Rua da Igreja (atual Av. do Conde), ainda sem o Cruzeiro, com a 3.ª e atual Igreja de São Mamede de Infesta ao fundo: cruzamento com a então EN 3 (Porto - Braga). À direita da igreja, o Cemitério e à esquerda, do outro lado da rua, veio a estar bem mais tarde a residência paroquial onde residiu o Padre Alberto Tomé dos Santos Rebelo até 1975, mentor da construção do Centro Paroquial que fica logo a seguir. A 1.ª igreja que existiu foi referida em 1021 como pertencendo a D. Unisco Mendez juntamente com a aldeia de Manualdi (originou, muito mais tarde, Moalde): em 1130, Vermudo Gonçalvez doou metade desta igreja com todos os seus passais e testamentos, metade da aldeia de Manualdi e um quinto da 4.ª parte da aldeia de Thresores ao Bispo do Porto, D. Hugo; em 1131, D. Chamoa Paes e seu martido Vasco Diaz venderam ao mesmo bispo outro quinto da 4.ª parte da aldeia de Sam Mamede de Thresores, metade da igreja de Sam Mamede de Thresores e a 8.ª parte do que lhes tinha sido doado por Gozendo Gonçalvez e D. Ermesenda; nas Inquirições Afonsinas de 1258, na Paróquia de Sam Mamede havia a aldeia de Sam Mamede com 9 casais (tipo quintas / casas de lavoura) e a aldeia de Manualdi com 7 casais; em 1320, foi referida ainda como a paróquia de Sam Mamede de Thresores; em 1566, no Livro do Tombo da Baliagem de Leça à qual pertenceram as freguesias de Sam Mamede, Sam Thyago de Costoyas e Santa Maria de Lessa durante vários séculos até 30/05/1834 (extinção do Couto de Leça por Decreto de D. Pedro I e do seu ministro Joaquim Antonio de Aguiar), foi descrita a localização da igreja no lugar da Aldeia da Igreja da freguesia de Sam Mamede de Moalde e foram referidos os 11 lugares desta paróquia / freguesia na altura (Aldeia de Baixo, Ermida Outeyro, Carril Branco, Laranjeyra, Aldeia da Igreja, Casal das Devezas, Eirado, Moalde, Casal do Meio e Casal da Poupa); em 1643, já havia na então Sam Mamede da Ermida 18 lugares tendo entretanto desaparecido o de Casal do Meio, tendo o de Aldeia de Baixo passado a se chamar Casal de Baixo e o de Casal das Devezas passado a se chamar Deveza, e tendo surgido entretanto os lugares de Corujeira, Telheiro, Tronco, Asprela, Arroteia, Alagoa, Cidreira e Cavada; na Visitação efetuada a 23/04/1662 pelo Bispo do Porto, foi escrito o seguinte: 'que faça de novo a porta principal que cae e reboque a Igreja e fação o Caminho e passadouro da Laranjeira com sua escada de pedra bem comprido'; na Visitação de 1686, foi dito pelo Bispo do Porto D. João de Souza: 'os fregueses farão o acrescentamento em termo de dois anos pois me constou que por razão de serem muitos, não cabem na igreja'. Foram seus Párocos: 1643 - 1662, Francisco da Costa; 1662 - 1665, Domingos Rodrigues; 1665 - 1666, Manuel Luiz Barbalho; 1666 - 1674, Cerqueira Lopes; 1674 - 1675, Gonçalo Ferreira; 1675 - 1676, Francisco da Mota; 1676- 1710, Bernardo Carneiro de Azevedo; 1710 -1711, Francisco Cardoso; 1711 - 1725, Antonio dos Santos; 1725 - 1735, José Ferreira da Fonseca. Em virtude da pequena dimensão desta igreja, foi mandado construir uma nova igreja no monte de N.ª S.ª da Conceição, pelos Bailios de Leça, sendo consagrada a 22/01/1735 e o adro, só a 15/021737, passando a chamar-se Igreja Nova de Sam Mamede: a antiga igreja foi ficando em ruínas, e pensa-se que a capela de S. Cristóvão, na Quinta do Dourado, poderá estar associada (pelo menos no mesmo local) à velha igreja. Foram seus Párocos: 1735 - 1742, José Pereira da Fonseca; 1742 - Basilio Nogueira Couto (Encomendado); 1742 - 1743, João José Osorio Tameìrão; 1743 - 1786, António Dias Ribeiro e Manuel da Silva Barros (este, Coadjutor de 1743 a 1750); 1786 - 1811, Christovão Antonio de Oliveira Magalhães (Vitória, Porto, 06/1748 - Cedofeita, Porto, 22/09/1811) era filho de Francisco Fernandes de Oliveira e de Marianna Angelica dos Serafins, foi batizado a 24/06/1748, foi alvo de um processo de inquisição pelo Tribunal do Santo Ofício iniciado a 04/11/1800 e cuja sentença foi pronunciada a 06/02/1801 (o réu, de 57 anos, apresentou-se voluntariamente e, ouvido, foi-lhe dada licença para ir para a sua terra a 07/11/1800 tendo sido, mais tarde, reconciliado e, a 06/02/1801, foram-lhe passados termos de segredo e de penitência) e faleceu na casa de sua irmã e cunhado depois de ter feito testamento cujo testamenteiro foi o seu sobrinho Fernando Antonio de Sousa Pimentel (bacharel em Cânones pela Universidade de Coimbra depois de um grande infortúnio de amor com Maria Felicia Xavier Andrade de Oliveira, vindo a ser Abade da paróquia de Santa Maria de Silva Escura na Maia desde 26/10/1823 e por cerca de 30 anos, teve como madrinha a sua avó materna Marianna Angelica dos Serafins e foi avô paterno do escritor portuense Alberto Pimentel); 1811 - 1817, Joaquim Manoel Lopes Pereira Negrão; 1817 - 1830, Manoel de Paiva (de 1817 a pelo menos 1821, Encomendado) 1830 - 1833, Antonio Manoel; 1833 - 1843, Manoel Paulo da Silva (Coadjutor); 1843 - 1864, Manoel da Silva. À Igreja Nova, sucedeu a 3.ª e atual Igreja Paroquial de S. Mamede de Infesta, A QUE SE VÊ NAS FOTOS, que foi mandada construir em 1864 no mesmo local da anterior (a 2.ª) pelo grande benemérito local Rodrigo Pereira Felicio (Carril Branco, S. Mamede de Infesta, 22/01/1820 - Rio de Janeiro, 26/07/1872), o qual era emigrante no Império do Brasil pelo menos desde 1849 (ano em que casou no Rio de Janeiro, a 29/07/1849, com a brasileira Joana Maria Ferreira da Silveira), sendo em 1864 negociante e proprietário e tendo sido um dos 5 indivíduos que assinaram no Palácio do Rio de Janeiro, a 06/04/1866, os Estatutos do Banco Commercial do Rio de Janeiro: Rodrigo Pereira Felicio doou cerca de 12 contos de reis para a construção.da nova igreja de S. Mamede de Infesta, construção essa que decorreu entre 27/08/1864 (lançamento da 1.ª pedra) e 07/09/1866 (dia da inauguração, uma sexta-feira); neste período da sua construção, funcionou como Igreja Matriz a Capela da Ermida (dedicada a N.ª S.ª da Conceição e muito antiga, deu o anterior nome de Sam Mamede da Ermida no séc. XVII à atual S. Mamede de Infesta, foi restaurada em 1804 e foi construída nela uma torre no inicio do séc. XX); episódio peculiar, durante a inauguração da 3.ª igreja a 07/09/1866, quando estava tudo preparado e o Bispo do Porto, o povo e as autoridades locais estavam à espera de Rodrigo Pereira Felicio que tinha vindo propositadamente do Império do Brasil para estar presente na inauguração, foi o seu abandono sem qualquer justificação aos presentes (deu meia volta e retornou ao Brasil, sem mais palavras) quando a sua carruagem chegou ao Cruzeiro (atual cruzamento da atual R Godinho de Faria com a atual Av. do Conde) e ele viu a 'sua' igreja só com uma torre (é que, aquando da doação dos 12 contos de reis, ele teria dito que queria uma igreja com 2 torres como a do Senhor de Matosinhos; mas o arquiteto portuense Pedro d' Oliveira construiu a igreja à imagem da Igreja da Trindade, apenas com uma torre). Foram seus Párocos: 1866 - 1875, Maroel da Sìlva; 1875 - 1877, Manoel Carlos da Silva; 1877 - 1910, Luis Antonio Farinhote (iniciou a procissão do Senhor dos Passos, em 1896, era natural de Foz Côa e tio do Dr. Jose Felix Farinhote e dos seus 6 irmãos, 2 dos quais, o Antonio e o Francisco, foram padres tendo ambos abandonado a vida sacerdotal e casado com as respetivas criadas) que requereu a sua aposentação ordinária ao Ministério da Justiça tendo-lhe esta, de 350$00 anuais, sido concedida pelo Ministério das Finanças a 23/07/1913 e publicada no n.º 173 do Diário do Governo de 26/07/1913; 1910 - 1916, Igreja interdita pelo Bispo do Porto, D. António Barroso, porque o Padre Luis Antonio Farinhote era republicano e, assim, andou fugido das autoridades eclesiásticas durante 6 anos tendo levado consigo os livros de registo paroquial; 1916 - 1926, Joaquim Francisco da Silva Costa (Encomendado, faleceu a 04/04/1927 tendo o seu testamento sido aberto no mesmo dia no Bairro Ocidental do Porto); 1926 - 1935, José de Pinho; 1935 - 1945, Manuel Gomes de Castro; 1945 - 1975, Alberto Tomé dos Santos Rebelo; 1975 - António Ângelo Alves de Sousa (nascido a 17/01/1937, foi ordenado padre a 16/10/1960). Se a Av. do Conde (até 1989, R. da Igreja) deve o seu nome atual precisamente a Rodrigo Pereira Felicio que foi o único Visconde de S. Mamede antes de ter sido o 1.º Conde de S. Mamede (títulos outorgados pelo Rei D. Luiz I, além de outros), a R. Godinho de Faria (troço da antiga EN 3 Porto - Braga) deve o seu atual nome ao médico Francisco Fernando Godinho de Faria que, embora natural de Tomar, viveu desde 1886 nesta rua em S. Mamede de Infesta (depois de se ter licenciado em Medicina em julho de 1879, pela Escola Médico-Cirúrgica do Porto, com um trabalho sobre as propriedades curativas do vinho - 'Vinhos Portuguezes considerados hygienica e therapeuticamente' que pode ser vista em pt.scribd.com/doc/24503027/Godinho-de-Faria) onde exerceu a sua profissão e onde faleceu a 27/09/1919 depois de ter sido o último Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos durante a Monarquia (até outubro de 1910, quando passou a ser presidente da câmara o Dr. Afonso Cordeiro).
Title: Um Outro Olhar Author/Editor: Faria Luiz De Castro Publisher: Ouro Sobre Azul Date: 1905 Format: Hardcover Condition: Very Good Condition Description: Minor shelf and handling wear, overall a clean solid copy with minimal signs of use. Secure packaging for safe delivery.
Rock (Caio Castro) corre para consolar o pai e impedir que ele bata em Cornélia Agência O Globo Em “A dona do pedaço”, Cornélia (Betty Faria...
A Castro Leal Leilões faz um grande leilão residencial com o acervo de Martha Berro de Faria e Adhemar Gabizo de Faria entre os dias 30 de julho e 2 de agosto de 2018 às 19:00h (segunda à quinta). Ao todo são 858 lotes variados, com belíssimas pratarias, arte sacra, joias, relógios, quadros e móveis. Separamos [...]
Artista: Marina Weffort Título: Espelho Técnica: Tecido e alfinetes Dimensões: 182 x 112 x 9 cm Ano: 2015 Crédito da imagem: Everton Ballardin © Galeria Marilia Razuk
Presents novel ways for helping HCI designers communicate why they want to promote users contact with cultural diversity, presenting five cultural viewpoint metaphors supporting reasoning and decision-making in dimensions of intercultural experience.