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Henry Graham Greene (Berkhamsted, 2 de outubro de 1904 – Vevey, 3 de abril de 1991), mais conhecido como Graham Greene, foi um jornalista e escritor britânico, com uma obra composta de romances, contos, peças teatrais e críticas de literatura e de cinema. Formou-se na Universidade de Oxford, e começou sua carreira como jornalista trabalhando como repórter e subeditor do The Times. Publicou cerca de 60 romances. Ao longo de sua vida, Greene esteve em vários países bem distantes da Inglaterra, aos quais ele se referia como lugares selvagens e remotos do mundo. Em 1935, visitou a África (especialmente Serra Leoa e Libéria), onde, além de buscar material para seus artigos do Times e para um futuro livro (Journey Without Maps), também prestou serviços à Anti-Slavery and Aborigines' Protection Society [1][2] As viagens o levaram a ser recrutado pelo MI6, o serviço secreto britânico, por meio de sua irmã, Elisabeth, que trabalhava para a organização, e ele foi enviado para Serra Leoa durante a Segunda Guerra Mundial.[3] Assim, de 1941 a 1943, ele trabalhou para a inteligência britânica, em Freetown. Muitos de seus romances, a partir de então, tiveram como tema ou pano de fundo a espionagem. Kim Philby (que posteriormente descobriu-se ser um agente duplo, ao serviço da KGB) era seu supervisor no MI6 e seu amigo.[4][5] Posteriormente, Greene escreveria o prefácio do livro de memórias de Philby, My Silent War (1968). Em seus romances, o escritor retrata pessoas que encontrou e lugares onde viveu. Deixou a Europa pela primeira vez aos 30 anos de idade, em 1935, rumo à Libéria. Essa viagem seria a inspiração para o livro Journey Without Maps.[6] Sua viagem ao México em 1938, para observar os efeitos da campanha anticatólica do governo, que promovia a secularização forçada, foi paga pela editora Longman[7] e assunto de dois livros. O seu primeiro livro de sucesso foi O Expresso do Oriente (1932). Dentre outras obras, incluem-se O Poder e a Glória (1940), Our Man in Havana (1958, "Nosso homem em Havana"br e "O Nosso Agente em Havana"pt) e O Fator Humano (1978). Muitas de suas obras foram transformadas em filmes, como por exemplo O Ídolo Caído. Suas obras falam muito de situações políticas de países pouco conhecidos e aos quais viajava frequentemente, como Cuba e Haiti. Outra temática frequente em sua obra é a religião. Tendo se convertido ao catolicismo em 1926, os dilemas morais e espirituais de sua época eram representados por intermédio de suas personagens. Graham Greene era considerado o maior 'escritor católico' da Grã-Bretanha, apesar de sua resistência em ser retratado dessa maneira. Existem peças teatrais de sua autoria, como "O amante complacente" (The Complaisant Lover), 1959, publicado no Brasil em 1966 pela Editora Itatiaia, "O galpão do jardim" (The potting sheed — 1956–1957), "O living room" (The linving room), 1958, "Esculpindo uma estátua", em espanhol Tallando una estatua (Carving a statue), 1964. Foi também autor de quatro livros infantis: O Pequeno Comboio (1946), O Pequeno Carro de Bombeiro (1950), O Pequeno Ônibus a Cavalos (1952) e O Pequeno Rolo Compresor a Vapor (1953). Greene e Shirley Temple Em 1937, Greene era editor da revista literária britânica Night and Day e escreveu uma crítica sobre o filme Wee Willie Winkie (1937), estrelado por Shirley Temple, então com oito anos. O texto assinalava a coqueteria da pequena atriz e o efeito que ela provocava entre homens de meia idade e clérigos. Em consequência desse comentário, Greene foi alvo de um processo judicial movido pela Twentieth Century Fox.[8] Temendo ser preso, o escritor refugiou-se no México, país que não permitia a extradição — e que inspiraria seu livro The Power and the Glory. Afinal, a justiça decidiu em favor do estúdio — concordando com o advogado dos demandantes, que se referiram à resenha de Greene como "uma das calúnias mais horríveis que se pode imaginar". Assim, foi fixada uma indenização de 3.500 libras, das quais £500 saíram do bolso de Greene. O restante foi pago pela revista.[9] fonte de origem: https://pt.wikipedia.org/wiki/Graham_Greene
Jaime Torres Bodet (Cidade do México, 17 de abril de 1902 – Cidade do México, 13 de maio de 1974) foi um proeminente político, filósofo e escritor mexicano. Trabalhou no gabinete executivo de três presidentes do México. Foi diretor-geral da UNESCO entre 1948 e 1952. Entre 1955 e 1958 foi embaixador do México em França. Além disso, cursou faculdade de Letras e Filosofia. Nascimento 17 de abril de 1902 Barcelona Morte 13 de maio de 1974 (72 anos) Cidade do México Cidadania México Alma mater Universidade Nacional Autónoma de México Ocupação escritor, poeta, diplomata, político, ministro Prêmios Prêmio Nacional de Ciências e Artes, Medalha de Honra Belisario Domínguez, Grã-cruz da Legião de Honra Causa da morte fonte de origema; https://pt.wikipedia.org/wiki/Jaime_Torres_Bodet
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(Londres, 25 de janeiro de 1882 — Lewes, 28 de março de 1941) foi uma escritora, ensaísta e editora britânica, conhecida como uma das mais proeminentes figuras do modernismo. Woolf era membro do Grupo de Bloomsbury e desempenhava um papel de significância dentro da sociedade literária londrina durante o período entre guerras. Seus trabalhos mais famosos incluem os romances Mrs. Dalloway (1925), Ao Farol (1927) e Orlando (1928), bem como o livro-ensaio Um Teto Todo Seu (1929), onde encontra-se a famosa citação "Uma mulher deve ter dinheiro e um teto todo seu se ela quiser escrever ficção". Biografia: Julia Stephen com sua filha Virginia em 1884. Estreou na literatura em 1915 com o romance A Viagem, que abriu o caminho para a sua carreira como escritora e uma série de obras notáveis. Morreu em 1941, tendo cometido suicídio. Virginia Woolf era filha do editor Leslie Stephen, o qual deu-lhe uma educação esmerada, de forma que a jovem teria frequentado desde cedo o mundo literário. Em 1912 casou com Leonard Woolf, com quem fundou em 1917 a Hogarth Press, editora que revelou escritores como Katherine Mansfield e T.S. Eliot. Virginia Woolf apresentava crises depressivas. Em 1941, deixou um bilhete para seu marido, Leonard Woolf, e para a irmã, Vanessa Bell. Neste bilhete, ela se despede das pessoas que mais amara na vida, e comete suicídio. Virginia Woolf foi integrante do grupo de Bloomsbury, círculo de intelectuais que, após a Primeira Guerra Mundial, se posicionaria contra as tradições literárias, políticas e sociais da Era Vitoriana. Deste grupo participaram, dentre outros, os escritores Roger Fry e Duncan Grant; os historiadores e economistas Lytton Strachey e John Maynard Keynes; e os críticos Clive Bell e Desmond McCarthy. A obra de Virginia é classificada como modernista. O fluxo de consciência foi uma de suas marcas mais conhecidas e da qual é considerada uma das criadoras. Suas reflexões sobre a arte literária - da liberdade de criação ao prazer da leitura - baseadas em obras-primas de Conrad, Defoe, Dostoievski, Jane Austen, Joyce, Montaigne, Tolstoi, Tchekov, Sterne, entre outros clássicos, foram reunidos em dois volumes publicados pela Hogarth Press em 1925 e 1932 sob o título de The Common Reader - O Leitor Comum, homenagem explícita da autora àquele que, livre de qualquer tipo de obrigação, lê para seu próprio desfrute pessoal. Uma seleta destes ensaios, reveladores da busca de Virginia Woolf por uma estética não só do texto mas de sua percepção, foi reunida em língua portuguesa em 2007 pela Graphia Editorial, com tradução de Luciana Viegas. Infância e juventude[editar | editar código-fonte] Sir Leslie Stephen, pai de Virginia, em cerca de 1860. Virginia Woolf era filha do escritor, historiador, ensaísta e biógrafo de Sir Leslie Stephen (1832-1904) e sua segunda esposa Julia Prinsep Jackson (1846-1895). Ela tinha três irmãs: Vanessa Stephen (1879-1961), Thoby Stephen (1880-1906) e Adrian Stephen (1883-1948). Além disso, a meia-irmã, Laura Makepeace Stephen (1870-1945) do primeiro casamento de seu pai com Harriet Marion Thackeray (1840-1875) e os meio-irmãos George Duckworth (1868-1934), Stella Duckworth (1869-1897) e Gerald Duckworth (1870 -1937), do primeiro casamento de sua mãe com Herbert Duckworth. A família residiu em Kensington, Londres, 22 Hyde Park Gate. A elite intelectual e artística da época, como Alfred Tennyson, Thomas Hardy, Henry James e Edward Burne-Jones, frequentava os saraus de Leslie Stephen. Psicanalistas e biógrafos descrevem que os meio-irmãos de Virginia, Gerald e George Duckworth, a abusaram ou, pelo menos, tocaram de forma um tanto imoral, o que poderia ter causado a doença maníaco depressiva, agora chamada de transtorno bipolar1 , de Virginia2 . A própria Virginia revela experiências sobre a rigidez do período vitoriano em sua obra autobiográfica A Sketch Of The Past (obra ainda sem tradução para o português). Hermione Lee escreve em sua biografia sobre Virginia Woolf: "A evidência é forte o suficiente, porém também ambígua o suficiente para traçar o caminho para interpretações psicobiográficas contraditórias e mostra representações bastante distintas da vida interior de Virginia Woolf.3 " Outros pesquisadores, em oposição a um olhar psiquiátrico, trabalham com a predisposição genética de sua família. Também o pai de Virginia era conhecido por sofrer de casos de auto-dúvida e sintomas de estresse, expressados em persistentes dores de cabeça, insônia, irritação e ansiedade; reclamações parecidas com as posteriores de sua filha. Virginia Stephen não frequentou escola, foi educada, em vez disso, por professores particulares e através de aulas com seu pai. Ela era impressionada pelo trabalho literário e pelo trabalho de editor do monumental Dictionary of National Biography de seu pai e também por sua vasta biblioteca particular, daí desde cedo a expressão de tornar-se escritora. Em cinco de maio de 1895, quando morreu sua mãe, Virginia, então com 13 anos, sofreu seu primeiro colapso mental. Sua meia irmã Stella, quem primeiro comandou a casa após a morte da mãe, casou-se dois anos depois com Jack Hills e, com isso, deixou a casa da família. Stella morreu pouco depois de sua lua de mel em razão de uma peritonite. De 1882 a 1894, a família passou suas férias de verão em Talland House, sua residência de verão com vista para a praia de Porthminster e para o farol de Godrevy Point. A casa era localizada na pequena cidade litorânea de St Ives em Cornualha, que em 1928 tornou-se uma colônia de artistas. Virginia descreve o local em suas memórias: Cquote1.svg "Nossa casa era [...] no morro. [...] Tinha uma ótima vista [...] de toda a baía até o farol Godreyver. Na encosta do morro, havia pequenos gramados que eram emoldurados por moitas maiores [...]. Entrava-se em Talland House por um grande portão de madeira – [...] e vinha-se, então, à direita para Lugaus [...] De Lugaus, tinha-se uma visão bastante clara da baía.4 " Cquote2.svg Em 26 de junho de 1902, o pai de Virginia foi nomeado Cavaleiro da Mais Honorável Ordem do Banho. Durante esse período, Virginia escreveu diversos ensaios e os preparou para publicação. Em janeiro de 1904, Virginia teve seu primeiro artigo publicado no suplemento feminino impresso pelo The Guardian. Em 22 de fevereiro de 1904, seu pai morreu de câncer. Isso significou um período de ruptura, que foi marcado pela exaustiva convivência de Virginia com a difícil personalidade de Leslie. Os desentendimentos entre Vanessa e Virginia haviam começado já em 1897, com a morte de Stella, meia irmã de Virginia, que, para Leslie, havia assumido o papel de dedicada dona de casa. Dez semanas após morte de seu pai, Virginia sofreu seu segundo episódio de doença mental, do qual não se recuperaria antes do final daquele ano. Em 1899, o irmão mais velho de Virginia, Thoby, começou a estudar na Trinity College em Cambridge. Em um jantar no dia 17 de novembro de 1904, Virginia conheceu o amigo de seu irmão, seu futuro marido Leonard Woolf, que estudava direito e estava prestes a aceitar uma posição no serviço colonial do Ceilão. Grupo de Bloomsbury Alguns membros do Grupo de Bloomsbury - da esquerda para a direita: Lady Ottoline Morrell, Maria Nys (mais tarde Mrs. Aldous Huxley), Lytton Strachey, Duncan Grant e Vanessa Bell. As irmãs Stephen se mudaram em 1905 de Kensington para o bairro de Bloomsbury, em uma casa no número 46 na Gordon Square. Ali Thoby estabeleceu que todas as quintas-feiras aconteceriam reuniões com seus amigos. Com essa prática, fundou-se o Grupo de Bloomsbury, que contava com membros do Cambridge Apostles. Neste círculo, além de Virginia, estavam incluídos escritores como Saxon Sydney-Turner, David Herbert Lawrence, Lytton Strachey, Leonard Woolf, pintores como Mark Gertler, Duncan Grant, Roger Fry, Vanessa, a irmã de Virginia, críticos como Clive Bell e Desmond MacCarthy e cientistas como John Maynard Keynes e Bertrand Russell. Virginia era grata por poder participar do círculo intelectual - do qual ela e Vanessa eram as únicas mulheres - para poder colaborar nas discussões e livrar-se das algemas de sua educação moralista. No mesmo ano, Virginia passou a escrever para diferentes jornais e revistas, sua colaboração para o Times Literary Supplement durou até o final de sua vida. Desde o final de 1907, deu aulas de literatura inglesa e história em Morley College, uma instituição de ensino para adultos trabalhadores. Em 20 de novembro de 1906, Thoby Stephen, irmão mais velho de Virginia, adoeceu com febre tifoide em uma viagem à Grécia e morreu pouco antes de completar 26 anos - uma perda difícil de ser superada por Virginia. Pouco depois, Vanessa ficou noiva de Clive Bell, eles se casaram em sete de fevereiro de 1907 e permaneceram na casa em Gordon Square, enquanto Virginia e Adrian Stephen se mudaram para uma casa no número 29 da Fitzroy Square, que também era localizada no distrito de Bloomsbury. As reuniões dos "Bloomsberries" tinham então duas bases; o salão de Vanessa Bell teve seu início progressivo. O tom das conversas era descontraído, os participantes se tratavam pelo primeiro nome e as discussões não tinham apenas caráter intelectual, mas sim um calor humano. A pequena burguesia inglesa era contra o que queriam lutar no campo da literatura, da arte e da sexualidade. No ano seguinte, Virginia viajou para Siena e para Perúgia, voltando para o Reino Unido depois de uma estada em Paris. Em fevereiro de 1909, Lytton Strachey pediu Virginia em casamento e ela aceitou. No entanto, mudou de ideia e ambos concordaram em esquecer o pedido. No verão de 1909, Lady Ottoline Morell, uma aristocrata e mecenas de artes, tomou conhecimento sobre Virginia. Ela juntou-se ao círculo de Bloomsbury e fascinou a todos com sua aparência extravagante. Seu estilo de vida exótico influenciou o grupo, de forma que eles aceitaram o convite para ir à sua casa em Bedford Square, às dez horas das quintas-feiras, convidados como Winston Churchill e D. H. Lawrence também eram encontrados nesses eventos. Mais tarde, sua casa em Garsington Manor, perto de Oxford era o ponto de encontro dos Bloomsberries. Virginia representou Ottolineem seu romance Mrs. Dalloway, que ela descreve como um “Garsington Novel”, uma espécie de monumento literário 5 . No ano de 1909, Virginia herdou 2500 libras de sua tia Caroline Emelia Stephen (1834 - 1909), a herança facilitou a continuidade de sua carreira como escritora. 6 O Embuste de Dreadnought[editar | editar código-fonte] Os embusteiros em trajes abissínios - a figura barbada na extrema esquerda é Virginia. Em 10 de fevereiro de 1910, Virginia, junto com Duncan Grant, seu irmão Adrian Stephen e três outros "Bloomsberries" organizaram o embuste de Dreadnought, o que os levou a sofrer inquérito oficial pelas autoridades. Com um telegrama falso enviado HMS Dreadnought, a trupe viajou para Weymouth em um vagão especial. Virginia, Duncan e dois de seus amigos usaram fantasias orientais e pintavam-se de preto, para que não fossem reconhecidos. Eles visitaram o navio de guerra a convite do Comandante Supremo das Forças Armadas como se fossem uma delegação de quatro diplomatas abissínios, um membro do British Foreign Office e um intérprete. O embuste funcionou: Representantes conduziram a delegação através do navio altamente secreto, as bandeiras foram hasteadas e banda tocou em sua honra. No entanto, eles tocaram o hino nacional de Zanzibar, não o da Abissínia. O grupo conversou um pouco em suaíli e o intérprete balbuciou alguns jargões e citou Virgílio. Felizmente, o único tripulante que falava suaíli não estava presente naquele dia. Uma foto da recepção foi enviada por Horace Cole, que pertencia ao grupo para o Daily Mirror e foi lá publicada7 . Além disso, ele mesmo foi ao Foreign Office para relatar a brincadeira. Os "Bloomsberries" queriam, com seu golpe sobre a burocracia, ridicularizar o "Empire", o que fizeram com o nome do navio "Dreadnought" (não tema), que foi um protótipo para uma nova gama de navios de combate com o mesmo nome, e sucedeu no sentido do jogo de palavras, o que representou uma dupla vergonha para as lideranças militares.A Royal Navy exigiu que o instigador Horace Cole fosse preso, mas sem sucesso, pois o grupo não havia descumprido nenhuma lei. Cole ofereceu levar seis chibatadas, sob a condição de poder revidá-las. Duncan Grant foi sequestrado por três homens, foi golpeado duas vezes em um campo e voltou para casa de trem, usando pantufas.8 [vago] Obra[editar | editar código-fonte] Edifício onde funcionava a Hogarth Press, editora de Virginia e seu marido Leonard, onde publicou grande parte de sua obra. Woolf começou a escrever profissionalmente em 1900 com um artigo jornalístico sobre Haworth, a casa da família Brontë, para o Times Literary Supplement9 . O seu primeiro romance, A Viagem, foi publicado em 1915 pela editora do seu meio-irmão, a Geral Duckworth and Company Ltd. O romance foi inicialmente intitulado de Melymbrosia, mas Woolf alterou diversas vezes o rascunho. Uma versão prematura de A Viagem foi reconstruída pela especialista em Woolf Louise DeSalvo e está disponível ao público sob o título inicial. DeSalvo afirma que muitas mudanças feitas no texto por Woolf foram resultado a mudanças na sua própria vida.10 A partir daí Woolf passou a publicar romances e ensaios, tornando-se uma intelectual pública com sucesso tanto crítico quanto popular. Grande parte do seu trabalho foi publicado através da Hogarth Press. Ela é vista como uma das maiores romancistas do século vinte e uma das principais modernistas.11 Também é considerada uma grande inovadora do idioma inglês. Nos seus trabalhos experimentou o fluxo de consciência e a psicologia íntima, bem como tramas emocionais dos seus personagens. A reputação de Woolf caiu bruscamente após a Segunda Guerra Mundial, mas a sua importância foi reestabelecida com o crescimento da crítica feminista na década de 1970.12 As peculiaridades de Virginia Woolf como uma escritora de ficção tendem a ofuscar a sua principal qualidade: Woolf é indiscutivelmente a maior romancista lírica do idioma inglês. Os seus romances são altamente experimentais: uma narrativa, frequentemente rotineira e comum, é trabalhada – e algumas vezes quase que dissolvida – sob a consciência receptiva dos personagens. Um lirismo intenso e um virtuosismo estilístico se unem para criar um mundo superabundante de impressões audiovisuais13 . Woolf tem frequentemente sido destacada entre os escritores do fluxo de consciência, ao lado de modernistas que foram seus contemporâneos, como James Joyce e Joseph Conrad.14 A intensidade da visão poética de Virginia Woolf eleva os planos ordinários, e muitas vezes banais – grande parte ambientados entre guerras -, de boa parte dos seus romances. Mrs. Dalloway (1925), por exemplo, foca nos esforços de Clarissa Dalloway, uma socialite de meia-idade, para organizar uma festa, mesmo quando a sua vida é paralelizada com a de Septimus Warren Smith, um veterano de guerra da classe operária que retornou da Primeira Guerra Mundial tendo que suportar diversos efeitos colaterais psicológicas da guerra.15 Ao Farol (1927) situa-se em dois dias separados por dez anos. O enredo foca na animação e reflexão sobre a família Ramsay, prestes a fazer uma visita ao farol, e às tensões familiares relacionadas ao evento. Um dos principais temas do romance é a luta do o processo criativo da pintora Lily Briscoe, que tenta pintar em meio ao drama familiar e às pressões alheias que a assolam. O romance também é uma reflexão sobre as vidas dos habitantes de uma nação que está no meio de uma guerra, e sobre as pessoas deixadas para trás. Também explora a passagem do tempo, e como as mulheres são forçadas pela sociedade a permitir que os homens tomem-lhes força emocional.16 Orlando (1928) é um dos romances mais leves de Virginia Woolf. Uma biografia paródica de um jovem nobre que vive por três séculos sem envelhecer mais do que trinta anos (mas que abruptamente transforma-se em uma mulher), o livro é em parte um retrato da amante de Woolf, Vita Sackville-West. Tencionava inicialmente consolar Vita pela perda de sua mansão ancestral, apesar de retratar também de forma satírica Vita e a sua obra. Em Orlando, as técnicas de historiadores biógrafos são ridicularizadas; o personagem de um biógrafo pomposo é assumido para que ele seja debochado.17 As Ondas (1931) apresenta um grupo de seis amigos cujas reflexões, que estão mais próximas de recitativos que solilóquios, criam uma atmosfera parecida com uma onda, o que faz com que o livro pareça-se mais um poema em prosa do que um romance com um enredo.18 Flush: Uma Biografia (1933) é em parte ficção, em parte a biografia do cocker spaniel pertencente à poeta vitoriana Elizabeth Barrett Browning. O livro foi escrito do ponto de vista do cachorro. Woolf foi inspirada a escrever este livro após o sucesso da peça de Rudolf Bessier, The Barretts of Wimpole Street. Na peça, Flush está no palco na maior parte das cenas. A peça foi produzida pela primeira vez em 1932 pela atriz Katharine Cornell. A sua última obra, Entre os Atos (1933), resume e amplia as preocupações principais de Woolf: a transformação da vida através da arte, a ambivalência sexual e a reflexão sobre temas referentes à passagem do tempo e da vida, apresentados simultaneamente como corrosão e rejuvenescimento – tudo situado em uma narrativa altamente imaginativa e simbólica que abrange quase toda a história da Inglaterra. Este é o livro mais lírico de todas as suas obras, não somente na questão sentimental mas também na estilística, sendo principalmente escrito em versos19 . Ao passo em que o trabalho de Woolf pode ser entendido como consistentemente em diálogo com Bloomsbury, particularmente a sua tendência (notada por G. E. Moore, dentre outros) de seguir em direção a um racionalismo doutrinário, não uma simples recapitulação de ideais elitistas.20 Posturas em relação ao judaísmo, cristianismo e fascismo[editar | editar código-fonte] Woolf foi chamada por alguns de antissemita, apesar de ter tido um casamento feliz com um judeu. Este antissemitismo vem do fato de ela muitas vezes escrever sobre personagens judeus sob arquétipos e generalizações estereotipados, o que inclui descrever alguns de seus personagens judeus como fisicamente repulsivos e sujos21 . O esmagador e crescente antissemitismo dos anos de 1920 e 1930 possivelmente influenciaram Virginia Woolf. Ela escreveu em seu diário: “Não gosto da voz judaica; não gosto da risada judaica”. Em uma carta de 1930 à compositora Ethel Smyth, citada na biografia Virginia Woolf de Nigel Nicolson, ela relembra que o seu ódio pelo judaísmo de Leonard confirmou as suas tendências esnobes, “Como eu odiei casar um judeu – Quão esnobe fui eu, já que são eles quem têm a grande vitalidade”22 . Em outra carta a Smyth, Woolf faz uma mordaz crítica ao cristianismo, citando-o como um “egoísmo hipócrita” e declarando que “meu judeu tem mais religião em uma unha do pé – mais amor humano, em um cabelo”23 . Woolf e seu marido Leonard odiaram e temeram o fascismo dos anos de 1930 com o seu antissemitismo mesmo antes de saber que estavam na lista negra de Hitler. O seu livro Três Guinéus, de 1938, era uma denúncia ao fascismo.24 Morte[editar | editar código-fonte] Busto de Virginia Woolf em Tavistock Square, Londres. No ano de 1941, com o estopim da Segunda Guerra Mundial, a destruição da sua casa em Londres durante o Blitz e a fria recepção da crítica à sua biografia do seu amigo Roger Fry, Virginia Woolf foi condicionada ao impedimento da sua escrita e caiu em uma depressão semelhante às que sofreu durante a juventude. Em 28 de março de 1941, Woolf colocou seu casaco, encheu os seus bolsos com pedras, caminhou em direção ao Rio Ouse, perto de sua casa, e se afogou. Seu corpo foi encontrado somente três semanas mais tarde, em 18 de abril de 1941, por um grupo de crianças25 perto da ponte de Southease. Em seu último bilhete para o marido, Leonard Woolf, Virginia escreveu: Querido, Tenho certeza de que enlouquecerei novamente. Sinto que não podemos passar por outro daqueles tempos terríveis. E, desta vez, não vou me recuperar. Começo a escutar vozes e não consigo me concentrar. Por isso estou fazendo o que me parece ser a melhor coisa a fazer. Você tem me dado a maior felicidade possível. Você tem sido, em todos os aspectos, tudo o que alguém poderia ser. Não acho que duas pessoas poderiam ter sido mais felizes, até a chegada dessa terrível doença. Não consigo mais lutar. Sei que estou estragando a sua vida, que sem mim você poderia trabalhar. E você vai, eu sei. Veja que nem sequer consigo escrever isso apropriadamente. Não consigo ler. O que quero dizer é que devo toda a felicidade da minha vida a você. Você tem sido inteiramente paciente comigo e incrivelmente bom. Quero dizer que – todo mundo sabe disso. Se alguém pudesse me salvar teria sido você. Tudo se foi para mim, menos a certeza da sua bondade. Não posso continuar a estragar a sua vida. Não creio que duas pessoas poderiam ter sido mais felizes do que nós. V. Está sepultada em Non-Cemetery, Sussex na Inglaterra.26 Legado: Apesar de ao menos uma biografia de Virginia Woolf ter aparecido ainda em sua vida, o primeiro estudo criterioso de sua vida foi publicado em 1972 pelo seu sobrinho Quentin Bell. A biografia Virginia Woolf, de Hermione Lee, de 1966, fornece um exame detalhado e criterioso da vida e do trabalho de Woolf. Em 2001 Louise DeSalvo e Mitchell A. Leaska editaram The Letters of Vita Sackville-West and Virginia Woolf. O livro Virginia Woolf: An Inner Life, publicado em 2005 por Julia Briggs, é o exame mais recente da vida de Woolf, focando na sua escrita e incluindo seus romances e comentários sobre o processo criativo e os reflexos na sua vida. O livro My Madness Saved Me: The Madness and Marriage of Virginia Woolf, de Thomas Szasz, foi publicado em 2006. Feminismo Selo da Romênia de 2007 em homenagem a Virginia. Recentemente, estudo sobre Virginia Woolf focam nos temas feministas e lésbicos do seu trabalho, como na coleção de ensaios críticos de 1997 Virginia Woolf: Lesbian Readings, editada por Eileen Barrett e Patricia Cramer. Os livros de ensaios mais famosos de Woolf, Um Quarto Todo Seu (1929) e Três Guinéus (1938), examinam a dificuldade que escritoras e intelectuais mulheres enfrentam graças ao fato dos homens deterem desproporcionalmente o poder legal e econômico, assim como o futuro das mulheres na educação e sociedade. Em O Segundo Sexo (1949), Simone de Beauvoir a coloca, entre todas as mulheres que já viveram, entre as três únicas escritoras – Emily Brontë, Woolf e “às vezes” Katherine Mansfield – que já exploraram “o dado”. Psiquiatria Muitas discussões foram travadas em torno dos problemas psiquiátricos de Woolf, descrito como “doença maníaco-depressiva” no livro The Flight of the Mind: Virginia Woolf’s Art and Manic-Depressive Illness, de Thomas Caramagno, de 1992, em que ele também alerta contra o “gênio neurótico” com que se vê problemas psiquiátricos, onde as pessoas acreditam que a criatividade de alguma forma nasce desses problemas (o termo “maníaco-depressivo” foi abandonado por “transtorno bipolar” devido à infundada associação daquele a atos violentos). Em dois livros de Stephen Trombley, Woolf é descrita como tendo uma relação conflituosa com os seus médicos, e possivelmente sendo uma mulher que foi uma “vitima da medicina masculina”, referindo-se à ignorância de então sobre doenças psiquiátricas. O livro Who’s Afraid of Leonard Woolf: A Case for the Sanity of Virginia Woolf, de Irene Coates, argumenta que o tratamento que Leonard Woolf deu para sua esposa piorou a sua saúde debilitada e acabou por ser o responsável pela sua morte. Apesar de se sustentar em muitas pesquisas e fontes, este ponto de vista não é apoiado pela família de Leonard. O livro Leonard Woolf: A Biography, de Victoria Glendinning, sustenta, na contramão, que Leonard Woolf foi não só um suporte para sua esposa como também permitiu que ela vivesse tão longe quanto viveu fornecendo-lhe a vida e atmosfera que ela requeria para viver e escrever. Os próprios diários de Virginia apoiam essa visão sobre o casamento dos Woo . Causando muita controvérsia, Louise A. DeSalvo interpreta, no seu livro de 1989 Virginia Woolf: The Impact of Childhood Sexual Abuse on her Life and Work, a maior parte da vida e da carreira de Woolf sob as lentes do abuso sexual incestuoso que Woolf sofreu quando jovem. A ficção de Woolf também é estudada pela sua sensibilidade em assuntos como neurose de guerra, guerra, classes e a sociedade britânica moderna. Bibliografia Romances A Viagem28 (1915) Noite e Dia29 (1919) O Quarto de Jacob30 (1922) Mrs. Dalloway31 (1925) Ao Farol32 (1927) Orlando33 (1928) As Ondas34 (1931) Os Anos35 (1937) Entre os Atos36 (1941) Coleções de contos[editar | editar código-fonte] Kew Gardens (1919) Monday or Tuesday (1921) A Haunted House and Other Short Stories (1944) Mrs. Dalloway's Party (1973) The Complete Shorter Fiction (1985) A Casa de Carlyle e Outros Esboços37 (2003) Biografias[editar | editar código-fonte] Virginia Woolf publicou três livros cujos subtítulos são "Uma Biografia", apesar dos dois primeiros serem ficcionais. Orlando: Uma Biografia (1928, normalmente considerado um romance) Flush: Uma Biografia38 (1933, ligando ficção e biografia através do fluxo de consciência e da história da dona do cachorro, a poetisa Elizabeth Barrett Browning) Roger Fry: A Biography (1940, contando a história de Roger Fry, crítico e amigo então recém-falecido de Virginia) Ensaios[editar | editar código-fonte] Modern Fiction (1919) O Leitor Comum39 (1925) Um Teto Todo Seu40 (1929) On Being Ill (1930) The London Scene (1931) The Common Reader: Second Series (1932) Três Guinéus41 (1938) The Death of the Moth and Other Essays (1942) The Moment and Other Essays (1947) The Captain's Death Bed and Other Essays (1950) Granite and Rainbow (1958) Books and Portraits (1978) Women and Writing (1979) Collected Essays (em quatro volumes) Teatro[editar | editar código-fonte] Freshwater: A Comedy (performado em 1923, revisado em 1935 e publicado em 1976) Traduções[editar | editar código-fonte] Stavrogin's Confession & the Plan of 'The Life of a Great Sinner', dos rascunhos de Fiódor Dostoiévski, traduzido em parceria com S. S. Koteliansky (1922) Diários[editar | editar código-fonte] A Writer's Diary (1953 - trechos do diário integral) Momentos de Vida42 (1976) A Moment's Liberty: the shorter diary (1990) Os Diários de Virginia Woolf43 (em cinco volumes, com diários de 1915 a 1941) Passionate Apprentice: The Early Journals, 1897-1909 (1990) Travels With Virginia Woolf (1933 - diário grego de Virginia Woolf, editado por Jan Morris) The Platform of Time: Memoirs of Family and Friends, Expanded Edition (2008 - editado por S. P. Rosenbaum) Cartas[editar | editar código-fonte] Congenial Spirits: The Selected Letters (1993) The Letters of Virginia Woolf, 1888-1941 (1993) Paper Darts: The Illustrated Letters of Virginia Woolf (1991). Fonte de origem: https://pt.wikipedia.org/wiki/Virginia_Woolf
Embora seja ofuscada pela Kapellbrücke, essa ponte definitivamente também vale muito a pena ser visitada no passeio pelo centro histórico de Lucerna. O nome vem do alemão spreu, que significa joio.…
artes visuais | Escultora fundamental no movimento surrealista, Maria Martins nasceu no Brasil mas passou a maior parte de sua carreira entre os EUA e a França, cumprindo o duplo papel de artista e embaixatriz. A escultora, que assinava apenas Maria, incorporou em suas obras a mitologia amazônica e a estética das religiões afro-brasileiras. A transformação de diferentes formas na metamorfose de figuras híbridas aparece frequentemente em suas esculturas.
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#7 Edição | Raramente o nome de um artista esteve tão ligado a uma única façanha como no caso de Lucio Fontana. Em 1949, montou um quadrado, uma folha de papel branco de um metro por um metro, sobre uma tela. Em vez de desenhar ou pintar sobre esta, Fontana perfurou a folha pela parte de trás com vários buracos concentrados ao centro e estendendo-se pela folha em padrões circulares e espirais irregulares.
SONETO Eu passava na vida errante e vago Como o nauta perdido em noite escura, Mas tu te ergueste peregrina e pura Como o cisne inspirado em manso lago. Beijava a onda num soluço mago Das moles plumas a brilhante alvura, E a voz ungida de eternal doçura Roçava as nuvens em divino afago. Vi-te; e nas chamas de fervor profundo A teus pés afoguei a mocidade Esquecido de mim, de Deus, do mundo! Mas ai! cedo fugiste!... da soidade, Hoje te imploro desse amor tão fundo Uma idéia, uma queixa, uma saudade!
Bernardo Santareno, pseudónimo literário de António Martinho do Rosário (Santarém, 19 de Novembro de 1920 — Oeiras, 29 de Agosto de 1980) foi um dramaturgo português do século XX. António Martinho do Rosário nasceu a 19 de Novembro de 1920, em Santarém, no Ribatejo, filho de Maria Ventura Lavareda, católica devota, e de Joaquim Martinho do Rosário, republicano, anti-clerical e opositor do Estado Novo, oriundos do Espinheiro. Estudou no Liceu Nacional de Sá da Bandeira até 1939, em Santarém, após o que frequentou os cursos preparatórios para a Faculdade de Medicina, na Universidade de Lisboa. Junta-se à Juventude Comunista Portuguesa em 1941, sendo que, a partir desta data, sempre militará no Partido Comunista Português[1]. Em 1945 transferiu-se para a Universidade de Coimbra, onde se licenciou em medicina em 1950. Viria a especializar-se em Psiquiatria.[2] Em 1957 e 1958, a bordo dos navios David Melgueiro, Senhora do Mar e do navio-hospital Gil Eanes, acompanhou as campanhas de pesca do bacalhau como médico. A sua experiência no mar serviria de inspiração a muitas das suas obras, como O Lugre, A Promessa e o volume de narrativas Nos Mares do Fim do Mundo. Bernardo Santareno foi distinguido por duas vezes com o Prémios Bordalo. Primeiro, foi-lhe atribuído o Óscar da Imprensa 1962, na categoria Teatro, juntamente com os actores Laura Alves e Rogério Paulo e o Teatro Moderno de Lisboa, entregue pela Casa da Imprensa em 1963. No ano seguinte, ser-lhe-ia novamente atribuído na mesma categoria o Prémio Imprensa 1963, agora acompanhado dos actores Eunice Muñoz e Jacinto Ramos, do autor Luís de Sttau Monteiro e da Companhia do Teatro Moderno de Lisboa.[3] Intelectual de esquerda, teve várias vezes problemas com o regime salazarista, tendo a sua peça A Promessa sido retirada de cena após a estreia por pressão da Igreja Católica.[2] Depois da revolução de 1974 milita activamente no partido MDP/CDE e no Movimento Unitário dos Trabalhadores Intelectuais.[2] Bernardo Santareno faleceu em Carnaxide, Oeiras, em 1980, com 59 anos de idade, e está sepultado no Cemitério dos Prazeres, em Lisboa.[2] Em 1981, Bernardo Santareno foi feito Grande Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada em 13 de Julho. [4] Santareno deixou inédito um dos seus mais vigorosos dramas, O Punho, cuja acção se localiza no quadro revolucionário da Reforma Agrária, em terras alentejanas. A sua obra dramática completa está publicada em quatro volumes. Parte do espólio de Bernardo Santareno encontra-se no Arquivo de Cultura Portuguesa Contemporânea da Biblioteca Nacional de Portugal. O seu livro O Lugre será transformado num filme intitulado Terra Nova, cuja estreia em Portugal está agendada para Março de 2020.[5] Obra Poesia Médico de profissão, formado pela Universidade de Coimbra, revelou-se como autor de teatro apenas depois de publicar três livros de poesia (1954 - Morte na Raiz, 1955 - Romances do Mar, 1957 - Os Olhos da Víbora), onde se enunciam alguns temas e motivos dominantes da sua obra dramática. Teatro Reconhecido como o mais pujante dramaturgo português do século XX, a sua obra reparte-se por dois ciclos, menos distanciados um do outro do que a evolução estética e ideológica do autor terá feito supôr, já que as peças compreendidas em qualquer deles respondem à mesma questão essencial: a reivindicação feroz do direito à diferença e do respeito pela liberdade e a dignidade do homem face a todas as formas de opressão, a luta contra todo o tipo de discriminação, política, racial, económica, sexual ou outra. Esta temática exprime-se, nas peças integrantes do primeiro ciclo (A Promessa, O Bailarino e A Excomungada, publicadas conjuntamente em 1957; O Lugre e O Crime de Aldeia Velha, 1959; António Marinheiro ou o Édipo de Alfama, 1960; Os Anjos e o Sangue, O Duelo e O Pecado de João Agonia, 1961; Anunciação, 1962), através de um naturalismo poético apoiado numa linguagem extremamente plástica e coloquial e estruturado sobre uma acção de ritmo ofegante que atinge, nas cenas finais, um clima de trágico paroxismo. A partir de 1966, com a "narrativa dramática" O Judeu, que retrata o calvário do dramaturgo setecentista António José da Silva, queimado pelo Santo Ofício, o autor plasma as suas criações no molde do teatro épico de matriz brechteana, adaptando-o ao seu estilo próprio, e assume uma posição de crescente intervencionismo que irá retardar até à queda do regime fascista a representação dessa e das suas peças seguintes: O Inferno, baseada na história dos "amantes diabólicos de Chester" (1967), A Traição do Padre Martinho (1969) e Português, Escritor, 45 Anos de Idade (1974), drama carregado de notações autobiográficas e que seria o primeiro original português a estrear-se depois de restaurada a ordem democrática no país. Em 1979, depois de uma curta incursão no teatro de revista, colaborando com César de Oliveira, Rogério Bracinha e Ary dos Santos na autoria do texto da peça de Sérgio de Azevedo, P'ra Trás Mija a Burra (1975), publica quatro peças em um acto sob o título genérico Os Marginais e a Revolução (Restos, A Confissão, Monsanto e Vida Breve em Três Fotografias), em que combina elementos das duas fases da sua obra, inserindo a problemática sexual das primeiras peças no âmbito mais vasto de um convulsivo processo social que é a própria substância das segundas. Santareno, ele próprio um "homossexual discreto"[6] aborda a temática da homossexualidade em muitas das suas peças, de modo melodramático, antevendo a importância que esta questão — e outras relacionadas com os direitos e as liberdades individuais face aos preconceitos morais e sociais da época, como o adultério, a virgindade, o papel da mulher no casamento, a moral religiosa, e outros — viriam a ter num futuro mais ou menos próximo.[7] A homossexualidade desempenha papel central no drama de algumas das suas obras, como em O Pecado de João Agonia. O "pecado" é a angustiada sexualidade diferente de João (que ele parece atribuir a um abuso sexual que sofreu na infância), abominada e punida com a morte, ditada pelo machismo empedernido dos homens da família,[8] ou em Vida Breve em Três Fotografias, em que a perversidade de um arrebenta, chantagista e psicopata, é o ponto focal. O seu último texto teatral, O Punho, publicado postumamente em 1987, é levado pela primeira vez à cena em 2020 pela companhia Escola de Mulheres por iniciativa de Fernanda Lapa no Clube Estefânia[9].... fonte de origem: https://pt.wikipedia.org/wiki/Bernardo_Santareno
Martins Pena (Luís Carlos Martins Pena), teatrólogo, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 5 de novembro de 1815, e faleceu em Lisboa, Portugal, em 7 de dezembro de 1848. É o patrono da cadeira n. 29, por escolha do fundador Artur Azevedo. Era filho de João Martins Pena e Francisca de Paula Julieta Pena. Órfão de pai com um ano de idade e de mãe aos dez, foi destinado pelos tutores à vida comercial. Completou o curso do comércio em 1835. Cedendo à vocação, passou a frequentar a Academia de Belas Artes, onde estudou Arquitetura, Estatuária, Desenho e Música; simultaneamente estudava línguas, História, Literatura e Teatro. Em 1838, entrou para o Ministério dos Negócios Estrangeiros, onde exerceu cargos, até chegar ao posto de adido à Legação do Brasil em Londres. Doente de tuberculose, e fugindo ao frio de Londres, veio a falecer em Lisboa, em trânsito para o Brasil. De 1846 a 1847, fez crítica teatral como folhetinista do Jornal do Comércio. Seus textos foram reunidos em Folhetins, A semana lírica. Mas foi como teatrólogo a sua maior contribuição à literatura brasileira, em cuja história figura como o fundador da comédia de costumes. Desde O juiz de paz da roça, comédia em um ato, representada pela primeira vez, em 4 de outubro de 1838, no Teatro de São Pedro, até A barriga de meu tio, comédia burlesca em três atos, representada no mesmo teatro em 17 de dezembro de 1846, escreveu aproximadamente trinta peças, quase tantas obras quantos anos de idade, pois o autor tinha apenas 33 anos quando faleceu. O caráter geral de todas as suas peças é o da comédia de costumes. Dotado de singular veia cômica, escreveu comédias e farsas que encontraram, na metade do século XIX, um ambiente receptivo que favoreceu a sua popularidade. Suas peças envolvem sobretudo a gente da roça e do povo comum das cidades. Sua galeria de tipos, constituindo um retrato realista do Brasil na época, compreende: funcionários, meirinhos, juízes, malandros, matutos, estrangeiros, falsos cultos, profissionais da intriga social, em torno de casos de família, casamentos, heranças, dotes, dívidas, festas da roça e das cidades. Foi, assim, Martins Pena, quem imprimiu ao teatro brasileiro o cunho nacional, apontando os rumos e a tradição a serem explorados pelos teatrólogos que se seguiriam. A sua arte cênica ainda hoje é representada com êxito. fonte de origem: https://www.academia.org.br/academicos/martins-pena/biografia
NO PARQUE No frio do parque sentado no grass, Espero você ansioso. seus beijos apaixonados. Eu olho para cada rolê meu relógio muito lento, Parece que o tempo parando e sofrendo mais. O parque de ontem. onde nós conversamos nossas histórias, Nós forjamos um futuro. Luz tênue iluminação minhas ilusões quebradas, Você não vem, talvez você não venha. e eu quebrando minha ilusão. Minhas mãos transpiram. meu coração bate mais, Eu me levanto, eu me sinto, Estou muito nervoso. Eu me desconheço assim, tanto pode o amor? Tanto mudar de roupa assim? O amor é poderoso. É a força do ser, te torna bom, ou eu te levo ao cadalso, Lá você fica para sempre. Elias Franklin Leiva Castañeda Direitos reservados do Autor Peru
Junqueira Freire (Luís José Junqueira Freire), monge beneditino, sacerdote e poeta, nasceu em Salvador, BA, em 31 de dezembro de 1832, e faleceu na mesma cidade, em 24 de junho de 1855. É o patrono da cadeira nº 25, por escolha do fundador Franklin Dória. Era filho de José Vicente de Sá Freire e Felicidade Augusta Junqueira. Feitos os estudos primários e os de Latim, de maneira irregular por motivo de saúde, matriculou-se em 1849 no Liceu Provincial, onde foi excelente aluno, grande ledor e já poeta. Por motivos familiares, ingressou na Ordem dos Beneditinos em 1851, aos 19 anos, sem vocação, professando no ano seguinte com o nome de Frei Luís de Santa Escolástica Junqueira Freire. Na clausura do Mosteiro de São Bento de Salvador viveu amargurado, revoltado e arrependido por certo da decisão irrevogável que tomara. Mas ali pôde fazer suas leituras prediletas e escrever poesias, além de exercer atividade como professor. Em 1853 pediu a secularização, que lhe permitiria libertar-se da disciplina monástica, embora permanecendo sacerdote, por força dos votos perpétuos. Obtida a secularização no ano seguinte, recolheu-se à casa, onde redigiu a breve “Autobiografia”, em que manifesta um senso agudo de autoanálise. Ao mesmo tempo, cuidou da impressão de uma coletânea de versos, a que deu o nome de Inspirações do claustro, impressa na Bahia pouco antes de sua morte, aos 23 anos, motivada por moléstia cardíaca de que sofria desde a infância. A sua obra poética enquadra-se na terceira fase do Romantismo, dita de ultra-Romantismo. Na sua geração foi o mais ligado aos padrões do Neoclassicismo português, ele próprio sendo autor de um compêndio conservador, Elementos de retórica nacional, que explica a sua concepção de poesia como cadência medida e até certo ponto prosaica. A sua mensagem, como a dos românticos em geral, era complexa demais para caber na regularidade do sistema clássico. O drama que tencionava mostrar era o erro de vocação que o levou ao claustro, seguido da crise moral e do conflito interior que o levaram a abandoná-lo. Daí provieram os temas mais frequentes da sua poesia, misturados a preces e blasfêmias: o horror ao celibato; o desejo reprimido que o perturbava e aguçava o sentimento de pecado; a revolta contra a regra, contra o mundo e contra si próprio; o remorso e, como consequência natural, a obsessão da morte. O poeta clama na sua cela e traz desordenadamente este tumulto ao leitor. Sua poesia, ora do cunho religioso, ora social, tem lugar relevante no Romantismo brasileiro. Possuía também um sentimento nacional, além de uma tendência antimonárquica, liberal e social. fonte de origem: https://www.academia.org.br/academicos/junqueira-freire/biografia
Inglês de Sousa (Herculano Marcos Inglês de Sousa), advogado, professor, jornalista, contista e romancista, nasceu em Óbidos, PA, em 28 de dezembro de 1853, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 6 de setembro de 1918. Compareceu às sessões preparatórias da criação da Academia Brasileira de Letras, onde fundou a cadeira nº 28, que tem como patrono Manuel Antônio de Almeida. Na sessão de 28 de janeiro de 1897 foi nomeado tesoureiro da recém-criada Academia de Letras. Fez os primeiros estudos no Pará e no Maranhão. Diplomou-se em Direito pela Faculdade de São Paulo, em 1876. Nesse ano publicou dois romances, O cacaulista e História de um pescador, aos quais seguiram-se mais dois, todos publicados sob o pseudônimo Luís Dolzani. Com Antônio Carlos Ribeiro de Andrade e Silva publicou, em 1877, a Revista Nacional, de ciências, artes e letras. Foi presidente das províncias de Sergipe e Espírito Santo. Fixou-se no Rio de Janeiro, como advogado, banqueiro, jornalista e professor de Direito Comercial e Marítimo na Faculdade Livre de Ciências Jurídicas e Sociais. Foi presidente do Instituto dos Advogados Brasileiros. Foi o introdutor do Naturalismo no Brasil, mas seus primeiros romances não tiveram repercussão. Tornou-se conhecido com O missionário (1891), que, como toda sua obra, revela influência de Zola. Nesse romance, descreve com fidelidade a vida numa pequena cidade do Pará, revelando agudo espírito de observação, amor à natureza, fidelidade a cenas regionais. Escreveu diversas obras jurídicas e colaborou na imprensa de São Paulo e do Rio de Janeiro. fonte de origem: https://www.academia.org.br/academicos/ingles-de-sousa/biografia
A Usina de Arte é um parque incrível de Arte Moderna e botânica que fica entre Recife e Maceió e é uma excelente opção para mergulhar em arte entre praias
Fotografada próxima a Usina de Energia Nuculear Angra I, em Angra dos Reis, RJ.
Confira um roteiro em Paraty com os principais passeios para 3 dias: free tours pelo centro histórico, escuna, jeep e muito mais
"Y sin embargo la noche de la Usina es un secreto. Un secreto hecho de asuntos sabidos y confundidos a propósito, o por azar, o por las dos cosas." En un pueblo perdido de la provincia de Buenos Aires, muchas cosas están a punto de extinguirse. Durante la crisis económica de 2001 que desembocó en el corralito bancario, un grupo de vecinos se propone reunir el dinero necesario para llevar a cabo un proyecto que podría ser una salida de la decadencia y la pobreza. Pero en medio de la incautación general de los ahorros, sufren una estafa particular que los decide a recuperar lo perdido. En esta novela Eduardo Sacheri vuelve al territorio de Aráoz y la verdad para narrar la historia de esa merecida revancha de los perdedores, consumada en una noche legendaria y secreta que quedará en el recuerdo.
Para atender as possíveis necessidades futuras, em 1972 foi iniciada a construção de Angra I, mas só em 1985 a usina entrou em operação comercial. Em 1999 alcançou um fator de disponibilidade de 96% e uma geração bruta de 3.976.943 Mwh.
Imagem 9 de 11 da galeria de USINA 25 anos - COPROMO. Fotografia de USINA CTAH