Introdução A exploração de caprinos e ovinos é uma atividade que tem despertado interesse de produtores, tendo em vista o aumento da demanda, principalmente pela carne ovina e o leite caprino. Ressalte-se que o uso desses produtos pecuários por toda a população expande-se desde o acesso em grandes restaurantes e redes de supermercados, geralmente associados a criadores mais tecnificados, até consumidores de menor poder aquisitivo e condições de criação com menor grau de tecnificação. O estudo de mercado ainda é deficitário para a maioria dos criatórios de ovinos e caprinos leiteiros. Além disso, a falta de um manejo nutricional adequado, a reduzida disponibilidade de alimentos em determinados períodos do ano, geralmente resultando em dietas com inadequado valor nutritivo, têm sido convertidos em prejuízos à quantidade e à qualidade dos produtos fornecidos ao consumidor. Diante desse cenário, é preciso desenvolver técnicas que propiciem a melhoria dos índices produtivos e otimizem o uso de recursos alimentares disponíveis, especialmente associando-o ao conhecimento sobre o valor nutritivo de alimentos alternativos e tradicionais e os dados mais recentes sobre as exigências nutricionais de pequenos ruminantes distribuídos em categorias produtivas. Por fim, a difusão técnica dessas informações propiciará melhores ajustes dietéticos e melhores estratégias de suplementação alimentar, visando o aumento da eficiência produtiva e econômica. Na presente revisão, pretende-se dar ênfase às medidas de manejo nutricional específicas à criação de ovinos e caprinos, conforme as categorias produtivas em recomendações para ambas as espécies, no tocante ao que é comum entre elas, independentemente da aptidão produtiva. Pré-Monta Dietas com maior teor nutritivo, notadamente em energia, são oferecidas às fêmeas ao longo de duas a três semanas que antecedem a estação de monta e nas duas semanas posteriores. Esse manejo é conhecido por flushing. Como vantagens, podem ser destacadas: alta apresentação de cios no momento da cobertura, aumento da taxa ovulatória, maior concepção e sobrevivência embrionária e maiores taxas de fertilidade e prolificidade. Muitos produtores utilizam essa técnica para corrigir a condição nutricional dos animais antes de entrar na estação de monta. Fêmeas com escore de condição corporal (ECC) adequado (3,0 e 4,0) dispensam tal manejo, uma vez que trabalhos relatam que a superalimentação durante a fase inicial da gestação pode causar efeitos negativos sobre a viabilidade embrionária (Robinson, 1982). Estação de monta Fazendo-se o fornecimento alimentar adequado no período pré-monta, geralmente se atinge o desejável durante a estação de monta, que são as maiores taxas de fertilidade e fecundidade. De acordo com Fraser e Stump (1989) apud Rogério et al. (2011), é desejável que na fase reprodutiva os animais estejam com ECC entre 3 e 4. Caso as fêmeas não tenham atingido a condição corporal entre 3 e 4 após a dieta de flushingpré-monta, é recomendável observar aspectos de sanidade, divisão adequada de lotes quanto ao tamanho, peso e idade e se realmente os alimentos ofertados apresentavam a qualidade nutritiva no momento da oferta, conforme foi estabelecida na formulação. Nesse caso, é recomendável que continuem recebendo o flushing, após corrigida alguma possível falha no manejo, a fim de que entrem na estação de monta apenas quando o escore estiver entre 3 e 4. Assim, os escores derverão ser acompanhados em cada fase produtiva: durante o início e meio da gestação, o ECC deve estar entre 2,5 e 4; no terço final da gestação, deve estar entre 3,0 a 3,5; e 3,5 a 4,0 para gestantes com 1 e 2 fetos, respectivamente. Após o parto e no início da lactação, o ECC deve ser de no mínimo 2,0. É importante ressaltar que fêmeas em início de gestação não devem perder mais do que 7% do seu peso, pois conforme esses autores, essa redução acarreta mudanças de 0,5 na condição corporal dos animais. Na Figura 1, é possível observar o escore de condição corporal em função da fase do ciclo produtivo. Figura 1. Escore de condição corporal (ECC) em função da fase do ciclo reprodutivo-produtivo. Fonte: Cesar e Souza (2006). Gestação Na fase inicial da gestação, as exigências nutricionais das ovelhas devem ser calculadas para exceder ligeiramente a mantença (ALBUQUERQUE et al., 2005; SUSIN, 1996). Geralmente, a utilização de uma dieta à base de forrageiras de boa qualidade é suficiente para atender as exigências nesse período (ALBUQUERQUE et al., 2005). Nesta fase, o crescimento fetal equivale a 10-15% do peso do cordeiro (BELL et al., 1995). Devido a esse fato, maior atenção deve ser dada às fêmeas no terço final de gestação (Figura 2). Figura 2. Desenvolvimento fetal em pequenos ruminantes ao longo da gestação. Fonte: Sahlu e Goetsch (1998) Nas últimas semanas de gestação, as ovelhas exigem maior aporte de nutrientes em menor volume de alimentos por conta da redução do espaço abdominal para o rúmen. Ajustes na dieta devem ser realizados, especialmente com a inclusão de alimentos de maior densidade energética (ROGÉRIO et al., 2011). Como há diferenças nas exigências de ovelhas de primeira gestação com aquelas mais velhas (3-6 anos), assim como a prolificidade (número de crias/parto), torna-se necessário adotar um programa alimentar diferenciado para cada lote (ALBUQUERQUE et al., 2005). Segundo esses autores, essa estratégia deve persistir após o parto, visando melhores condições de recuperação devido à gestação e objetivando o início da lactação. O incremento dos teores energético-proteicos das dietas, pelo uso de alimentos concentrados, funciona como estimulante de consumo, além de promover o desenvolvimento das papilas ruminais, necessárias à melhor absorção de nutrientes para o feto, uma vez que o seu desenvolvimento é afetado pelo plano nutricional da fêmea durante a gestação (MELLOR, 1987). Na Tabela 1, podemos observar as exigências nutricionais das fêmeas durante a gestação. O metabolismo fetal tem prioridades nutricionais, e o peso da cria ao nascer é proporcional ao plano de nutrição da matriz. Animais mal nutridos durante a gestação apresentam maior tempo de recuperação pós-parto, maiores intervalos entre partos, menor número de partos duplos, entre outros problemas (MACEDO JUNIOR et al., 2006). Situações em que fêmeas ao final da gestação sofreram restrição severa e abrupta apresentaram decréscimo da taxa de crescimento fetal em até 40% (MELLOR, 1987). Se a restrição prosseguir por mais de duas semanas nesta fase, as perdas podem ser ainda maiores. O manejo de ovelhas e cabras em terço final de gestação implica na compreensão de que esses animais apresentam exigências elevadas, já que 70% do crescimento fetal ocorre nesse período. Recomenda-se melhorar o plano nutricional, com utilização de forrageiras de boa qualidade e concentrado. Pimenta Filho et al. (2007) avaliaram o desenvolvimento de cordeiros Morada Nova a partir do fornecimento às mães de diferentes níveis de energia metabolizável dietéticos (2,2; 2,8 e 3,4 Mcal/dia) no terço final de gestação. De acordo com o estudo, o efeito “nível energético dietético” não influenciou o peso dos cordeiros ao nascimento e até às quatro primeiras semanas de vida, nem a composição do colostro das matrizes (P>0,05), mas os autores ressaltaram um possível direcionamento dos nutrientes dietéticos para os tecidos fetais e mamários, visto que a mobilização de reservas não foi observada nesse estudo. Apenas as fêmeas que receberam 3,4 Mcal/dia no trabalho de Pimenta Filho et al. (2007) aproximaram-se da recomendação de ECC feita por Fraser e Stump (1989), citado por Rogério et al. (2011), sendo observados valores médios de ECC de 2,25; 2,5 e 2,8 para os animais consumindo dietas com 2,2; 2,8 e 3,4 Mcal/dia, respectivamente. Tabela 1. Exigências nutricionais de ovelhas adultas e cabras leiteiras adultas, em gestação. Início da gestação Espécie No de crias Peso (kg) Ingestão de Nutrientes CMS NDT PB (40% CPNDR) Ca P Ovelhas 1 40 0,99 0,52 79 3,4 2,4 50 1,16 0,61 91 3,8 2,8 60 1,31 0,70 103 4,2 3,2 2 40 1,15 0,61 95 4,8 3,2 50 1,31 0,70 107 5,4 3,7 60 1,51 0,80 124 5,9 4,2 3 ou mais 40 1,00 0,67 98 5,4 3,3 50 1,46 0,77 123 6,5 4,4 60 1,65 0,87 137 7,1 4,9 Cabras 1 30 0,98 0,52 79 3,8 2,2 40 1,21 0,64 96 4,2 2,5 50 1,42 0,75 111 4,4 2,8 2 30 1,08 0,57 93 5,5 2,9 40 1,32 0,70 111 5,8 3,2 50 1,55 0,82 129 6,2 3,6 3 ou mais 30 1,14 0,61 101 7,0 3,5 40 1,40 0,74 122 7,3 3,9 50 1,64 0,87 140 7,6 4,2 Final da gestação Espécie No de crias Peso (kg) Ingestão de Nutrientes Ovelhas 1 40 1,00 0,66 96 4,3 2,6 50 1,45 0,77 120 5,1 3,5 60 1,63 0,86 134 5,7 4,0 2 40 1,06 0,85 123 6,3 3,4 50 1,47 0,97 148 7,3 4,3 60 1,65 1,09 165 8,1 4,8 3 ou mais 40 1,22 0,97 144 7,7 4,1 50 1,41 1,12 165 8,7 4,7 60 1,57 1,25 183 9,5 5,2 Cabras 1 30 1,09 0,72 112 4,0 2,4 40 1,33 0,88 134 4,3 2,7 50 1,94 1,03 169 5,2 3,5 2 30 1,09 0,87 134 5,5 2,9 40 1,59 1,05 169 6,2 3,6 50 1,85 1,23 194 6,6 4,0 3 ou mais 30 1,20 0,95 151 7,0 3,6 40 1,47 1,17 181 7,4 4,0 50 1,70 1,36 205 7,7 4,3 Adaptada do NRC (2007). CMS – Consumo de matéria seca (kg/dia), NDT – Nutrientes digestíveis totais (kg/dia), PB – Proteína Bruta (g/dia) proporcional ao consumo de 40% de proteína não degradável no rúmen (CPNDR), Ca – Cálcio (g/dia), P – Fósforo (g/dia). Parto A viabilidade e o desenvolvimento pós-natal das crias são influenciados diretamente pelo aporte energético dado às matrizes no periparto (PIMENTA FILHO et al., 2007). Segundo esses autores, uma ovelha subnutrida no último terço da prenhez terá cordeiros com menor peso ao nascimento, mesmo que o plano nutricional durante os primeiros 100 dias de gestação tenham sido adequados. Inversamente, um alto nível nutricional no último terço da gestação produzirá cordeiros normais, ainda que a nutrição no início da gestação tenha sido deficitária. Isso, entretanto, não quer dizer que podem ser negligenciadas as fases anteriores ao periparto, pensando-se em manejo nutricional adequado. Para que a ovelha atinja todo o seu potencial para produção leiteira, atenção especial deve ser dada a ela desde a fase gestacional, pois matrizes desnutridas durante a gestação podem ter redução do crescimento da glândula mamária e consequente comprometimento da lactação (ALBUQUERQUE et al., 2005). De modo geral, todas as fases produtivas requerem cuidados especiais em termos de fornecimento de nutrientes em níveis adequados. No momento do periparto (terço final de gestação e início de lactação) o adensamento de nutrientes nas dietas, pela maior exigência nutricional das matrizes nessa fase produtiva, faz-se necessário (ROGÉRIO et al., 2011). As exigências nutricionais das fêmeas no início da lactação são geralmente elevadas e, ao mesmo tempo, a capacidade ruminal ainda se encontra diminuída em virtude da incompleta involução uterina. Esses dois fatores associados implicam geralmente na mobilização de tecidos (gordura principalmente) no começo dessa fase (ALBUQUERQUE et al., 2005). As exigências nutricionais das ovelhas em lactação variam ao longo das fases do ciclo produtivo. Os sistemas de produção podem adotar intervalos de Partos (IP) de 8 ou 12 meses. Para que o sistema funcione bem com intervalos mais curtos, as fêmeas devem ter alimentação de alta qualidade durante todo o ano, uma vez que serão bem mais exigidas. Além de oferecer volumosos de boa qualidade, cerca de 500 g/dia de concentrado, mais 200 a 300 g/dia por kg de leite produzido, de acordo com a fase de lactação deverão ser oferecidos (OLIVEIRA et al, 2011). Se os intervalos entre partos são mais longos (acima de 12 meses, por exemplo) a suplementação pode ser diminuída para 200 g/dia com volumosos de boa qualidade. Cada caso é um caso, e o acompanhamento de um profissional graduado em veterinária, zootecnia ou agronomia, com conhecimentos específicos em nutrição de ruminantes, poderá ser necessária para o adequado ajuste dietético. Para facilitar a compreensão da necessidade dos ajustes necessários durante a lactação da fêmea ovina, as fases de lactação foram divididas. Na primeira fase, ou início da lactação, as exigências nutricionais aumentam rapidamente, concomitantemente ao aumento da produção de leite, que tem o pico de produção atingido entre a 6ª e a 9ª semana. Porém, o pico da ingestão de alimentos não coincide com o pico de produção de leite, de maneira que a ingestão de nutrientes é insuficiente, provocando o emagrecimento. No primeiro mês de lactação, as fêmeas podem perder até 900 g de tecido adiposo por semana para manter a produção de leiteira, no 2º mês a perda média é de 450 g (OLIVEIRA et al, 2011). É possível visualizar esse comportamento na Figura 3 (abaixo). Figura 3. Evolução da produção de leite, ingestão da matéria seca e peso vivo de cabras leiteiras de alta produção, considerando-se um intervalo entre partos de 12 meses. Fonte: Sahlu e Goetsch (1998). Para amenizar a perda de peso, é aconselhável utilizar rações palatáveis e com elevada densidade energética, sem se esquecer do fornecimento da quantidade mínima de fibra. De acordo com Macedo Júnior (2004), pelo menos 28,08% de FDN devem ser incorporados nas dietas de fêmeas ovinas no final da gestação. Durante a fase 2, a capacidade de ingestão das fêmeas é restabelecida, enquanto a produção de leite começa a diminuir. O peso corporal passa a aumentar de 0,6 a 1,9 kg por mês. Essa fase pode variar conforme o intervalo de partos, caso seja de 12 meses, dura cerca de 5 meses, e apenas 1 mês quando o IP for de 8 meses (OLIVEIRA et al., 2011). Para a fase 3, a fêmea já pode, inclusive, estar gestante novamente (três meses de gestação). Nesse caso, o animal começa a acumular reservas corporais para a próxima lactação. E por fim, na fase 4, correspondente ao terço final de gestação, implica no aumento na demanda por nutrientes. O ganho de peso durante a fase varia de 6 a 9 kg e corresponde principalmente ao crescimento do(s) fetos(s). É recomendado utilizar volumoso de boa qualidade, preferencialmente feno, e 500 a 800 g de concentrado/cabeça/dia (OLIVEIRA et al., 2011). Caso utilize silagem, essa não deverá ser o único volumoso, pelo baixo teor de matéria seca. Tabela 2. Exigências nutricionais de ovelhas adultas e cabras leiteiras adultas, no início e no final da lactação. Espécie No de crias Produção de leite (kg/dia) Peso (kg) Ingestão de Nutrientes Início da lactação CMS NDT PB (40% CPNDR) Ca P Ovelhas 1 0,71 a 1,32 40 1,09 0,72 149 4,1 3,4 50 1,26 0,83 169 4,6 3,9 60 1,77 0,94 200 5,4 5,0 2 1,18 a 2,21 40 1,40 0,93 213 6,0 5,0 50 1,61 1,07 242 6,7 5,7 60 1,80 1,20 268 7,3 6,3 3 ou mais 1,53 a 2,87 40 1,36 1,08 253 7,1 5,7 50 1,88 1,24 297 8,3 7,0 60 2,09 1,38 327 9,1 7,8 Cabras 1 0,88 a 1,61 30 1,38 0,73 73 5,5 3,5 40 1,67 0,89 89 5,9 3,9 50 1,94 1,03 104 6,3 4,3 2 2,06 a 3,22 40 2,34 1,24 115 10,0 6,4 50 2,70 1,43 133 10,5 6,9 60 3,03 1,61 150 10,9 7,3 3 ou mais 3,49 a 4,82 50 2,77 1,83 136 13,7 8,5 60 3,10 2,05 153 14,1 8,9 70 3,41 2,26 169 14,6 9,4 Espécie No de crias Produção de leite (kg/dia) Peso (kg) Ingestão de Nutrientes Final da lactação Ovelhas 1 0,23 a 0,45 40 1,09 0,58 100 2,7 2,3 50 1,26 0,67 114 3,0 2,7 60 1,43 0,76 129 3,3 3,1 2 0,38 a 0,75 40 1,38 0,73 136 3,7 3,2 50 1,60 0,85 156 4,2 3,7 60 1,80 0,95 174 4,6 4,2 3 ou mais 0,55 a 0,97 50 1,83 0,97 185 5,0 4,4 60 2,06 1,09 207 5,6 5,0 70 2,29 1,21 229 6,1 5,5 Cabras 1 0,38 a 0,69 30 1,05 0,56 61 5,1 3,1 40 1,28 0,68 75 5,4 3,4 50 1,51 0,80 88 5,7 3,7 2 0,88 a 1,38 40 1,57 0,83 86 8,9 5,3 50 1,83 0,97 100 9,3 5,7 60 2,07 1,10 113 9,6 6,0 3 ou mais 1,50 a 2,07 50 2,16 1,14 112 12,8 7,7 60 2,43 1,29 127 13,2 8,0 70 2,69 1,43 141 13,6 8,4 Adaptada do NRC (2007). CMS – Consumo de matéria seca (kg/dia), NDT – Nutrientes digestíveis totais (kg/dia), PB – Proteína Bruta (g/dia) proporcional ao consumo de 40% de proteína não degradável no rúmen (CPNDR), Ca – Cálcio (g/dia), P – Fósforo (g/dia). Nascimento Nas primeiras semanas de vida, é importante a administração adequada do leite materno, ou em alguns casos, o fornecimento de sucedâneos. A partir da terceira semana de vida, a atividade enzimática do sistema digestivo das crias aumenta gradativamente, possibilitando a inclusão de outros ingredientes à dieta (DAVIS; DRACLEY, 1998). Administrar o colostro é importante por este ser rico em células de defesa (imunoglobulinas) que contribuirão com a prevenção de doenças. Em casos em que a fêmea não apresente ou tenha produção insuficiente de colostro ou em situações em que a cria não é aceita pela mãe, o neonato poderá ser colocado junto a outra fêmea recém-parida, ou então se deve proceder ao aleitamento artificial em mamadeira, preferencialmente nas primeiras 3 horas de vida (OLIVEIRA et al., 2011). Se o colostro estiver congelado, deverá ser descongelado em banho-maria. Na Tabela 3 está apresentado um exemplo de esquema de aleitamento artificial. Os cuidados com a higiene dos materiais utilizados são fundamentais para evitar o risco de diarreias nos animais durante essa fase. A partir dos 10 dias de idade, os cordeiros já começam a ingerir alimentos sólidos. Para antecipar o desenvolvimento das papilas ruminais, o fornecimento em creep feeding é uma alternativa interessante nesta fase. Além da contribuição com o desenvolvimento papilar, o creep feeding contribui com o incremento nutricional na dieta das crias (leite), aumentando a taxa de crescimento, melhorando a eficiência alimentar e evitando o desgaste excessivo das fêmeas através da amamentação (CEZAR; SOUZA, 2006). Segundo Neiva et al. (2004), com o menor desgaste das fêmeas, é proporcionada melhoria da eficiência reprodutiva, uma vez que a cria está substituindo parcialmente o leite pelo alimento fornecido. Tabela 3. Esquema de aleitamento artificial para caprinos e ovinos Idade (dias) Tipo de leite Frequênciaa Quantidade (Litros /dia) 1 a 7 Colostro 4-5 0,5-0,8 8 a 11 Leite Ovino/caprino + bovino (2:1) 3 1,0-1,5 12 a 15 Leite Ovino/caprino + bovino (1:1) 3 1,0-1,5 16 a 19 Leite Ovino/caprino + bovino (1:2) 3 1,5-2,0 20 a 83 Bovino 3 2,0 84 a 90 Bovino 1 1,0 aNúmero de aleitamentos por dia. Adaptado de Oliveira et al. (2011). Desmama O consumo de alimento pelos cordeiros com duas a seis semanas de idade está ligado à palatabilidade, forma física da ração e das condições do ambiente em que o manejo será adotado (NEIVA et al., 2004). Os mesmos autores ressaltaram que o concentrado deve ter proteína com alta digestibilidade, energia prontamente disponível, minerais com alta disponibilidade biológica, bem como vitaminas. Com esse adensamento nutritivo, o creep feeding torna-se indispensável para encurtar o tempo de acabamento dos animais para abate (SAMPAIO et al., 2001). O fornecimento de volumosos de alta qualidade também é recomendado, pois contribui para o desenvolvimento da capacidade de ingestão de alimentos. Além da curva de crescimento dos cordeiros nesta fase estar em franca ascendência, a intenção de se reduzir o tempo até o abate denota a necessidade de incorporação de dietas concentradas para potencializar o desenvolvimento. Ao avaliar um nível de energia que fosse ideal para esta fase, Garcia et al. (2003) incorporaram às dietas de cordeiros Suffolk níveis de 2,6; 2,8 e 3,0 Mcal de energia metabolizável/ kg MS em sistema de creep feeding. Esses autores verificaram que a dieta com 3,0 Mcal proporcionou o melhor desempenho aos animais. Dependendo da necessidade por sistemas mais intensivos de produção e dos preços relativos de alimentos concentrados, a suplementação em creep feeding ao contribuir com o desenvolvimento papilar ruminal pode representar importante estratégia inclusive para antecipar o desmame (FRESCURA et al., 2005). Nesse tocante, Borges et al. (2005) destacaram a oportunidade para ovinocultores nordestinos utilizarem subprodutos oriundos do processamento de frutas como substitutos ao tradicional binômio milho: farelo de soja. Oliveira et al. (2009), por sua vez, avaliaram o efeito de dois sistemas de alimentação (pastagem nativa ou pastagem cultivada e irrigada na época seca), três grupos genéticos (½Dorper x ½Sem Raça Definida - SRD, ½Santa Inês x ½SRD e ½Somalis Brasileira x ½SRD), sexo, tipo de nascimento e ordem de parto sobre o peso ao nascimento (PN), peso a desmama (PD) e ganho de peso diário (GPD) do nascimento à desmama (Tabela 4). Considerando-se a coleta de dados relativa a três anos consecutivos na Embrapa Caprinos e Ovinos (Sobral-Ceará), verificou-se que os cordeiros do sistema de pastagem nativa foram superiores. Uma das formas para incrementar o desempenho das crias a pasto é o creep grazing. Essa estratégia consiste em permitir aos cordeiros o acesso restrito a um pasto de melhor qualidade, sem que eles percam o contato visual da mãe. De acordo com Poli et al. (2008), o tempo para se atingir o peso ao abate utilizando-se o creep grazing seguido de terminação em confinamento é bem aproximado daquele que é obtido utilizando-se o creep feeding seguido de terminação em confinamento. O período de desmama ideal é aquele que considera o modelo de sistema produtivo utilizado. Se a intenção é realizar a terminação em confinamento, por exemplo, a desmama pode ser precoce (em torno de 60 a 70 dias). Para isso, o acompanhamento do ECC dos cordeiros/cabritos (deve ser de no mínimo 3), a formulação de uma dieta para ganho de peso após um período pré-desmama com uso de creep feeding ou creep grazingsão preponderantes para a terminação de cordeiros/cabritos com adequado acabamento. Além disso, o uso de grupos genéticos que tenham potencial produtivo para responder mais rapidamente a esse tipo de dieta. Planejamento alimentar e qualidade nutritiva dos alimentos ofertados também são essenciais. Tabela 4. Valores médios estimados (média ± desvio padrão) pelo método dos quadrados mínimos para peso ao nascimento (PN), peso ao desmame (PD) e ganho de peso diário (GPD) Efeitos PN (Kg) PD (Kg) GPD (g) Sistemas de alimentação Pastagem nativa 3,19 ± 0,06a 17,07 ± 0,31a 147 ± 3a Pastagem cultivada 3,25 ± 0,06a 14,04 ± 0,29b 116 ± 3b Grupo genético ½ Dorper X ½ SRD 3,41 ± 0,06a 16,02 ± 0,33a 135 ± 3a ½ Santa Inês X ½ SRD 3,16 ± 0,07b 15,07 ± 0,34b 127 ± 3b ½ Somalis X ½ SRD 3,08 ± 0,06b 15,58 ± 0,31ab 132 ± 3ab Sexo Fêmea 3,12 ± 0,06b 15,21 ± 0,29b 128 ± 3b Macho 3,31 ± 0,06a 15,90 ± 0,30a 134 ± 3a Tipo de nascimento Simples 3,40 ± 0,07a 17,24 ± 0,28a 147 ± 3a Duplo 3,03 ± 0,07b 13,87 ± 0,33b 115 ± 3b Ordem de parto 1 2,96 ± 0,11c 15,13 ± 0,54a 129 ± 5b 2 3,04 ± 0,08bc 14,81 ± 0,40a 126 ± 4b 3 3,25 ± 0,06a 15,96 ± 0,29a 135 ± 3ab 4 3,22 ± 0,15abc 16,86 ± 0,70a 146 ± 7a 5 3,24 ± 0,08ab 15,66 ± 0,37a 132 ± 3ab 6 3,31 ± 0,06a 15,75 ± 0,30a 132 ± 3ab 7 3,25 ± 0,06a 15,85 ± 0,30a 134 ± 3ab 8 3,47 ± 0,39a 14,45 ± 1,85a 117 ± 18c aMédias seguidas pela mesma letra na coluna, dentro de cada efeito avaliado, não diferem pelo teste t (P>0,05).
Como Começar uma Criação de Ovelhas. A criação de ovelhas é uma atividade recompensadora, seja como fonte de renda, como uma fonte de alimento orgânico ou até como um hobby. Porém, seu sucesso exigirá bom planejamento e um gerenciamento...
A reprodução assistida ou manejo reprodutivo tem grande relevância dentro de um sistema de produção em pequenos ruminantes. Ele é composto por uma série de decisões técnicas (Sanitárias, Nutricionais e Zootécnicas) a serem tomadas pelo criador no sentido de monitorar, controlar e elevar a eficiência reprodutiva do rebanho de forma racional. Assim, o manejo reprodutivo tem foco na elevação das taxas reprodutivas de acordo com a exploração desejada, tornando-o mais rentável. Um dos primeiros passos para organizar o manejo reprodutivo em um rebanho é a identificação individual dos animais. Os critérios dependem da preferência do criador (tatuagem, brincos, colares, identificação eletrônica, marcação a fogo ou marcação a frio). Sugere-se, para uma maior segurança, a associação de duas ou mais formas de identificação, evitando ou diminuindo perdas de informações do animal. Nos pequenos ruminantes, os métodos mais usuais são tatuagens, brincos e colares com placas identificadoras. Uma vez feita a identificação, o criador pode selecionar os animais durante os ciclos de produção (estação de monta, parto, desmama e recria). Dessa forma, podem ser obtidas informações zootécnicas e reprodutivas individuais no rebanho e identificar no plantel apenas os animais produtivos ou não. Como escolher uma fêmea para reprodução A escolha de fêmea para reprodução é um passo importante para a eficiência reprodutiva. Essa seleção ocorre dentro do rebanho ou por intermédio de aquisições oriundas de criatórios externos. Dependendo da condição fisiológica da fêmea (jovem, gestante ou com cria ao pé) e do tipo de exploração, algumas características devem ser preconizadas. Entre elas, as características a serem observadas, destacam-se: Presença de habilidade materna – boa produção de leite para atender as necessidades da(s) cria(s) e não rejeitar a(s) cria(s); Possuir bom desenvolvimento corporal compatível à idade e raça; Ter atingido pelo menos 70% do peso adulto das femêas do rebanho; Ter aspecto feminino e docilidade; Apresentar prenhezes e partos normais; Ter bons aprumos e cascos sadios; Ter fertilidade comprovada (ser fecundada a cada ciclo reprodutivo); Ausência de doenças e defeitos físicos. Um dado relevante que pode indicar o potencial produtivo da fêmea é a relação de desmama, sendo o valor gerado em função da divisão do valor em kg de cria desmamada pelo peso da ovelha à desmama multiplicado por 100 (Figura 1). Então, uma fêmea será considerada superior à outra, não apenas considerando o peso de suas crias desmamadas, mas também seu próprio peso. Lembre-se que matrizes mais pesadas necessitam de mais alimento de boa qualidade em quantidade suficiente para manterem seu corpo quando comparadas com fêmeas mais leves. Um equilíbrio deve ser considerado neste aspecto e sempre com foco na meta do sistema produtivo. Figura 1. Fórmula da relação de desmama que avalia o potencial produtivo de uma matriz. Em caso de aquisição de animais de outros criatórios, dar preferência às matrizes que pariram pelo menos uma vez e, em caso de aquisição de animais jovens (cabritas ou borregas) também se recomenda a observação da produção dos pais, avós e irmãs. A realização de um exame clínico-ginecológico, que consiste em avaliar a matriz em questão por meio de inspeção visual, palpações e exames específicos (Hemograma, Ultrassonografia, dentre outros) o funcionamento correto do seu organismo, antes da aquisição e deverá ser executado por um médico veterinário de sua confiança. Como escolher um macho para reprodução A seleção de um macho para reprodutor é definida por um padrão de características produtivas desejáveis dentro do rebanho. O macho passa por uma maior pressão de seleção em relação às fêmeas, visto que um macho consegue deixar um número maior de descendentes que uma fêmea naturalmente. Assim, o reprodutor é o principal responsável pelo melhoramento genético de um rebanho. Um equívoco nessa seleção poderá trazer prejuízos inestimáveis aos criadores. Portanto, essa escolha deve ser criteriosa, realizada em indivíduos oriundos do próprio rebanho, ou de outros criatórios. A seguir, são listados alguns aspectos que devem ser observados na escolha: Presença da libido ou apetite sexual. O macho deve possuir interesse sexual por fêmeas. O número de fêmeas que o macho pode cobrir ou o número de saltos, na mesma fêmea, em um intervalo de uma hora é um bom indicador. Machos que cobrem até quatro fêmeas ou realizam quatro saltos em um intervalo de uma hora são considerados excelentes e devem ser priorizados quando comparados com outros que cobrem ou saltam menos dentro de um mesmo padrão genético e racial; Ter desenvolvimento corporal compatível com a idade e a raça; Apresentar aspecto masculino e ter comportamento dominante; Nos caprinos, evitar animais mochos de nascença; Possuir aparelho genital externo, testículos, pênis e saco escrotal compatível à normalidade; Ter bons aprumos e cascos sadios; Estar livre de doenças. Em várias situações, animais são selecionados apenas em função de sua composição genética ou pedigree. Isso por si só não assegura a seleção de um macho para ser utilizado dentro de um rebanho. Um exemplo disso pode ser observado na Figura 2. Trata-se de um animal que utilizado em sistema de monta natural, visto lateralmente, torna-se flagrante a posição vertical dos membros posteriores, postura popularmente conhecida como “pé de frango”. Quando observado de um ângulo posterior, percebe-se outro grave defeito que são os jarretes para dentro. Ambas as condições dificultam a cobertura e machos com essas características devem ser retirados do rebanho. Foto: Jeferson Ferreira Fonseca Figura 2. Visão lateral (A) e posterior (B) de bode adulto selecionado e utilizado em sistema de monta natural. Atente-se aos graves defeitos de aprumo dos membros posteriores. De acordo com a procedência e idade do animal, fazem-se necessárias observações na produção dos seus ascendentes, como pais ou avós, para uma predição de seu potencial reprodutivo. No caso de reprodutores sexualmente maduros, procurar informações sobre suas crias. Recomenda-se, se possível, numa aquisição de animais de outros criatórios, a realização de um exame andrológico do reprodutor em questão, que deverá ser executado por um médico veterinário de sua confiança. Lembre-se que a vida útil de um reprodutor pode ser de até oito anos. Todavia, de forma geral, indica-se sua permanência por até quatro anos dentro de um rebanho, em função da consanguinidade. Época ideal para acasalamentos A maturidade sexual é a época em que os animais estão aptos fisiologicamente e hormonalmente a exercerem plenamente a reprodução. Para tal, no tocante às fêmeas em fase de recria, o peso é o parâmetro zootécnico mais indicado para início das atividades reprodutivas. Cronologicamente, cabritas e borregas atingem 60 a 70% do peso adulto por volta dos seis a oito meses (Figura 3). Isso pode variar em função da raça e da forma como são criadas. Indica-se um peso mínimo que se aproxime dos 70 % do peso de uma fêmea adulta e uma idade de oito meses como padrão para a primeira cobertura. Os machos devem ser utilizados um pouco mais tarde (12 meses). A esse tempo, já puderam ser selecionados e caracterizados como adequados para o plantel, além de terem alcançado bom desenvolvimento e reservas corporais. Figura 3. Relação do percentual de peso corporal referente a uma fêmea adulta da raça e idade à puberdade em cabras e ovelhas em três diferentes sistemas de ganho de peso. Fonte: Adaptado de Fonseca e Bruschi (2008). Condição de Escore Corporal A reprodução é uma função que exige muita energia tanto do reprodutor quanto da matriz. Assim, nos pequenos ruminantes, a nutrição e a sanidade são condições importantíssimas para que a função reprodutiva tenha a eficiência desejada em um sistema de produção. Para tanto, a caracterização da condição de escore corporal (ECC) é muito importante. Trata-se de uma prática simples de visualização e palpação de pontos específicos (região lombar e esternal) no animal. O objetivo é avaliar subjetivamente o acúmulo de reservas do animal (músculo e gordura). São essas reservas que serão utilizadas pelo animal para manifestar suas funções reprodutivas (cio); ditarão sua fertilidade e potencial de levar uma gestação e partos normais, produzindo, criando e desmamando crias dentro do padrão esperado. Usa-se uma escala de 1 a 5 pontos para pequenos ruminantes. A precisão dessa avaliação depende de treinamento, bem como do conhecimento das particularidades das raças, espécies e ordem de partos das fêmeas. Neste contexto, atente-se que raças leiteiras são normalmente mais descarnadas que raças de corte, raças de corte deslanadas são também normalmente mais descarnadas que raças de corte lanadas. Por fim, fêmeas que nunca pariram, como cabritas e borregas, merecem atenção especial. Figura 4. Escore de Condição Corporal em função da fase do ciclo reprodutivo. Fonte: Adaptado de Cezar e Sousa (2006). Avaliações mensais são indicadas como rotina, ou pelo menos, antes do início nos ciclos de produção, tais como: estação de monta, pré-parto e recria. Nessas ocasiões podem ser necessários ajustes alimentares para elevar o ECC. Preconiza-se para o uso de matrizes em reprodução um escore mínimo de 3 pontos (Figura 4). Estação de reprodução (Monta) Cabras e ovelhas, desde que tenham aporte nutricional quanti-qualitativo suficiente, apresentam períodos cíclicos estrais de 21 e 17 dias, respectivamente, durante o ano nas regiões semiáridas brasileiras. Com base nisso, pode se dimensionar uma estação de monta que proporcione uma concentração de parições por ciclo de produção. A estação de monta é o manejo estratégico realizado em tempo definido (semanas ou meses) durante o qual os animais são acasalados. Recomenda-se que seja feito um planejamento com pelo menos 60 dias de antecedência. Isso é necessário para planejar sua execução, preparar as fêmeas e machos que serão utilizados. Por vezes, indica-se o uso do flushing ou alimentação estratégica tanto nas fêmeas quanto nos machos. Isso consiste no fornecimento, semanas antes e no início da estação de monta, de uma dieta rica em energia e com proteína adequada capaz de elevar o ECC para níveis satisfatórios para reprodução, além de estimular as ovulações nas fêmeas (Figura 5). Dessa forma, pode haver uma resposta positiva na fertilidade e prolificidade do rebanho, uma vez que tais índices dependem do ECC. Figura 5. Efeito do Escore de Condição Corporal (ECC) ao parto sobre o desempenho reprodutivo de cabras e ovelhas, em dietas não suplementadas, em região tropical. Fonte: Adaptado de Simplício e Santos (2005). Quando a estação de monta é implantada pela primeira vez, ou retomada após longo período de não utilização, recomenda-se utilizar um período que permita pelo menos três ciclos estrais para as fêmeas, sendo 63 dias para cabras e 51 dias para as ovelhas. A partir dos anos seguintes, reduz-se para dois ciclos, isto é, 42 dias para as cabras e 34 dias para as ovelhas. Vale ressaltar que durante o período de preparação (60 dias), as fêmeas devem estar separadas dos machos. Quando o contato é iniciado por ocasião do início da estação de monta, muitas fêmeas entram em cio nos primeiros três dias de exposição. Algumas delas podem não ser cobertas, pois superam a capacidade de cobertura do macho, enquanto outras têm ciclo irregular, retornando ao cio precocemente (oito dias), e outras são cobertas, mas não ovulam enquanto outras mesmo fertilizadas podem perder precocemente a gestação. Por esses motivos, recomenda-se a introdução de um rufião cirurgicamente preparado (Ex.: vasectomizado) ou machos com avental que não permita coberturas. Isso propiciará cios férteis e bem distribuídos de praticamente todas as fêmeas durante a primeira quinzena da estação de monta. As estações de monta devem ser programadas de acordo com necessidade do sistema de produção de forma a reduzir o intervalo entre partos e diminuir o período improdutivo de uma fêmea. O intervalo de parto de 12 meses praticado na maioria dos criatórios no semiárido, às vezes, pode não ser tão interessante para sistemas produtivos mais tecnificados. Então, em criatórios mais organizados, sugerem-se intervalos de cerca de oito meses. Dessa forma, pode-se obter três parições em dois anos, aumentando cerca de 50% no número de crias por animal por ano em relação ao sistema tradicional (Figuras 6 e 7). Todavia, mais uma vez é preciso considerar outros aspectos do sistema de produção em questão. Cabras e ovelhas leiteiras de raças especializadas são um caso à parte. Esse intervalo não poderá ser alcançado em função da duração e do potencial de produção de leite da lactação são fatores impeditivos. O ideal é que as fêmeas estejam sempre em fase produtiva. Isso pode significar cria ao pé ou no ventre e/ou produção de leite eficiente. Figura 6. Representação esquemática de como obter três partos em dois anos em cabras. Fonte: Adaptado de Fonseca (2006). Figura 7. Representação esquemática de como obter três partos em dois anos em ovelhas. Fonte: Adaptado de Fonseca (2006). O reconhecimento do cio também auxilia para o êxito de uma estação de monta. O cio ou estro é um complexo de sinais fisiológicos e comportamentais que ocorre antes de uma ovulação (Tabela 1). É o período em que uma fêmea está receptiva sexualmente ao macho, com possibilidade de ser coberta e tornar-se gestante. A duração de um cio varia de 24 a 48 horas para cabras e de 24 a 36 horas para ovelhas. A raça, a idade, o estádio nutricional, a estação e a presença do macho podem influenciar na sua duração. Os sinais de cio são mais evidentes nas cabras do que nas ovelhas, contudo, a presença do macho (ou rufião) auxilia na detecção desses sinais que podem, às vezes, ser assim exprimidos: Tabela1. Evidências de cio em fêmeas caprinas e ovinas. Sinais Cabra Ovelha Inquietude Presente Ausente Urina e berra com frequência Presente Às vezes Procura o reprodutor com interesse Presente Presente Balança a cauda frequentemente lateralmente Presente Às vezes Apresenta a vulva inchada e avermelhada Presente Presente Monta e se deixa montar em outras matrizes Presente Às vezes Fica imóvel quando montada Presente Presente Presença de secreção vaginal cristalina no início e caseosa no fim do cio Presente Às vezes Fonte: Adaptado de Freitas et al. (2005). Uma técnica que auxilia no sucesso da estação de monta é o efeito macho, pois pode induzir um alto percentual de cio em 72 horas, conforme descrito anteriormente. O efeito macho consiste em realizar um afastamento total dos machos do rebanho, onde as fêmeas não possam visualizar, escutar ou mesmo sentir odores deles. Após um período, em média 60 dias, os reprodutores são reintroduzidos com as fêmeas e sua presença estimula o aparecimento do cio. Essa técnica associada à indução ou sincronização de cio por meios hormonais podem elevar a taxa de fertilidade dentro de uma estação de monta. Por fim, mais uma vez, reitera-se a necessidade de conhecer e ou comprovar a fertilidade dos reprodutores que irão trabalhar na estação de monta. Exame andrológico prévio é uma exigência. Machos devidamente qualificados reprodutivamente determinam o sucesso desse manejo. Sistemas de Acasalamento Basicamente, o acasalamento pode ser efetuado de duas formas: pela monta natural (descontrolada ou livre, Controlada e Dirigida) ou pela inseminação artificial (IA). A escolha de uma ou outra forma deve ser feita em função da meta do empreendimento produtivo, a otimização do uso de reprodutores, instalações disponíveis, capacitação de técnicos e lotes de fêmeas envolvidas compatíveis com a capacidade dos machos, bem como a infraestrutura necessária à realização do acasalamento escolhido. A relação de machos que servirão um número mínimo de fêmeas está diretamente relacionada ao tipo de acasalamento. Assim, no acasalamento livre a proporção é de 1:30, ou seja, um reprodutor para 30 matrizes, visto que as fêmeas nesse sistema ficam expostas ao macho continuamente, sem intervalos determinados. O desgaste é maior, pois o reprodutor identifica o cio e cobre ao mesmo tempo. Prática comum nos rebanhos nordestinos brasileiros, onde não há controle zootécnico efetivo. Já na monta controlada, as fêmeas são agrupadas com um macho, necessitando, então, de uma infraestrutura mínima para tal. Assim, o controle zootécnico é mais eficiente e pode ser otimizado com o uso de marcadores nos machos em serviço. A relação macho:fêmeas na monta controlada deve ser de 1:50. Quanto à monta dirigida, esta proporção chega a 1:100. Nesse caso, utilizam-se animais identificadores de cio, os rufiões, os quais podem ser animais cirurgicamente preparados, fêmeas masculinizadas/androgenizadas ou animais criptorquíticos bilaterais (“castrados de nascença”). Vale salientar que esse tipo de acasalamento é bastante utilizado em sistemas intensivos e de confinamento. A inseminação artificial representa a primeira linha de biotecnologias da reprodução. Seu uso ainda está restrito a rebanhos de elite. Isso ocorre em função de dificuldades, custos e peculiaridades da técnica em caprinos e ovinos. Sua relação macho:fêmeas pode chegar a 1:150 ou até mais, dependendo do reprodutor e da disponibilidade de sêmen. A técnica é efetuada com sêmen fresco, resfriado ou congelado. De forma geral, o sêmen a fresco tem apresentado melhores resultados em fertilidade. Todavia, a taxa de concepção ainda depende de algumas variantes, como: dose ou número de espermatozoides viáveis; volume inseminante; da via e forma de inseminação utilizada. Essa biotécnica pode ser realizada em tempo fixo (IATF) associada à sincronização/indução de cio, que, por meio da manipulação hormonal, estimula ovulações numa faixa temporal, fixando um tempo para as inseminações acontecerem. Diagnóstico de gestação Em pequenos ruminantes, várias técnicas em diagnóstico de gestação vêm sendo utilizadas com vários graus de precocidade e eficiência, não obstante, a sua utilização permite a minimização de perdas, principalmente as econômicas, com a alimentação de animais não gestantes e/ou com problemas reprodutivos permanentes. No entanto, o criador deve ponderar o custo-beneficio da técnica, antes de programar esse manejo. Com o diagnóstico, permitindo a identificação de femêas não gestantes, o criador poderá decidir quem pode ser encaminhada para uma nova estação de monta ou mesmo para um descarte (caso de doença reprodutiva), refletindo positivamente na eficiência reprodutiva. De forma usual, os criatórios se utilizam do método de “o não retorno ao cio”, ou seja, após serem cobertas presuntivamente, a fêmea que não voltou a “ciclar” ou ciar estará prenhe. Embora muito simples, esse manejo não quantifica o número de fetos, bem como, não possui uma precocidade necessária para um planejamento prévio de alimentação desses animais. Outro entrave é que fêmeas com problemas reprodutivos e ou alimentares também podem não ciar. Isso torna o método falho ou pouco eficiente. Atualmente, o uso da ultrassonografia em tempo real (Modo Scan B) vem sendo popularizado pelos profissionais da área. Entre suas vantagens, ressaltam-se: Alta eficácia e acurácia; Precocidade do diagnóstico, seja na inseminação artificial (a partir do 25 dias), seja na transferência de embriões ou outra biotécnica utilizada (Fecundação in vitro, clonagem, transgênese e outras); Verificação da viabilidade fetal por meio da detecção dos batimentos cardíacos; Identificação do sexo do feto (a partir do 50 dias de gestação). Gestação O período gestacional dos pequenos ruminantes é em média de 150 dias, podendo variar de acordo com as raças, idade da mãe, ordem de parição, números de fetos e espécie. Com isso, pode-se prever a época da parição, para execução de medidas sanitárias, nutricionais e zootécnicas no periparto que visem a sobrevivência tanto da cria quanto da mãe. Vale salientar que nos últimos 50 dias de gestação, ou seja, no terço final, há um aumento do tamanho do feto na ordem de 70%, além da preparação do úbere para uma lactação. Nesse caso, o fornecimento de dietas equilibradas ajuda tanto no crescimento do feto quanto na produção inicial de leite. Ainda nesse período, de acordo com indicação regional ou de manejo sanitário, pode ser recomendada a vermifugação e vacinação (Ex. clostridioses) das fêmeas gestantes, desde que o manuseio desses animais não leve a acidentes que possam acarretar o abortamento ou partos prematuros. Deve-se evitar todo tipo de estresse ou esforço da gestante, para garantir uma parição tranquila e uma recuperação do parto mais rápido. De preferência, separá-la em lote de gestantes para facilitar o manejo. Parto O parto é uma situação fisiológica, cuja previsão (Figura 8), pode auxiliar o criador em casos que necessitem de intervenções em possíveis complicações, para evitar problemas com a mãe e perdas das crias. Figura 8. Previsão de parto em pequenos ruminantes, ajustado para 150 dias. Fonte: Adaptado de Associação Brasileira de Inseminação Artificial (2005). O parto deve ocorrer de forma mais natural possível, sem que haja intervenção ou auxílio para a fêmea gestante, recomendando-se pelo menos uma semana antes, manter as fêmeas em piquetes ou baias maternidades, locais limpos, arejados e mais tranquilos. Próximo ao parto, observa-se um aumento no volume do úbere e inchaço da vulva. Com a aproximação do parto, ocorrem sinais visíveis, como: o isolamento das femêas, o balir com mais intensidade, o relaxamento dos ligamentos da garupa, a inquietação, o olhar constante para os flancos, a ação de deitar e levantar frequentemente e o extravaso pela vulva de uma secreção ligeiramente amarelada e opaca, que vem a ser o tampão mucoso. No momento do parto, as contrações uterinas tornam-se mais fortes, há o rompimento da placenta e visualização da bolsa amniótica com os membros anteriores ou posteriores, que se projetam pela vulva. Logo após ocorre a expulsão do feto. Podem existir casos da cria nascer dentro da bolsa ou distorcias, necessitando intervenções nesses casos. O parto pode durar de uma a duas horas. A previsão do parto pode predizer a época esperada para esse acontecimento. Com base nessa previsão, os partos podem ser induzidos, evitando concentrações de partos no mesmo dia ou mesmo interrompendo gestações que se prolongam para além da data esperada. Essa técnica consiste na administração de medicamentos que iniciem o processo de parto. Nas cabras, a utilização de análogos sintéticos de prostaglandina F2α induz o parto dentro de 30 a 40 horas após sua aplicação. Já nas ovelhas, a utilização de glicocorticoides como a dexametasona ou betametasona tem efeito positivo na indução em 36 a 56 horas. Lembrando sempre que a falta de critérios e escrituração adequada podem levar a indução de partos de fetos em idades inadequadas (Ex.: fêmea que repetiu cio, foi coberta e não devidamente anotada). Cuidados ao nascimento Quanto ao nascimento, a mãe, por instinto, deverá reconhecer sua (s) cria (s), lambendo-a (s) de forma vigorosa, sendo que essa atividade, além de fortalecer os laços maternos, estimula os batimentos cardíacos e movimentos respiratórios das crias, além de aquecê-las. Lembrando que esse comportamento é vedado aos caprinos leiteiros especializados, como medida adicional de controle de doenças, como a CAEV (artrite encefalite viral caprina). Nesse caso, o parto é assistido e a cria removida imediatamente após o nascimento. O próximo passo é a mamada de colostro obtido de cabras comprovadamente livres da CAEV ou seu fornecimento termizado a 56 ºC por 30 minutos, que conferirá uma imunidade passiva (vinda mãe) para a cria. Esta transferência deve ocorrer em até 2 horas para cordeiros e 4 horas para cabritos. A regulação da temperatura corporal nos recém-nascidos de pequenos ruminantes não está desenvolvida o suficiente para mantê-los devidamente aquecidos logo após o nascimento. Assim, recomenda-se, neste caso, o uso de aquecimento artificial, seja por meio de campânulas, seja por meio de lâmpadas aquecedoras, em locais apropriados do tipo berçário. Os cuidados com umbigo também evitam a mortalidade dos recém-nascidos. O umbigo deve, necessariamente, ser limpo e desinfetado com tintura de iodo a 10% por, pelo menos, três dias seguidos, imergindo-o na solução, promovendo assim uma cauterização local e sua cicatrização. Posteriormente, o umbigo deverá cair naturalmente. Alguns criadores e técnicos preconizam o corte do umbigo. Naturalmente, o umbigo é estrangulado por ocasião do parto de forma a não permitir acesso de microrganismos. O corte, tração e amarradura indevidas podem propiciar acesso de agentes infecciosos que podem até mesmo levar à morte o recém-nascido, além de favorecer a formação de hérnias umbilicais por interferirem na cicatrização e fechamento desse canal umbilical. As crias devem ainda ser pesadas, identificadas e submetidas a medidas sanitárias necessárias de acordo com o calendário regional. Considerações finais A reprodução assistida ou manejo reprodutivo é um dos maiores responsáveis pela eficiência produtiva dos rebanhos de caprinos e ovinos. Sua dependência de outros manejos como nutricional e sanitário, eleva a exigência de atenção no sentido de sua integração dentro do manejo geral do sistema de produção. Compreender suas características e explorar suas possibilidades é, portanto, uma condição indispensável ao criador. Recomenda-se atenção adequada aos vários estádios que compreendem o manejo reprodutivo e a possibilidade de aplicação das variadas ferramentas e técnicas disponíveis. Toda orientação, implantação e monitoramento dessas técnicas devem ser compatíveis com o sistema de produção em questão e, sempre que possível, ser acompanhadas de uma escrituração zootécnica organizada. Uma vez seguidas essas orientações, observa-se a elevação nas taxas reprodutivas no rebanho que se reflete positivamente, tanto na eficiência reprodutiva e produtiva, quanto no sucesso na exploração desses animais.
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Como Começar uma Criação de Ovelhas. A criação de ovelhas é uma atividade recompensadora, seja como fonte de renda, como uma fonte de alimento orgânico ou até como um hobby. Porém, seu sucesso exigirá bom planejamento e um gerenciamento...
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Criação de Cordeiro Imaginar carneirinhos pulando cerca pode ajudar a pegar no sono, mas para dormir tranquilo muitos consideram mais assegurado se dedicar ao manejo dos mamíferos. Além de ser uma atividade com grande potencial de produção, a lida com ovinos oferece ao criador várias opções de produtos para incrementar a renda mensal. A espécie ovina (Ovis aries) é geradora de alimentos importantes para a dieta da população. A carne é o principal produto da ovinocultura, seja das raças deslanadas originárias da região Nordeste, que também fornecem pele de excelente qualidade para a indústria calçadista, ou dos rebanhos existentes no Sul produtores de lã fina destinada à exportação para vestuário. Rara de ser encontrada em certos pontos de varejo há alguns anos, atualmente a carne de carneiro está presente em várias casas de carnes e supermercados de grandes e médias cidades. Hoje é considerada mais comum a disponibilidade de cortes de cordeiros em cardápios de restaurantes, principalmente de churrascarias. Mesmo com preços acima das versões bovina, suína e de frango, a carne ovina registra no mercado procura maior do que a oferta. VEJA O VÍDEO
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