugal. Esta firma, por sua vez, tinha substituído a anterior "Castanheira & Rugeroni, Lda.", ali, desde 1913 e que já era importadora da "Rolls-Royce" além das marcas de automóveis "Napier" e "La Metallurgique", e dos pneus "Goodrich" e "Fisk". A companhia APT - "The Anglo Portuguese Telephone, C.º Ltd." viria, aliás, a aproveitar a decoração tanto interior como exterior, do luxuoso stand de automóveis mandado construir pela firma "Castanheira, Lima & Rugeroni, Lda." e inaugurado em 23 de Junho de 1913. Por sua vez, o trespasse desta loja tinha sido adquirido, pela "Castanheira, Lima & Rugeroni, Lda." à firma "Alves & Baptista, Lda.", última proprietária da papelaria, livraria e tipografia "Mattos Moreira & C.ª". «A' esquina do Rocio, onde hoje existe o elegantíssimo Stand da firma Rugeroni & Rugeroni, quasi pegado ao "Freitas", abria as portas o café do "Balão", designação que lhe provinha do appellido do seu proprietário. Decorridos dez ou doze annos, em 1854 ou 1856, passou a denominar-se do "Moreira", depois do "Hespanhol" ou do "Canto do Muro". Este ultimo apodo incluia um qualificativo pouco agradável para a sua frequência, classifícavam n'a os malidecentes de indivíduos semelhantes aos que surgiam aos viandantes n'aquelle teniido sitio do pinhal da Azambuja. Alongava-se até á rua do Príncipe. Em 186S melhoraram-n'o e intitularam-n'o "Café Europa". Acabou em 1872, para ceder o logar á livraria Mattos Moreira, inaugurada no anno seguinte, em 1873.» in: Estroinas e Estroinices de Eduardo Noronha (1922) Livraria Editora e papelaria "Mattos Moreira & C.ª" 25 de Dezembro de 1879 Talão de "Cabine Publica" em 14 de Junho de 1930 gentilmente cedida por Carlos Caria Publicidade em 16 de Maio de 1931 Interior da sucursal da APT aquando do "Concurso de Telefone Mistério" em 1931 Interior da sucursal da APT do Rossio reproduzido na revista "Pirilau", estreada no "Teatro Variedades" no "Parque Mayer" em 25 de Junho de 1932 No início de 1945, esta sucursal da APT - "The Anglo Portuguese Telephone, C.º Ltd.", no Rossio é encerrada temporariamente para obras de renovação, interior e exterior, sob projecto do arquitecto Francisco de Assis tendo a respectiva decoração interior ficado a cargo de Pinto Lobo. Viria a ser inaugurada em 8 de Dezembro do mesmo ano. Anúncio de 1 de Dezembro de 1936 Alguns cartazes que foram expostos nesta sucursal Por ocasião da sua inauguração, o jornal "Diario de Lisbôa" descrevia assim as novas instalações: «Melhorada e modernizada, reabriu hoje a estação de telefones do Rossio, agora com 24 cabines, dotadas de estantes para tomar notas, de cinzeiro, espelho e vidros refractários ao mau hábito de escrever nas paredes. Não foram esquecidos os empregados que ali prestam serviço e que têm vestuários pessoais, cozinha para aquecimento de refeições e serviços sanitários.» Incluídos no seu programa «Cinco Anos de Trabalho», a APT anunciava no mesmo dia: «Durante o proximo ano de 1946, a Companhia propõe-se concluir mais as seguintes importantes obras: a nova central automática da Trindade; a nova estação do Campo Pequeno, em construção na Avenida de Berna, para outra central automática; instalar novos cabos entre Lisboa e Cascais, Lisboa e Sintra, e Lisboa e Torre da Marinha; e alargamento e refôrço da sede de Lisboa.» gentilmente cedida por Carlos Caria "Telefones" em 1961 A existência desta sucursal, que a partir de 1 de Janeiro de 1968 passou para a propriedade da TLP - Telefones de Lisboa e Porto, E.P." (data da sua fundação), teve uma vida longa até ao primeiro decénio do século XXI, altura em que já a "PT Comunicações, S.A." era sua detentora. Maio de 2009 (Google Maps) Viria a encerrar definitivamente e penso que ainda se encontra devoluta. Agosto de 2018 (Google Maps) fotos in: Arquivo Municipal de Lisboa, Biblioteca de Arte da Fundação Calouste Gulbenkian (Estúdio Mário Novais), Hemeroteca Digital de Lisboa
Passemos agora ao caso português. A primeira produção de margarina foi feita pela firma Santos & Viana que, a 1 de agosto de 1921 pedia o registo do nome «Fábrica Nacional de Margarina» com sede na Rua da Praia da Junqueira, nº 4-5 em Lisboa[1]. Em 1934 esta empresa surgia como única produtora de margarina no Anuário Comercial desse ano. A fábrica mantinha-se no mesmo local e tinha escritório e depósito na Rua dos Correeiros em Lisboa, nº 152[2]. Em 1959 tinha depósito no Porto na Rua D. João IV, 624[3]. Esta fábrica funcionou até 1976, encontrado-se à data do encerramento localizada na zona de Sacavém. Apenas em 1926 surgiu novo pedido de registo feito por uma firma de comerciantes Gomes & Vale, Limitada, estabelecidos na Rua Formosa nº 343 a 353, no Porto[4]. Esta empresa ainda hoje existe na mesma morada e dedica-se ao comércio a retalho em supermercados e hipermercados. A marca da margarina «Farmer», que se apresentava em caixas redondas, semelhantes às de manteiga, tinha no centro a imagem de uma menina e um menino holandeses e ao fundo via-se um moinho, igualmente holandês que fazia suspeitar da proveniência da margarina, embora tal não estivesse especificado. Os dizeres da caixa encontravam-se em inglês e português: «The nicest of all» e «Ask always for Farmer’s» e em baixo «Delight – Caseiro» e «Portugal». No final do ano de 1926, a firma Estabelecimentos Jerónimo Martins & Filho, com sede em Lisboa na Rua Garret, 13 a 23 pedia o registo da margarina «Cowerd-Vaqueiro»[5], apresentada igualmente em caixa redonda com as palavras em inglês. A margarina era «prepared for tropical climate» e a empresa identificava-se como «sole importers». No ano seguinte era registada pela mesma empresa a marca da margarina «Deliciosa» «especial para pão», onde surgia uma holandesa com touca a barrar o pão para uma outra figura feminina. Foi também em 1927 que a empresa holandesa de que falámos no poste anterior, a Naamloze Vennootschap de nieuwe margarine fabrieken, com sede em Rijswick, regista em Portugal a margarina «Padaria» «prepared for tropical climate» «especial para folhados»[6] e a margarina «Dutch Lady (Hollandesa)»[7]. Ainda nesse ano a mesma firma registou um produto com imagem semelhante à margarina importada pela Jerónimo Martins, mas designada «Salted Selected Butter» «prepared with margarine for tropical climate»[8]. Esta legendagem levantava sérias dúvidas se se tratava de manteiga misturada com margarina ou apenas margarina, o que levou a que varios países legislassem sobre este assunto, para evitar falsificações. Foi, como dissemos, esta uma das razões porque a expressão «butterine» foi alterada para «marguerine», nos países de língua inglesa. O Grupo Jerónimo Martins iniciou a sua actividade na Indústria no início da década de 40, com a inauguração da Fábrica Imperial de Margarina, Lda. (FIMA), em 1944, em Sacavém, dedicada à produção de margarinas e óleos alimentares. Aí passou a ser produzida a margarina «Cowerd-Vaqueiro». Durante o ano de 1928 vários comerciantes pediram registos de margarina de que se desconhece a origem. Foi o caso da firma Silva & Cª, comerciantes situados na Rua dos Douradores, nº 194-196, em Lisboa, que registaram a marca «Margarina Pastora»[9] e da firma A. Morais Nascimento, Limitada, que pediu para registar a «margarina Barqueiro»[10], ou da firma Buzaglo, Santos Moreira, Lda, que registou as margarinas das marcas «Buzaglo» e «Coroa»[11]. Já Isaac Esaguy importava da Holanda, em 1929, uma «Margarine de La Hollande pour les Pays du Sud», de que se dizia o único importador[12] , tal como a Companhia Comercial Portuguesa, Lda. que importava da Holanda a margarina das marcas «Diana»[13] e «Romana»[14]. No Porto foi registada a «Margarina Serrana» pela Sociedade de Alimentação[15], em 1929, e nos anos que se seguiram foram feitos outros registos que aqui não mencionamos para não alongar mais o texto. Em 1964 sugiu uma nova margarina a «Margarina Chefe», produzida pela Fábrica Nacional de Sabões, Lda. Na década de 70 ambas as margarinas mais famosas, a «Vaqueiro» e a «Chefe», publicaram livros de receitas de que fazia parte o seu produto. Do lado da Margarina Chefe estava Bertha Rosa Limpo, autora do livro Pantagruel enquanto a responsável pela maior parte das receitas da Vaqueiro foi Francine Dupré. Desta luta de publicações ganharam as donas de casa que certamente experimentaram novas receitas numa época em que eram escassos o dinheiro e o número de publicações de culinária. Data dos anos 60 a produção de margarinas suaves com alto teor de ácidos gordos insaturados, que tornava as mesmas mais moles e obrigava à utilização de embalagens de plástico. Ainda em 1958 surgiu em Portugal a margarina «Planta», em 1968 era lançada a «Flora», e nos anos 70 a «Becel», todas do tipo margarina para barrar. Da publicidade e das embalagens desapareciam as vaquinhas e surgiam as flores do prado. Apesar desta produção, em 1968, no livro «Trabalha para ti. Vinte Industrias caseiras», ensinava-se a fazer margarina a partir da gordura de vaca ou boi. Começava-se por usar uma peneira para eliminar as gorduras e as peles e aquecia-se a gordura em banho maria a 45º durante 2-3 horas. Isto permitia separar a parte sólida da líquida, escorrendo esta última para uma vasilha onde solidificava. Esta pasta introduzia-se em sacos de pano e submetia-se a pressão para retirar a restante parte oleosa. Era este o óleo margarina enquanto o que ficava no saco era estearina. Colocava-se depois o óleo margarina numa batedeira com metade do seu peso de leite e outra porção idêntica de água. Após 15 minutos de centrifugação formava-se numa nata semelhante à do leite, que batida novamente, ia dar origem à margarina. Nos últimos anos tem aumentado o consumo de margarina impulsionado pelo marketing, com publicidade insistente sobre o agradável sabor e as suas características que a tornam mais fácil ao barrar o pão. A margarina, que presentemente é feita com óleos vegetais, tem sido apresentada como mais saudável por conter óleos ricos em ácidos gordos polinsaturados, mas a hidrogenização das gorduras transforma-as em formas trans, o que levanta problemas. Este tema das vantagens versus inconvenientes tem sido recorrente desde que a margarina fez o seu aparecimento no século XIX. Para quem gosta de manteiga, como é o meu caso, é o tipo de discussão que me passa completamente ao lado. Interessante é ser esta a história de um alimento que não existia e que foi criado pelo homem para colmatar as suas necessidades, numa época de dificuldades económicas. [1] BPI, 1921, nº 8, 5 de junho, p. 521. [2] Anuário Comercial de Portugal, p. 1081. [3] Anuário Comercial de Portugal, 1959, p. 1847. [4] BPI, 1926, nº 10, 28 fevereiro, p. 373. [5] BPI, 1926, nº 12, p. 458. [6] BPI, 1927, nº 3, p. 103. [7] Ibidem. [8] BPI, 1927, nº 7, setembro, p. 282. [9] BPI, 1928, nº 7, outubro, p. 330. [10] BPI, 1928, nº 7, p. 333. [11] BPI, 1928, nº 9, p. 425, [12] BPI, 1929, nº2, p. 57. [13] BPI, 1929, nº 2, p. 63. [14] BPI, 1929, nº 8, p. 328. [15] BPI, 1929, nº 5, p. 189.
...continuação Com o projecto do Ministro António Carneiro Pacheco, as primeiras letras bastariam para que a Nação aprendesse a lição de Oliveira Salazar. Para comemorar o 10º aniversário da investidura do Dr. Oliveira Salazar como Ministro das Finanças, foi editada uma pequena colecção de cartazes intitulada "Escola Portuguesa" no ano de 1938. Estas gravuras foram desenhadas por Martins Barata eram colocadas nos estabelecimentos de ensino. As disciplinas ministradas nestas escolas primárias, eram a Matemática, História, Língua Portuguesa, Geografia, Ciências e Religião e Moral. Os manuais escolares da primária, mantiveram-se iguais durante décadas. Na escola chegavam a cantar a tabuada e tinham que saber, entre outras coisas, o nome de todos os rios com seus afluentes, serras e linhas de caminhos-de-ferro portugueses de Portugal Continental e Ultramarino.. Quando se queria ir à casa-de-banho, pedia-se para “ir lá fora”. Mapas utilizados nas escolas primárias Campanha de Alfabetização de adultos Panfleto do Estado Novo de 1945 Livro de Leituras para a 2ª Classe em 1941 Livro de Ciências para a 4ª Classe em 1941 "O Livro da Primeira Classe" editado pelo Ministério da Educação Nacional em 1954 Páginas deste livro Na província os alunos tinham que pedir a bênção ao professor e “beijar a mão” uma vez que também eles eram seus educadores. Em Lisboa tinham de dar os bons-dias em coro ao professor. Em algumas escolas davam óleo de fígado de bacalhau, que era um complemento alimentar. Só os filhos das famílias com posses tinham oportunidade de estudar e muitos dos nossos idosos ou não chegou a aprender a ler na infância ou concluíram a instrução primária. Muitos só em adultos concluíram a quarta classe. Tabuada Anúncio de 1876 Era usual, como na minha escola, o uso da palmatória cujo número de reguadas era proporcional à gravidade da falta de saber ou castigo. Outros castigos eram aplicados como de pé virado para a parede, de joelhos debaixo da secretária da professora, etc … Ao aparecer alguma visita na sala de aula, ou inspector do Ministério da Educação os alunos levantavam-se e faziam a saudação da "Mocidade Portuguesa". "Cena de Escola" de 1960 No período do Estado Novo, concluída a instrução primária com um exame da quarta classe obrigatório na sede do concelho, apenas os filhos das famílias mais favorecidas seguiam estudos para o Liceu. O Liceu era encarado como a preparação para o ensino Universitário. Outros livros escolares utilizados durante o Estado Novo Para os filhos das famílias de classe média, a opção passava pelos cursos técnico-profissionais na Escola Industrial e Comercial. Exemplos são a Escola Comercial de Patrício Prazeres e a Escola Industrial Afonso Domingues. Às famílias economicamente mais desfavorecidas, a única alternativa que restava, aos pais quanto ao futuro dos filhos, era limitada à aprendizagem de uma arte ou ofício na freguesia ou áreas próximas. in:restosdecoleccao.blogspot.pt
1908 1920 1945 1966 Cartazes in: Biblioteca Nacional Digital
Em 1955 é nomeada uma Comissão de Estudos com a finalidade de coordenar e de se pronunciar sobre os estudos realizados, por sua vez, pelo Grupo de Estudos de televisão e definir os moldes das futuras emissões. Esta comissão era constituída pela direcção "Emissora Nacional", um representante do "Rádio Clube Português" (Botelho Moniz) e outro do Ministério das Comunicações. Por iniciativa do Governo, a constituição da "RTP - Radiotelevisão Portuguesa, SARL" é feita a 15 de Dezembro de 1955. Tratava-se, portanto de uma sociedade anónima, com capital social de 60.000 contos, tripartido entre o Estado, emissoras de radiodifusão privadas e particulares. Em 16 de Janeiro de 1956 é assinado o contrato de concessão de Serviço Público de Televisão, assinado pelo 1º Presidente da RTP Camilo Mendonça, os 2 administradores Botelho Moniz e Stichini Vilela e o Prof. Marcelo Caetano Ministro da Presidência e Ministro das Comunicações interino, e grande dinamizador da ideia da criação da RTP junto do Presidente do Conselho Dr. Salazar. A 18 de Julho de 1955, no Pavilhão das Indústrias Portuenses, instalado na "Feira Popular do Porto", têm lugar as sessões experimentais em circuito fechado. Secretaria geral e serviços comerciais da RTP em 1956, na Rua de S. Domingos à Lapa, 26 As emissões experimentais da RTP iniciaram-se às 21h 30m do dia 4 de Setembro 1956, a partir da "Feira Popular de Lisboa", no Parque da Palhavã em Lisboa. A primeira emissão experimental da Radiotelevisão Portuguesa foi possível graças ao apoio do jornal "O Século" da "Radio Corporation of America" (RCA) - que forneceu, gentilmente, um equipamento completo, uma torre de antena de cinquenta metros de altura, instalada na Feira Popular, e da "Philips Portuguesa". Foram instalados postos receptores nos seguintes locais de Lisboa: Praça de Londres (2); Rua Nova da Trindade; Feira Popular (15); Avenida Almirante Reis (na «Portugália»); Cinema Monumental; Restaurante Castanheira de Moura (Lumiar); Armazéns do Chiado; Avenida da Igreja; Praça do Areeiro; Rossio; Avenida da Liberdade; Largo do Chiado; Rua Barata Salgueiro; Praça dos Restauradores; Praça Duque de Saldanha e Rua Silva Carvalho. O programa transmitido foi o seguinte: 21:30 - Abertura e apresentação 21:33 - Algumas palavras de Monsenhor Lopes da Cruz, Presidente da Assembleia Geral da RTP e director da Rádio Renascença 21:38 - Perspectivas da Radiotelevisão Portuguesa 21:43 - Tesouros da Ourivesaria Portuguesa 22:00 - Revista Desportiva: Lança Moreira entrevista Alves Barbosa 22:30 - «Lisboa biografia de uma capital». Filme de Fernando Garcia 22:50 - Música e artistas: Concerto pelo "Duo Leonor de Sousa Prado-Nella Maissa" 23:10 - Revista Mundial: actualidades da RTP 23:22 - Comentários do dia pelo jornalista Barradas de Oliveira 23:30 - Fecho do programa Lia-se no jornal "O Século" : «as primeiras emissões de televisão em Portugal correspondem a um dos maiores acontecimentos de qualquer época». As palavras de apresentação da emissão experimental cabem ao locutor da "Emissora Nacional", Raúl Feio. A primeira locutora de televisão foi Maria Armanda Falcão, que desempenhava funções de secretária de empresa, até então, e mais tarde foi cronista social sob o pseudónimo de Vera Lagoa. Maria Armanda Falcão, primeira locutora da RTP e a 1ª mira técnica A multidão invade a "Feira Popular" instalada em Palhavã, na enorme expectativa de testemunhar o fabrico das primeiras imagens hertezianas em Portugal, através do vidro que substitui uma das paredes do estúdio erguido pré-fabricado, ou de um dos vinte monitores espalhados no "Parque de Palhavã". Noutros pontos de Lisboa onde se pode captar a emissão (que chega até à margem sul) , formam-se idênticas aglomerações frente a montras de lojas de electrodomésticos. No "Jornal de Notícias" podia-se ler: «Na praça dos Restauradores o movimento foi além do que era de esperar e, por isso, parou o trânsito e criaram-se dificuldades, que a PSP, requisitada para tal, resolveu ordenendo a abertura de um "Canal" - não de TV mas de caminho para carros e pessoas poderem circular». Estúdios na Feira Popular Exemplos de aparelhos de Televisão à venda em Portugal em 1956 e 1957 Grundig (1956) Philips (1956) Graetz (1957) Loja de equipamentos para rádio e televisão da RCA, no Largo da Boa-Hora em Lisboa 12 de Dezembro de 1956 Programa da 1ª emissão regular a 7 de Março de 1957 A partir de 7 de Março de 1957 realizaram-se emissões de ensaio, com programas regulares, diferentes em cada dia, das 21 e 30 às 23 horas, e com uma suplementar aos domingos das 18h às 19 h. Cerca de metade de cada programa era emitida do estúdio do Lumiar, directamente com interpretes no estúdio, sendo a outra parte por filmes. No início os realizadores foram Ruy Ferrão - que tinha regressado de um estágio na "RAI - Radiotelevisione Italiana" - Artur Ramos e Álvaro Benamor. Estavam, nessa altura, a terminar estágio na BBC de Londres o locutor de rádio Nuno Fradique e o arquitecto Herlander Peyroteo que viriam mais tarde a rvelar-se grandes realizadores de televisão. Nesta altura, um receptor de TV custava entre 5.900$00 e 7.800$00 (entre 29,43 € e 38,91 € multiplicando pelo factor de actualização monetária: 72.48), que era equivalente a nove meses de salário de um trabalhador não qualificado. Em menos de um mês foram registados mil aparelhos de TV particulares. Mas os preços desceram com o aumento da procura disparando por consequência as vendas. Até ao final do ano de 1958 já existiam 32 mil aparelhos de televisão, que representava oito vezes a previsão inicial. No entanto, as emissões regulares, só se iniciariam a partir de 7 de Março de 1957 (com cinco meses de atraso em relação a Espanha). As primeiras instalações da parte técnica administrativa e estúdios, foram nos antigos estúdios cinematográficos entretanto desactivados e implantadas em terrenos marginais à Alameda das Linhas de Torres, ao Lumiar. Aí haviam tido efémera existência duas empresas de produção: a "Cinanfa" e a "Cinelândia". Estes estúdios do Lumiar estiveram activos até Outubro de 1976, altura em que a RTP se mudou para o novo edifício-sede na Avenida 5 de Outubro. Estúdios do Lumiar Onde se viriam a instalar os Estúdios do Lumiar da RTP Em 1957 a RTP recebe o seu primeiro carro de exteriores. Encomendada pela RTP e construída em 1957, em Mannheim na Alemanha, a viatura de marca «Mercedes-Benz», com a matrícula portuguesa GD-61-21, foi especialmente concebida e transformada para possibilitar a cobertura televisiva de eventos no exterior. Equipado com as mais evoluídas tecnologias da época e constituindo um verdadeiro estúdio móvel, foi o primeiro veículo deste género em Portugal. Primeiro carro de exteriores da RTP, exterior e interior No momento da sua aquisição, esta viatura ficou em exposição no stand da "C. Santos", na Av. da Liberdade por 20 dias. Durante este período, as câmaras foram colocadas em funcionamento para que o público que estivesse no stand, seguisse as imagens que se captavam e difundiam em circuito fechado. Estava equipada com um motor diesel, de 6 cilindros em linha com 110 HP e 4.580 cm3 de cilindrada. Velocidade máxima: 76 Km/h, consumindo 15 lts /100Km. O primeiro grande acontecimento a merecer cobertura televisiva foi a visita ao nosso país da rainha Isabel II de Inglaterra em Fevereiro de 1957. Depois de a 1 de Janeiro de 1958 entrar em vigor a "Taxa de Televisão", em 9 de Fevereiro de 1958 tem lugar a primeira reportagem exterior e em directo do Estádio José de Alvalade do jogo Sporting - F.C.Áustria (resultado 4-0). Em Outubro de 1959 abre o Estúdio do Norte, em Vila Nova de Gaia, ao mesmo tempo que se cria o "Telejornal". Na primeira fase, a rede de emissores vai cobrir uma área onde vive 60 por cento da população do continente. O primeiro "Telejornal" foi emitido em 18 de Outubro de 1959. As primeiras palavras do locutor Fialho Gouveia em off, e apresentado por Mário Pires foram: « Senhores espectadores, muito boa noite! Vamos apresentar a primeira edição do telejornal da RTP constituída por noticiário e actualidades do País e do estrangeiro». O realizador era Vasco Hogan Teves e chefe de redacção do Telejornal. Tinha 27 anos e recebia 4.500 escudos (um bom ordenado pois as rendas de casa na altura que eram limitadas a 1.100 escudos …). Um locutor ganhava 1.700 escudos incluindo já o subsídio de camisas. O telejornal era apresentado às 20h 30m. Primeiro indicativo do Telejornal em 1959 e o locutor Gomes Ferreira Henrique Mendes e José Mensurado Operadores de câmara Acidente em directo no ano de 1957 Presidentes do Conselho Dr. Oliveira Salazar e Prof. Marcelo Caetano, na RTP António Lopes Ribeiro e maestro António Melo no "Museu do Cinema" , e o actor João Villaret Gravação em estúdio No estúdio, o cenário do "Telejornal" era composto por: telefone cinzento (que por vezes o locutor pedia licença para o atender durante o "Telejornal"…), um mapa-mundo, e à frente dois maços de tabaco das marcas “Porto” e “20 20 20 “, que patrocinavam o programa. A propósito do telefone: «Um momento senhores telespectadores!” interrompia o apresentador, tomando notas numa folha de papel … pousava o telefone e retomando o Telejornal … «Acabem de comunicar-nos da redacção uma notícia de última hora…». Mais tarde o administrador da RTP, não gostando de uma interrupção feita por causa de uma notícia que ele não considerou importante, decidiu acabar com o telefone mas disse: «desliga-se mas o aparelho continua lá, fica bem na imagem». Os primeiros locutores no início da RTP foram: Gina Esteves, Isabel Wolmar, Fialho Gouveia, Manoel Caetano, Gomes Ferreira, Henrique Mendes, Paulo Cardoso, José Mensurado . Outros grandes nomes passaram pela RTP como: Maria Leonor, Ana Zanatti, Artur Agostinho, Pedro Moutinho, Rui Ferrão, Carlos Cruz , Fernando Pessa, Jorge Alves, Eládio Clímaco, só para nomear alguns dos mais antigos. Centro emissor de Monsanto Dois aspectos do interior do posto emissor em 1966 : o emissor e o centro de controle Primeiro aparelho de videotape Antenas de feixes hertzianos Estúdios da RTP Porto, em Vila Nova de Gaia, no Monte da Virgem inaugurados em 20 de Outubro de 1959 A emissão de um "Telejornal" incluía: 2 chefes, 8 redactores, 6 operadores de câmara e 4 dactilógrafas. A redacção do "Telejornal" era um quarto com 30 metros quadrados, com mesas e cadeiras para 6 pessoas. Havia gabinetes à parte para dois chefes, para o desporto e para as dactilógrafas, para as montagens, para os telexes, onde três aparelhos faziam chegar as notícias internacionais a toda a hora. A sala dos telexes e o serviço de Boletim Meteorológico (1964) com o meteorologista Anthímio de Azevedo Para poder comparar …O estúdio de informação da RTP de hoje nas instalações da Av. Marechal Gomes da Costa é o maior e melhor equipado estúdio da Europa. Tem cerca de 800 m2 de área e um pé direito de 14 metros. Demorou 15.000 horas de trabalho a montar.Tem 400 metros de calhas suspensa e 6 toneladas de metal. Desde o tempo de projecto até á sua finalização decorreram 9 meses. Está tudo integrado no mesmo espaço, transmissão, régie, redacção, …Outros tempos …. João de Freitas Branco "História da Música" Maria João Baião e Jorge Alves no concurso de 1965 Maria de Lourdes Modesto e Henrique Mendes Engenheiro Sousa Veloso e o "TV Rural" As reportagens nacionais eram marcadas de véspera. Muitas vezes, devido à falta de gente, ia apenas o operador de câmara, que levava instruções do chefe para poupar filme, que era caro. «Não mais de 30 metros» - daria para para gravar 3 minutos, que por sua vez exigia pelo menos 1 hora de revelação no laboratório, que no fim daria para 1 minuto e meio de imagens, enquanto o locutor lia o texto elaborado pelos redactores, muitas vezes com base em informações do operador de câmara. As notícias eram passadas à máquina por quatro dactilógrafas, em folhas brancas ou azuis, seguiam para o chefe, que tinha de as assinar, e eram expostas numa bancada pela ordem de entrada na emissão, onde ficavam a aguardar o visto do censor, que aparecia pelas 19h30m. Sem a rubrica deste censor nenhuma notícia podia ir para o ar. Operadores de câmara em reportagem: Simone de Oliveira no Aeroporto e Volta a Portugal em Bicicleta Miras Técnicas Crachás gentilmente cedidos por Carlos Caria A 2 de Fevereiro de 1964 realizou-se, em Lisboa o 1º "Festival RTP da Canção" para escolher a representante portuguesa ao IX Festival da Eurovisão que se realizaria em Copenhaga a 21 de Março desse ano. Venceu António Calvário com a canção "Oração". Na Dinamarca ficou em último lugar com … 0 pontos. Madalena Iglésias, noutro Festival No início a televisão era vista, sobretudo em cafés ou montras de lojas que vendiam aparelhos. A RTP também possuía a sua própria loja na Praça de Londres, esquina com a Avenida Paris, onde igualmente comercializava aparelhos de televisão. Também afixava a programação da emissão diária da RTP no exterior da mesma. Loja da RTP e programação para 30 de Maio de 1958 afixada no exterior Primeiras propagandas em 1957 e 1958 1962 1963 Programas famosos e de grande audiência foram: de culinária de Maria de Lurdes Modesto de agricultura “TV Rural” de Sousa Veloso, de automóveis “Sangue na Estrada” de Francisco Nogueira, “Cartaz TV” de Jorge Alves , “Conversas de Teatro” do António Pedro, as “Charlas linguísticas” do Padre Raul Machado ou as histórias e os poemas declamados pelo João Villaret, "Zip-Zip" de Fialho Gouveia, Raúl Solnado e Carlos Cruz, etc. No dia 20 de Outubro de 1959, a RTP tornou-se membro da "UER - Union Européenne de Radiodiffusion" - e em meados dos anos 60, a televisão passou a ser transmitida para todo o país. Maria Fernanda, Isabel Wolmar e Maria Manuela (da esquerda para a direita) José Fialho Gouveia em 1964 Anuário RTP de 1969 No dia 25 de Dezembro de 1968 comemorou-se o Natal com a criação de um segundo canal, o "II Programa" mais tarde "RTP 2". Posto emissor do II Programa Programação da RTP em 20 de Julho de 1969 (Véspera de Neil Armstrong pisar a Lua) Emissão conduzida por José Mensurado no dia 21 de Julho de 1969 Em 1969 estreia-se dos mais famosos programas de sempre da RTP: "Zip-Zip" e que constituiu um importante marco na história de televisão em Portugal. O programa "Zip-Zip", emitido em plena Primavera Marcelista, foi realizado por Luís Andrade e apresentado por Carlos Cruz, Fialho Gouveia e Raul Solnado e era apresentado no Teatro Vilarett. O primeiro programa foi gravado no dia 24 de Maio de 1969, tendo Almada Negreiros como convidado principal, e obteve êxito imediato. Foi o primeiro programa português do tipo talk show gravado aos sábados, no Teatro Villaret, com público e transmitidos na segunda-feira seguinte à noite. O Major Baptista Rosa abandonou a equipa de produção logo após esse primeiro programa, em virtude de se ter incompatibilizado com os outros membros da equipa. A partir do 2º programa verificaram-se algumas modificações incluíndo o genérico do programa. José Fialho Gouveia, Raúl Solnado e Carlos Cruz Entre o público que assistia à gravação estava presente um agente da PIDE. A emissão dos conteúdos tinha que ser negociada com a polícia do regime entre sábado (dia da gravação) e segunda-feira (dia da apresentação). José Nuno Martins também colaborou com o programa, trazendo jovens talentos ao palco. A última emissão foi transmitida no dia 29 de Dezembro de 1969, com os três apresentadores disfarçados de velhos anciãos. Em 1970, em colaboração com a RTP, a "Editorial Verbo" lança a "Biblioteca Básica Verbo - Livros RTP" , uma colecção de livros de bolso. A ideia surge de uma experiência idêntica que se havia realizado, com grande sucesso, em Espanha, com a televisão espanhola e uma editora madrilena. O então Presidente da Direcção da RTP, depois de uma viagem a Espanha, vem muito entusiasmado com a ideia e é dirigido um convite à Verbo para ser a editora portuguesa a participar neste projecto. Tratava-se de uma acção completamente inovadora no mercado português, da qual jamais, na altura, se teve noção da dimensão que o empreendimento iria tomar e na qual todos os detalhes foram cuidadosamente trabalhados. Foram estudados incansavelmente cada um dos 100 títulos a incluir; a periodicidade, acabando por se optar pela semanal; o papel a utilizar nos livros; a cartolina das capas; o tipo de letra; o formato do livro; o grafismo das capas (da autoria de Sebastião Rodrigues, o pai do design gráfico português) e a distribuição. Também na distribuição este projecto se revelou extremamente inovador. Coleccção "Biblioteca Básica Verbo - Livros RTP" Montou-se uma rede de distribuição inédita, com 3500 pontos de (note-se que então o número de livrarias registadas não ultrapassava o 600), para o abastecimento dos quais a "Editorial Verbo" teve que reforçar a sua frota de transporte com oito novos furgões. O nosso slogan interno foi que tínhamos que ter um ponto de venda, devidamente abastecido, junto de cada televisor existente em Portugal. No fundo, o que se fez foi vender livros em locais onde tal nunca tinha acontecido antes, tais como quiosque e tabacarias, muito à semelhança das novas tendências do mercado . Também toda a publicidade a fazer na televisão e que era da responsabilidade da RTP, foi connosco discutida, estudada, realizada e programada. A "Editorial Verbo" previu quase tudo pensado que tinha previsto tudo e imprimiu 50.000 exemplares dos dois primeiros volumes (o segundo livro era oferecido na compra do primeiro). O que não previa era que esses 50.000 exemplares se iriam esgotar na própria manhã do dia do lançamento, 6 de Novembro de 1970, e que as pessoas os disputariam a murro nos armazéns da editora, a ponto de impedirem a entrada a um dos administradores da Verbo, porque as centenas de homens e mulheres que formavam fila para serem abastecidos pensaram que ele lhes ia passar à frente e tirar o lugar! Dos dois primeiros volumes - a novela "Maria Moisés" , de Camilo Castelo Branco, e "100 Obras Primas da Pintura Europeia" acabaram por se imprimir, à lufa-lufa, e vender 230.000 exemplares de cada. Em Outubro de 1972, do 100º título, "Os Lusíadas" , ainda se venderam mais de 100.000 exemplares. Ao todo, durante aquelas cem semana, foram colocados em casa dos portugueses, ao preço de 15 escudos cada, mais de 15 milhões de livros, num país maioritariamente iletrado. Mais tarde, dois canais regionais iniciaram a sua actividade nos arquipélagos dos Açores e da Madeira, na década de 70 do século XX: RTP Madeira, em 6 de Agosto de 1972; RTP Açores, em 10 de Agosto de 1975. Após o 25 de Abril de 1974, o estatuto da empresa concessionária da radiotelevisão foi alterado. Em 1975, a RTP foi nacionalizada, transformando-se na empresa pública "Radiotelevisão Portuguesa" a 2 de Dezembro. A RTP iniciou as emissões regulares a cores no 7 de Março de 1980, no dia do seu 23º aniversário, depois de algumas experiências técnicas. Contudo grande parte da população ainda não dispunha de equipamentos a cores. A 1ª transmissão a cores foi a do "Festival RTP da Canção 1980", que pode ser vista em algumas montras de algumas lojas de Lisboa. O vencedor José Cid com “Um grande, grande amor” e a mira técnica a cores Edifício da RTP na Avenida 5 de Outubro em Lisboa, inaugurado em 1976 Em 31 de Março de 2004 é inaugurada a nova sede e complexo de estúdios, da RTP / RDP na Av. Marechal Gomes da Costa em Lisboa. O novo complexo de estúdios das actuais instalações, possui meios técnicos modernos emitindo no formato TDT (Televisão Digital Terrestre) e também um enorme carro de exteriores totalmente equipado para emissão em HDTV (High Definition Television-Televisão de Alta Definição). Este complexo tem 4 estúdios de 800, 400, 200 e 100 metros quadrados devidamente equipados. O universo actual da "Rádio e Televisão de Portugal" E já agora … E para finalizar a famosa, inesperada e odiada tela …. Para a história da Rádio em Portugal consultar artigo "A Rádio em Portugal", publicado no passado mês de Agosto. fotos in: “RTP 50 anos de História” , “50 anos de Telejornal”, "Portugal Século XX". Bic Laranja, IÉ-IÉ, Hemeroteca Digital, Museu da RTP, Biblioteca de Arte-Fundação Calouste Gulbenkian, Hemeroteca Digital, Delito de Opinião
www.estampemoderne.eu Nous achetons et nous vendons. We buy and we sell. AFFICHE ANCIENNE - VINTAGE POSTER Galerie Estampe Moderne et Sportive 16 rue Choron -75009 PARIS - FRANCE
A poda, requer(ia) da parte de quem a executa(ava), muita experiência e particular sabedoria! No desempenho desta actividade agrícola, que consiste essencialmente no desbaste dos ramos inúteis da respectiva árvore para que esta tenha um boa produção no ano seguinte, existiam há uns anos atrás e para o caso específico da oliveira, trabalhadores devidamente "certificados" pelo Ministério da Economia! A emissão do Cartão Profissional de Podadores de Oliveiras, como é o caso deste exemplar em nome de Manuel Duarte Grais, era validado pela Direcção Geral dos Serviços Agrícolas e servia porventura de garantia ao trabalho realizado, credenciando estes trabalhadores perante as entidades patronais que os contratavam. Hoje, claro, a realidade é inexorávelmente outra . No verso do cartão, constavam algumas das regras que os profissionais "Podadores de Oliveiras", deveriam de respeitar e cumprir. ~ Outros links sobre o tema, A lenha + As vides + Adeus oliveiras Documento gentilmente cedido por Paulo Grais.