Localizada no coração do Caparaó, a Toca da Truta é um verdadeiro refúgio para aqueles que buscam uma conexão profunda com a natureza
Saiba como montar um sistema caseiro de aquaponia, cultivo integrado e sustentável de hortaliças e peixes, incluindo o material necessário.
O mexilhão é um molusco bivalve amplamente conhecido e cultivado em todo o mundo, e é um dos frutos do...
SOBRE O BILHETE CRIANÇAS SÃO COMO FLORES Neste bilhete para reunião de pais e/ou responsáveis temos uma analogia entre o cultivo de uma ...
Platycerium madagascariense, bastante raro em cultivo
Ema (Rhea americana) A ema é a maior ave do continente Americano. Chega a 1 metro e 30 centímetros de altura e pode pesar de 26 a 36 quilos (GIANNONI, 1996). Segundo Giannoni (1996), a carne é um pouco mais fibrosa que a de outras aves, como a galinha, mas tem bom sabor. Os ovos são riquíssimos em proteína e bastante grandes, podendo pesar de 400 a 700 gramas, cerca de 15 vezes maior que o da galinha. A pele, depois de curtida, dá excepcional matéria-prima para bolsas, sapatos, cintos e casacos. É tão resistente quanto os couros tradicionais, mas por ter granulação fina é mais suave e macia. As penas servem para espanadores e outros artefatos, inclusive adornos de roupas femininas e fantasias. Cada ema tem 110 a 120 penas por asa e as maiores chegam a 60 centímetros. Figura 11: Ema (Rhea americana). A ema é onívora, isso é, come de tudo: de vegetais a animais pequenos como preás, lagartos, ratos e insetos. Tem preferência por gramíneas e leguminosas rasteiras e com os cactos ela mata, ao mesmo tempo, a fome e a sede. Quando criada em cativeiro, pode ser alimentada com ração de perus, forragens verdes e leguminosas. No primeiro ano de vida exige alimentos ricos em cálcio e fósforo para fortalecer os ossos. Por ter crescimento muito rápido e alcançar bom peso, suas pernas tendem a entortar. Não convém deixar nas proximidades objetos metálicos coloridos ou brilhantes, porque a ema engole tudo que lhe chame muito a atenção, já que quase não tem paladar (OLIVEIRA, 2008). Não há país no planeta com mais emas (Rhea americana) nativas do que o Brasil. A maior ave silvestre existente em território nacional – e a maior das Américas – tem aqui o plantel mais volumoso do mundo, um contingente populacional que permite aproveitar todo o potencial lucrativo do comércio do animal quando criado em cativeiro. Da ema podem-se obter ovos nutritivos e carne vermelha com muito ferro e pouco colesterol para alimentação. O couro é destinado à fabricação de vestuário e acessórios de moda, como bolsas e cintos, enquanto as penas servem tanto para espanadores, sobretudo para limpeza de componentes na indústria eletrônica e automobilística, devido à sua propriedade antiestática, quanto para uso em adornos de fantasias, em especial em época de Carnaval. O fornecimento de matrizes para novos criadores é ainda outro canal de vendas rentável, assim como de exemplares para ornamentação de propriedades e turismo rural. De pernas e pescoço delgados, a ema apresenta-se elegante ao movimentar a plumagem abundante que cobre o seu corpo. Com muitas opções para escolher, o criador de emas tem possibilidade de direcionar a atividade à produção de mercadorias que mais atendem ao comércio local. Também pode, se lhe convier, responder a demandas de regiões mais distantes, inclusive terras internacionais, onde os preços dos produtos são ainda mais valorizados. A versatilidade da criação ainda tem a vantagem de utilizar um manejo igualmente de custo baixo, seja para qual for a finalidade. Ave de hábito diurno, crescimento rápido e fácil adaptação a diferentes tipos de ambientes, a ema se dá bem em espaços pequenos, podendo ser acomodados até 15 animais em áreas de pastagens destinadas apenas para uma vaca (1 hectare). Para evitar as fugas, uma vez que a ema é uma ave ratita (incapaz de voar), o indicado para o criador é fazer piquetes delimitados por cerca telada. Além de rústica e adoecer pouco, a ema é onívora (come alimentos de origem vegetal e animal), facilitando a escolha do criador por refeições nutritivas mais baratas para a ave. Pode ser proveniente até mesmo de plantações de grãos, hortaliças e frutas existentes na propriedade. Pequenos roedores e insetos também são opções de cardápio a ser oferecidas. Originárias da América Latina, por aqui as emas mais compactas, porém robustas e com bom rendimento de carne, se concentram no Rio Grande do Sul. De outro lado, as mais altas estão mais presentes na Região Centro-Oeste. Com 1,8 metro de altura, em média, o macho da espécie pesa próximo de 45 quilos, enquanto a fêmea pesa 40 quilos. Mãos à obra INÍCIO Por se tratar de uma ave silvestre, a ema só pode ser criada em cativeiro se autorizada pelos órgãos responsáveis pela gestão da fauna nos Estados. Após a elaboração de um projeto, realizado por um profissional especializado, e reunir documentação exigida, tudo deve ser protocolado na Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) mais próxima, para obter a permissão de criadouro comercial para o exercício da atividade. Comece a criação com animais adultos, para não se preocupar, inicialmente, com estrutura que atenda às etapas de incubação e berçário. São necessários equipamentos para o manejo de filhotes, fase de vida em que a ave se apresenta mais suscetível a contrair doenças. AMBIENTE De preferência, a área de criação na propriedade deve ser plana e contar com solo bem drenado. Emas são criadas a pasto ou em piquetes com disponibilidade de gramíneas e leguminosas para as aves se alimentarem à vontade. ESTRUTURA Cerque o local de criação com mourões espaçados de 2 em 2 metros e fixe tela tipo alambrado com fio 14 e malha de 5 a 7 centímetros a uma altura de 1,6 metro. Divida o local com uma área específica para reprodução e, no caso de o criador decidir pela realização da incubação artificial, outras duas para berçário e incubatório. Construa um brete de manejo em cada piquete, com cobertura de telhas de barro e chão cimentado para a acomodação de bebedouro e comedouro. ALIMENTAÇÃO A dieta deve ser balanceada, com uso de ração comercial para avestruzes. Forneça, diariamente, 1 quilo por animal. Como complemento, sirva pequenos animais invertebrados (insetos, minhocas), pequenos roedores, pastagens, capim picado, milho, mandioca, abóbora, folhosas, farelo de soja, frutas e outras culturas que podem ser produzidas na propriedade. A combinação ajuda na economia da criação. Sempre ofereça água limpa e de boa qualidade. CUIDADOS Recomenda-se a aplicação de vermífugos na ave quatro vezes por ano. Cada uma deve ser ministrada com intervalo de três meses. REPRODUÇÃO Com dois anos de vida, a ema chega à maturidade sexual e pode iniciar o período de reprodução. As fêmeas colocam de 20 a 30 ovos por ciclo, mas nem todos vingam. Os machos, por sua vez, dedicam-se à feitura do ninho e a todos os cuidados com os filhotes, liberando as mães para uma nova postura. Na incubação natural, quando o pai choca os ovos e se responsabiliza pela prole no piquete, o investimento inicial é reduzido, ao contrário da artificial, que exige instalação de incubatório e creche para cria e recria da produção. Com 12 a 14 meses, a ema atinge a idade de abate, com 40 quilos, em média. Criação mínima: 1 macho e 2 fêmeas Custo: cerca de R$ 10.800 Retorno: a partir de 2 anos, após iniciar o período de reprodução Reprodução: inicia-se com 24 meses
Con este plantador vertical podrás cultivar fresas en cualquier lugar. Una idea que es de fácil realización y resultados garantizados!
A produção de carne caprina no Brasil possui forte caráter regional. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a região Nordeste é responsável por mais de 90% da criação brasileira, com aproximadamente 8.109.672 cabeças. De acordo com previsões da Embrapa Ovinos e Caprinos, a tendência é que esse mercado seja mais valorizado. Nos últimos 5 anos, a produção de carne caprina registrou uma taxa de crescimento de 1,4% ao ano. Segundo o pesquisador Octavio Morais, da área de melhoramento genético da Embrapa Ovinos e Caprinos, a caprinocultura é um mercado a ser explorado. “Embora ainda tenha alguns preconceitos com relação ao consumo da carne, ela é saborosa e saudável”, afirmou o pesquisador. Moxotó Das raças brasileiras, a Moxotó é a única reconhecida oficialmente. Os animais são considerados de pequeno porte, com uma média de peso em torno de 34 quilos. É mais conhecida pela produção de carne e pele, pois a produção de leite é pequena, cerca de 0,5 litro por dia. As criações concentram-se principalmente nos estados de Pernambuco, Paraíba, Ceará, Piauí e Bahia. Canindé Os caprinos da raça Canindé são nativos do estado do Piauí. São animais de grande rusticidade, alta capacidade reprodutiva e de características fenotípicas bem definidas. Essa raça é responsável pela maior produção de leite de cabra no Brasil. Dentre as características físicas estão chifres dirigidos para trás, pelagem preta e porte médio. Alpina A raça é originária da parte meridional dos Alpes suíços. É também criada em regiões da França, Itália, Alemanha, Estados Unidos e Canadá. Os animais apresentam cabeça triangular, perfil semicôncavo ou retilíneo, orelhas eretas e curtas e porte médio. Cor escura na face, no ventre, na parte dianteira dos membros e na linha dorsal. O peso varia de 70 kg a 90 kg nos machos e de 50 kg a 60 kg nas fêmeas. A raça é criada no Brasil para a produção de leite, principalmente em São Paulo e na região sul, onde a média diária de produção tem variado de 2,0 kg a 4,0 kg para um período de lactação entre 240 e 280 dias. Existem animais desprovidos de chifres (mochos) que são conhecidos como Oberhasli, que é considerado outra raça[ Anglo-Nubiana A raça Anglo-Nubiana surgiu em torno de 1895, do aprimoramento feito com os cruzamentos de reprodutores da raça Nubiana com cabras nativas da Inglaterra, predominantemente a Zaraibi e a Chitral, após intenso processo de seleção genética buscando a dupla aptidão para leite e carne. A Nubiana pertence ao tronco das raças asiáticas-africanas, sendo consolidada em torno de 1860 no vale do Alto Nilo, da região da Núbia, hoje pertencente ao Sudão. A raça prospera em vários países e foi introduzida no Brasil em 1932. No nordeste a raça é bem apreciada em virtude da sua adaptação as condições climáticas da zona semi-árida. Os animais têm a cabeça pequena, boa conformação, perfil convexo, com orelhas podendo ir até abaixo do focinho. Machos e fêmeas são mochos. Os machos têm pelos finos, longos e brilhantes. As fêmeas têm pelos flexíveis e mais curtos. Pele quase sempre escura, solta e de espessura média. Bôer A raça tem como ascendentes os caprinos selvagens capturados pelos Hotentotes e outras tribos nômades do sudoeste da África do Sul. Teve miscigenação com outros animais europeus e asiáticos em razão da importância estratégica da região do Cabo, ponto de parada das embarcações nas rotas marítimas com destino a India e Extremo Oriente. Também é conhecida por Africânder ou Afrikaner, foi melhorada pelo cruzamento com reprodutores Angorá, no período entre 1800 e 1820, quando a sua criação foi desenvolvida na província do Cabo. O nome é derivado da palavra holandesa ‘boer’ que significa ‘fazendeiro/agricultor’. Em 4 de julho de 1959 foi fundada a ‘Associação Sul Africana de Criadores de Caprinos Boer’, que passou a ser responsável pelo registros genealógicos e melhoria da raça. Foi estabelecido cinco estirpes de animais: Boer comum, Boer pelo longo, Boer mocho, Boer nativo e Boer melhorado. É um animal forte, robusto e de aparência vigorosa. Apresenta pelos curtos sobre uma pele solta, macia e pregueada, responsável pela boa adaptação a condições climáticas adversas. A boa produção de leite, as altas taxas de fertilidade e fecundidade com alta incidência de partos duplos, são características da fêmea. Murciana A raça é originária da região de Múrcia, no sul da Espanha e pertence ao tronco das Pirenaicas. Existem hoje três estirpes: a Hora, que é criada entabulada, a Campeira de Cartagena e a Serrana, estas últimas criadas a regime de pasto. Os criadores e zootecnistas espanhóis têm dedicado, ao longo das últimas décadas, bastante esforço na seleção para o aprimoramento da raça, objetivando á produção de leite. No Brasil, na década de 1990 foi introduzido um lote desta raça por criadores do estado da Paraíba. São animais de pelos curtos e finos, de cor preta, avermelhada ou castanho-escuro. A cabeça é triangular, de perfil reto com frontal amplo e ligeiramente deprimido ao centro. As orelhas são de tamanho médio, eretas e muito móveis. É um animal geralmente mocho, de porte pequeno, com peso variando nas fêmeas adultas de 45 kg a 60 kg, e nos machos adultos de 60 kg a 70 kg. A altura média é de 0,80 m nos machos adultos e de 0,70 m nas fêmeas. A média de produção é de 600 kg de leite por período de lactação. A raça brasileira Graúna é descendente da Murciana. Saanen Também conhecida como Gessenay (sinônimo de Saanen em francês) é originária do vale de Saanen, nos cantões de Berna e Appenzell na Suiça. Raça muito difundida nas regiões mais frias da Europa e dos Estados Unidos por sua alta produção leiteira e duração de lactação. É considerada a raça de melhor produção de leite do mundo, produzindo num período médio de lactação de 10 meses cerca de 3 litros/dia com 3,5% de gordura.Uma cabra dos Estados Unidos produziu 1821 litros de leite em 300 dias. Tem a pele rosada, pelos curtos e cor branca ou quase branca, olhos amarelos e orelhas médias e levantadas. Existem animais mochos. É uma raça de animais grandes e altos: o macho pesa entre 70 kg e 90 kg e tem altura entre 80 e 95 cm e a fêmea pesa entre 45 kg a 60 kg medindo entre 70 e 85 cm. Existem rebanhos da raça no Brasil no Rio Grande do Sul, pois não suporta temperaturas altas. Toggenburg Originaria da Suíça, do vale do Toggenburg, no cantão de Saint-Gall, pelo cruzamento de animais da raça amarela de Saint-Gall com osda raça de animais brancos de Saanen. É uma das raças de maior rebanho na Suíça, sendo também bem difundida na Inglaterra e nos Estados Unidos, pela sua aptidão para a produção de leite. A cabra recordista dos Estados Unidos produziu 2010 litros de leite em um período de lactação. Apresenta pelagem parda, quase da cor de chocolate, com duas faixas cinzentas que partem da boca atingindo a orelha. Pode ter pelo comprido ou curto e as barbichas são muito desenvolvidas nos machos. As orelhas são eretas e dirigidas para frente. Os machos pesam em média 70 kg e têm uma altura média de 80 cm e as fêmeas pesam em média 50 kg e medem em média 70 cm.
Quer tornar o cultivo no seu quintal uma tarefa fácil? Hoje vamos apresentar uma sugestões para criar bonitos e prático locais para cultivar no seu jardim.
Veja como utilizar esta bela arte do kokedama nas suas plantas de fazer uma bela decoração dentro ou fora de casa. Confira também as 25 ideias de kokedama.
Confira as plantas indicadas para criar um muro verde digno de elogios! Veja dicas essenciais e inspire-se com 22 modelos maravilhosos.
As a gardener, everyone desires to own a beautiful, cheap and easy garden. Then these 21+ cheap gardening ideas in this article are for you.
Fazendo mudas de plantas para decorar a casa.
A fama medicinal do gengibre já existia na China há mais de 3.000 anos.
Com o objetivo de ajudar o consumidor a deixar de usar itens plásticos e colaborar com o cuidado como meio ambiente, a marca de refrigerante Guaraná Antarctica transforma cartazes e anúncios da marca em canudos de papel. A criação é da AlmapBBDO. Ilustradas com animais da fauna brasileira, como pirarucu, tucano e mico, as peças trazem a frase "Beba com este pôster" ou "Beba com este anúncio". Posts nas redes sociais da marca completam a campanha. Os cartazes e os anúncios contam com tiras destacáveis feitas com material biodegradável e não tóxico. Cada peça pode gerar de 12 a 14 canudos. Para montá-los, é necessário remover o papel adesivo atrás de cada tira e usar um lápis ou caneta para criar o formato de canudo. Ficha Técnica: Anunciante: AmBev Título: Pôster Canudos Produto: Guaraná Antarctica Agência: AlmapBBDO CCO: Luiz Sanches Diretores Executivos de Criação: Keka Morelle, Marcelo Nogueira, André Gola, Pernil, Bruno Prosperi. Criação: Caio Zucchi, Daniel Oksenberg, Daniel Chagas
PISCICULTURA PIRARUCU MANEJO DE REPRODUTORES Apesar do grande porte o pirarucu é um peixe muito dócil, constatei isso em...
Afinal, é uma forma inusitada de criar hortas verticais com canos de PVC. Aqui colocamos diversas ideias que certamente vão te apaixonar!
Camarão (Litopenaeus vannamei). Rondônia (RO) - Após sucesso dos três últimos cursos básicos sobre Cultivo Intensivo de Camarão na Amazônia, em 2015, o Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia — IBAPE-RO, em convênio de Cooperação Técnica com o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de Rondônia – CREA-RO, contando com o apoio do Sistema FECOMÉRCIO – Federação do Comércio de Bens e Serviços do Estado de Rondônia e o Sistema OCB/SESCOOP-RO, vem apoiando as ações de entidades de classe e de empresa não governamental, a exemplo do IBAPE-RO e da Pacaas Engenharia Ltda, e, assim, busca desenvolver ações em apoio ao incentivo e ao desenvolvimento do cultivo semi-intensivo e intensivo do camarão (Litopenaeus vannamei) no estado de Rondônia. O Curso objetiva difundir técnicas e práticas que possibilitem o inicio de um novo ciclo da aquicultura no estado de Rondônia, a introdução e desenvolvimento do cultivo de camarão, em nível estadual, complementando as ações da piscicultura — que atualmente atinge uma produção recorde regional, na ordem de 100 mil toneladas, safra 2014/2015, segundo projeções de estatísticas do Governo de Rondônia — todo o apoio que for focado para fortalecer esta fase inicial da carcinicultura em Rondônia será indispensável, necessária e oportuna, pois temos um grande exemplo e uma excelente experiência com os obstáculos enfrentados com os primeiros trabalhos de introdução e de desenvolvimento da piscicultura. INSTRUTORES DO EVENTO: ANTÔNIO DE ALMEIDA SOBRINHO: Graduado em Engenharia de Pesca (UFCE); com Pós-Graduação pela FAO/UFPE/MARA em Tecnologia do Pescado; Pós-Graduação (Lato sensu) em Análise Ambiental na Amazônia Brasileira (CREA-RO/UNIR) e Mestrado em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente, em piscicultura, através da UNIR/RO. YURI VINICIUS DE ANDRADE LOPES: Graduado em Engenharia de Pesca, com Mestrado em Carcinicultura e Doutorando em Ciências Animal, através da UFERSA. O Prof. Yuri Vinicius é proveniente do estado de Pernambuco e já se tornou um veterano e obstinado defensor e estudioso da espécie camarão do Pacífico (Litopenaeus vannamei) na região. COORDENAÇÃO DO EVENTO: JOEL MAURO MAGALHÃES: Presidente do IBAPE-RO; Graduação em Engenharia Florestal; Professor Universitário. Para participar deste evento: CURSO PRÁTICO DE CRIAÇÃO DE CAMARÃO NA AMAZÔNIA que está sendo programado para ser realizado no período de 28 a 31 de março – 1 e 2 de abril de 2016, com inscrições na Sede do CREA-RO, sito à Rua Elias Gorayeb, nº 2596, Bairro Liberdade – CEP 76.803-903, no horário de 07h:30 às 14h:00 min. Para maiores informações entre em contato pelo WhatsApp (69) 9220-9736, falar com Antônio de Almeida ou WhatsApp (69) 9200-8424, falar com Luisa Cabral. VAGAS LIMITADAS.
A presença de plantas na cozinha não apenas adiciona um toque de frescor e beleza, mas também pode ser extremamente
As raças e suas características: Os búfalos no Brasil estão representados por quatro raças : Jafarabadi, Murrah, Mediterrâneo e Carabao. Os animais possuem uma aparência reveladora de saúde e vigor, constituição robusta, com masculinidade e feminilidade segundo o sexo. Para se avaliar as raças existem características que são permissíceis, isto é , podem conter em algúns animais, e outras desclassificantes, que se houver o animal pode ser descartado. Aqui vai algumas dessas características: Características permissíveis: pelagem preta com nuance castanha escura; pêlos brancos isolados e raros no corpo;pequena mancha branca na fronte desde que com pele preta; ausência de vassoura; pequenas manchas claras nos chifres; chifres de direção quase retilínea; cegueira unilateral;espáduas de inserção um pouco imperfeitas; claudicação leve; temperamento nervoso, sem ser bravio. Características desclassificantes:pelagem branca ou clara ou grandes manchas-brancas; ausência de chifres; cegueira bilateral;olhos gázeos; órgãos de reprodução anormais; temperamento bravio; outras más formações hereditárias ou adquiridas; debilidade constitucional ou orgânica; hérnia;sérios defeitos de aprumos;claudicação grave; virilidade de fêmea e feminilidade de macho; temperamento bravio; Agora vamos as especificações das raças : Raça Jafarabadi De origem indiana, predomina nas regiões Centro e Sul do país, especialmente nos estados de São Paulo e Minas Gerais. Padrão da raça Cabeça: maciça, perfil craniano ultraconvexo; Fronte: testa proeminente, ultraconvexa; Chanfro: retilíneo e sub-convexo; Chifres: longos, fortes e grossos, de secção triangular ou ovalada, dirigidos para trás e para baixo, com curvatura final para cima e para dentro, em harmonia com o perfil craniano; Temperamento:Dócil e manso Características Gerais 1. Aparência: reveladora de saúde e vigor, constituição robusta, com masculinidade e feminilidade segundo o sexo. 2. Tamanho: indicativo do crescimento por idade, sendo de porte médio a grande e de corpo simétrico e equilibrado. 3. Tipo: conformação própria do tipo morfo-fisiológica misto, além de incluir exigências de aprumos normais, com cascos fortes e bem conformados. 4. Reprodução: aparência normal quanto ao tamanho e forma da bolsa escrotal e vulva, além do número de testículos e tetas, não se computando as tetas extranumerárias. 5. Olhos: profundos, elípticos, límpidos e pretos. 6.Orelhas: tamanho médio, com direção horizontal, dirigidas por cima do chifre; 7. Pelagem: forte correlação entre a cor dos pêlos e da pele em todo o corpo, sendo pretos os pêlos e a pele. A cor preta estende-se também aos chifres, casco, espelho nasais e mucosas aparentes. Raça Murrah De origem indiana, a raça conquistou a preferência de criadores brasileiros de diversos Estados, estando sua população em crescente desenvolvimento. Padrão da raça Cabeça: perfil craniano retilíneo ou levemente sub-convexo e são leves. -Chanfro: de retilíneo a sub-convexo; -Chifres: pequenos, relativamente finos, de secção ovalada ou triangular, descrevendo curvaturas em torno de si mesmo, em forma de espiral enrrodilhando-se em aneis na altura do crânio; -Pelagem: forte correlação entre a cor dos pêlos e da pele em todo o corpo, sendo, pretos os pêlos e a pele. A cor preta estende-se também aos chifres, cascos, espelho nasais e mucosas aparentes. A vassoura da cauda é branca, ou preta, ou mesclada. - Temperamento: manso ou dócil; Características Gerais 1.Aparência: reveladora de saúde e vigor,constituição robusta,com masculinidade e feminilidade segundo o sexo. 2. Tamanho: indicativo do crescimento por idade, sendo de porte médio a grande e de corpo simétrico e equilibrado. 3. Tipo: conformação própria do tipo morfo-fisiológica misto, com prevalência leiteira, além de incluir exigências de aprumos normais, com cascos fortes e bem conformados. 4. Reprodução: aparência normal quanto ao tamanho da bolsa escrotal e vulva, além do número de testículos e tetas. 5. Olhos: levemente proeminentes nas fêmeas e com menor projeção nos machos, vivos, límpidos e pretos. 6. Orelhas: relativamente pequenas, de direção quase horizontal e um pouco pendulosas. Raça Mediterrânea De origem italiana, seu aspecto externo é muito semelhante ao da raça Murrah. É encontrada em quase todos os Estados.É uma raça de dupla aptidão, leite e corte, mas é mais cotada para o corte.Os animais da raça mediterrânea apresentam porte médio e são medianamente compactos. Padrão da Raça - Cabeça: tamanho médio, perfil craniano ligeiramente convexo; - Chanfro: de retilíneo a sub-convexo; - Chifres: longos,fortes e grossos, de secção ovalada ou triangular, dirigidos para trás, para fora e para o alto terminando em forma semicircular ou de lira; - Temperamento: manso ou dócil. Características Gerais 1. Aparência: reveladora de saúde e vigor, constituição robusta, com masculinidade e feminilidade segundo o sexo. 2. Tamanho: indicativo do crescimento por idade, sendo de porte médio a grande e de corpo simétrico e equilibrado. 3. Tipo: conformação própria do tipo morfo-fisiológica misto,além de incluir exigências de aprumos normais, com cascos fortes e bem conformados. 4. Reprodução: aparência normal quanto ao tamanho da bolsa escrotal e vulva, além do número de testículos e tetas. 5. Olhos: arredondados, levemente projetados, vivos, límpidos e pretos; 6. Orelhas: tamanho médio e em posição horizontal; 7. Pelagem: forte correlação entre a cor dos pêlos e da pela em todo o corpo, sendo pretos os pêlos e a pele. A cor preta estende-se também ao restante das partes do corpo. Raça Carabao Segundo alguns autores os Carabaos foram os primeiros búfalos introduzidos no Brasil, na Região Norte. Representados pelo búfalo "preto marajoara" e muito semelhante ao búfalo da Malaia.No Brasil, a maior população desta raça está concentrada na Ilha de Marajó, no estado do Pará. É muita adaptada às regiões pantanosas e, por isto, apresentando pelagem mais clara. Também é conhecido por sua dupla aptidão, produzindo carne e sendo excelente para tração. Padrão da raça - Cabeça: tamanho médio perfil craniano retilíneo; - Chanfro: retilíneo; - Chifres: longos, grandes e fortes, de secção triangular, emergindo lateralmente da cabeça e dirigindo-se em posição horizontal para fora e depois para trás e para cima; - Temperamento: manso ou dócil. Características Gerais 1. Aparência: reveladora de saúde e vigor, constituição robusta, com masculinidade e feminilidade segundo o sexo. 2. Tamanho: indicativo do crescimento por idade, sendo de porte médio para grande e de corpo simétrico e equilibrado. 3. Tipo: conformação própria do tipo morfo-fisiológica, de corte, além de incluir exigências de aprumos normais, com cascos fortes e bem conformados. 4. Reprodução: aparência normal quanto ao tamanho e forma da bolsa escrotal e vulva, além do número de testículos e tetas. 5. Olhos: arredondados, grandes, projetados e pretos; 6. Pelagem: cinza escura ou rosilha, manchas claras ou brancas nas patas, no pescoço logo abaixo da mandíbula e próximas ao peito em forma de listras circulares e paralelas, além de tufos claros nas arcadas orbitários superiores, nas comissuras labiais e no ventre.
Sistemas de criação, instalações, manejo, desenvolvimento e reprodução. Veja em detalhes neste site
A popularização do consumo de pimenta doce, como a biquinho – principalmente utilizada em forma de conservas - e a Cambuci é mais recente, antes apenas a pimenta doce italiana verde era encontrada no mercado, substituto do pimentão em alguns pratos. Figura 1 – Pimenta biquinho vermelha. Figura 2 – Pimenta biquinho amarela. As pimentas e o pimentões são ricos em vitaminas. Muitos acreditam que as pimentas são afrodisíacos, inclusive as pimentas doce. O problema é que essas hortaliças estão entre as mais contaminadas com defensivos agrícolas, por serem suscetíveis a pragas, muito comum na família das Solanaceae. Para quem não dispõe de muito espaço, o plantio da pimenta biquinho pode ser feito em vasos de 5, 10, 20 litros ou ainda volumes maiores, quanto maior o vaso maior o desenvolvimento da planta e mais farta é a colheita. Vamos ao cultivo da pimenta biquinho, na horta caseira: 1. Mudas: 1.1. Obtenção de mudas com plantio de sementes: Recomenda-se iniciar o cultivo da pimenta biquinho plantando as sementes em vasilhames pequenos, como copos plásticos de 150 ou 200 ml. Figura 3 – Plantio da semente em copo. Copos com 4 furos no fundo, podendo ter um rasgo lateral no fundo de 1 cm, acrescentado 2 cm de areia e por cima terra, até atingir 2/3 da altura do copo, onde são colocadas 3 sementes e cobertas com mais 1 cm de terra. Soque a areia e depois a terra antes de colocar as sementes. Regue e coloque o copo inicialmente em local protegido e a meia sombra. Figura 4 – Início da germinação das sementes. Depois de uma semana de plantio das sementes, pode ocorrer as germinações das sementes, podendo ser colocados em local ensolarado, senão a muda fica muito delgada. Figura 5 – Replantio da muda em local definitivo. Passados 19 dias de plantio das sementes, a planta pode ser levada ao local definitivo, no caso uma jardineira de 40 litros. Figura 6 – Desenvolvimento das mudas. Depois de 6 dias de replantio, com as plantas vigorosas, podem ser eliminadas 2 plantas. 1.2. Obtenção de mudas através de ramos da planta: É possível multiplicar uma planta sadia e produtiva, através dos ramos da planta. Após a colheita da 1ª carga de frutos, poderão ser retirados alguns ramos para obter as mudas. Figura 7 – Ramos para muda. Ramos de 3 a 5 cm de comprimento, retirados dos galhos mais carregados de ramos. Na parte inferior do ramo são retiradas as folhas de 2 a 3 nós. Figura 8 – Preparo para enraizamento. Os ramos são enfiados em cubos de espuma fenólica, de aproximadamente 2,5 x 2,5 x 2,5 medidas em cm. Figura 9 – Ramos em copos para enraizamento. Colocados em copo plástico de 200 ml, com um rasgo a 2,5 cm do fundo, para que a muda não se afogue e facilite a drenagem da água de rega. Interessante renovar/completar a água do copo a cada 3 dias. Figura 10 – Vista do enraizamento do ramo. Após 32 dias de cortado e colocado para enraizar o ramo. É possível que em menos de 20 dias a muda estaria pronta para replantio. Ocorreu a perda de algumas folhas inferiores e as folhas remanescentes estavam infestadas de sugadores, como o pulgão, que foram maceradas manualmente. Os sugadores poderiam ser retirados com o auxílio de um pincel ou um pedaço de guardanapo. Figura 11 – Replantio em copo com terra. Copo preparado como descrito no item 1.1, colocando uma primeira porção de terra e socando para acomodar a muda com a espuma fenólica, de modo que o topo da espuma não ultrapasse o topo do copo, quando completar o copo com terra lateralmente da muda. A muda já poderia ser replantada em local definitivo. Mas a vantagem da transição no copo é que depois que as mudas começam a se desenvolver, poderão ser escolhidas as mais sadias para o replantio definitivo, ainda as mudas que não forem utilizadas poderão substituir eventual perdas ou defasar o plantio. Figura 12 – Replantio da muda em local definitivo. Depois de 62 dias de colocar o ramo para enraizamento ou 30 dias do plantio com terra no copo. Figura 13 – Desenvolvimento da planta. Depois de 26 dias do replantio definitivo. No exemplo apresentado verificamos que não houve ganho de tempo em relação a obtenção de mudas por sementes. Se a muda enraizada fosse plantada em local definitivo, haveria um ganho de 40 dias. 2. Floração e desenvolvimento dos frutos da muda obtida por semente: Figura 14 – Floração. Depois de 30 a 40 dias do replantio, a planta inicia a floração. Figura 15 – Frutificação. Depois de 74 dias de replantio, inicia-se a maturação dos frutos. 3. Colheita da muda obtida por semente: Figura 16 – Maturação dos frutos. Depois de 90 dias de replantio, pode ser iniciada a colheita. A planta estava com 40 cm de altura. Figura 17 - Colheita. Os frutos são colhidos juntamente com os talos. No caso foram colhidos todos frutos desenvolvidos de uma vez, os frutos verdes dão ótima conserva e a conserva com a coloração vermelha e verde dá um bom visual. O importante é que a pimenta não fique muito madura, pois a semente fica endurecida, para fazer conserva, pois a pimenta é colocada inteira. 4. Preparo do vaso ou jardineira: A terra utilizada para o cultivo da pimenta pode ser comprada em casas especializadas em produtos agrícolas. Se for preparar a terra em casa, adicione adubo orgânico, em proporção no mínimo de 70% de terra e 30 % de adubo orgânico em volume, mais NPK e calcário, para esses dois últimos produtos seguir as recomendações do fabricante. Se for reaproveitar terra utilizada em outra cultura anterior, pode ser seguido o item anterior, mas depois de feita a mistura, regue com água e deixe a terra descansar, pelo menos por um mês. Antes de receber a terra, os vasos ou as jardineiras devem ter seus furos para drenagem cobertos com telas de nylon e adicionar 2 cm de areia de granulometria média ou grossa. A areia deve ser socada para ficar compactada no fundo do vaso. 5. Adubação complementar: Após concluída a colheita, faça cobertura com terra adubada, do vaso ou da jardineira, em torno de 0,5 litro para cada 10 litros de terra do vaso. Assim a planta emite novos ramos e novas florações mais vigorosas. 6. Pragas: Muito comum aparecer sugadores e mosca branca na parte inferior das folhas, que podem ser maceradas, desde a fase de muda. Existem diversos produtos considerados orgânicos para combater essas pragas, tipo calda de fumo, de pimenta + alho, etc. O controle desde a fase de muda é importante porque não prejudica o desenvolvimento das plantas. Para o cultivo em vaso, o controle manual pode ser suficiente, desde que a planta seja vistoriada semanalmente, utilizando um pincel para pintura, com ponta chata, cerdas não muito macia, para retirar os sugadores. Pode ser deitado o vaso, com cuidado, para facilitar a retirada dos sugadores. 7. Cultivo em vasilhames menores: O cultivo da pimenta biquinho em vasos de 5 litros: Figura 18 – Pimenta biquinho em vaso de 5 litros, com plantio de sementes. Pimenta biquinho em vaso de 5 litros, depois de 94 dias do replantio. Figura 19 – Pimenta biquinho em vaso de 5 litros, planta obtida com mudas de ramos. Depois de 65 dias do replantio no vaso (Muda da Figura 7). O cultivo da pimenta biquinho em vasos de 7 litros: Figura 20 – Início da maturação dos frutos. 1ª carga de frutos, planta com 38 cm de altura, após 77 do plantio no vaso. Figura 21 - Pimenta Biquinho no vaso de 7 litros 2ª carga de frutos. Figura 22 - Colheita Colheita dos frutos da figura anterior, após 16 dias. Para conserva, os frutos maduros ainda devem estar com as sementes tenras. Se o fruto começar a apresentar trincas, as sementes já podem estar endurecidas. 8. Dicas: A ardência da pimenta levada muito a sério que até existe uma escala de ardência (Escala de Scoville). Para quem prefere pimenta doce, na hora de adquirir as sementes, lembramos que existe pimenta biquinho ardida. Figura 23 - Conserva da pimenta biquinho. A conserva de pimenta biquinho doce, feita com vinagre com ou sem cachaça, sal e açúcar. Nessa conserva ainda pode ser adicionado o alho, o alecrim, etc. Nas saladas feitas com folhas de alface, rúcula, do almeirão e outras verduras, é comum utilizar bastante sal, que poderia ser substituído com a mistura da conserva (picles) de pimenta biquinho ou Cambuci. A salada vai ficar muito deliciosa. Colha as pimentas com as hastes (Figura 22) e na hora de preparar a conserva retire as hastes. Faça um pequeno corte, com a ponta de uma faca, na parte onde ficavam as hastes, para o vinagre penetrar bem na pimenta. Ainda sobre as mudas obtidas através dos ramos de uma planta em cultivo, foi observado nesse método, a planta apresenta desenvolvimento de muitos galhos na parte inferior da planta, ao contrário da planta cultivado através da germinação por sementes. Figura 24 - Planta de muda originária de ramos (Figura 7). Depois de 36 dias do plantio definitivo, de copo para jardineira. Observar na figura anterior a planta apresenta muitos galhos na parte inferior. Pode ser feito um raleamento, deixando apenas 2 a 3 galhos saindo da base da planta, inclusive aproveitado alguns ramos para novas mudas. Com o raleamento a planta deve produzir frutos maiores e diminui a infestação de sugadores na parte inferior da planta, onde é mais difícil eliminá-los. Exemplo de uma das plantas de pimenta biquinho em jardineira de 40 litros. Figura 25 - Pimenta biquinho em jardineira de 40 litros. Planta se desenvolveu muito mais que a apresentada na Figura 16, na mesma jardineira, sendo que as sementes dessas plantas foram adquiridas por fornecedores diferentes. Essas plantas produzem até o 5º mês após o replantio definitivo em vaso ou jardineira, portanto para manter uma produção continuada, após 45 dias de replantio das plantas anteriores, se faz novo plantio de sementes. As mudas que são eliminadas, nos procedimentos do item 1.1, Figura 6, se cortadas com uma tesoura limpa, ainda podem se reaproveitadas para novas mudas, bastando seguir os mesmos procedimentos do item 1.2.
Fisionomicamente, o Cerrado é uma savana mais ou menos densa, com uma cobertura herbácea contínua, e com um dossel descontínuo de elementos arbóreos e arbustivos, de galhos retorcidos, cascas espessas e, em muitas espécies, grandes folhas coriáceas. As formações savânicas do Brasil abrangem terras onde coincidem as seguintes condições climáticas e edáficas: a) clima tropical estacional com chuvas da ordem de 1.500 mm anuais e duração da época seca, definida em termos de déficit hídrico, de 5 a 7 meses, coincidindo com os meses mais frios do ano; b) solos distróficos na grande maioria da região onde as condições de baixa fertilidade se somam a elevada acidez e altos valores de saturação de alumínio. Ecologicamente, os dois principais fatores determinantes da presença dos Cerrados são os solos ácidos (álicos), de baixa fertilidade (distróficos), e o clima estacional. No entanto, existem outros tipos fisionômicos aos quais se associam determinados fatores. Por exemplo, quando as condições ambientais acima expostas se somam a ocorrência de solos arenosos, litólicos ou hidromórficos, que implicam em diferentes tipos de limitações adicionais, as fisionomias resultantes tendem a formas mais abertas, localmente chamadas de Campo Cerrado, Campo Sujo, ou Campo Limpo. Ao contrário, quando ocorrem condições ambientais que implicam em compensações hídricas ou edáficas, as fisionomias tendem a formas mais densas, como Cerrado Denso ou Cerradão. Nestas circunstâncias podem ainda ocorrer as formações Mata Mesofítica e Mata de Galeria. Quando um fator limitante adicional atua plenamente, como é o caso da saturação hídrica dos solos em áreas de surgências, a vegetação típica dos Cerrados passa a ser substituída por campos Inundáveis, Veredas ou Campos de Murundus. No estrato herbáceo os Cerrados apresentam como espécies dominantes o Capim-Flechinha (Echinolaena inflexa) e diversas espécies dos gêneros Agenium, Axonopus, Schizachryrium e Aristida. As principais espécies dos estratos arbóreo e arbustivo são a Lixeira (Curatella americana), o Barbatimão (Stryphnodendron adstringens e Dimorphandra mollis), o Pau-Santo (Kielmeyera coriacea), o Pau-Terra (Qualea grandiflora), Gritadeira ou Douradão (Palicourea rigida), Cagaita (Eugenia desynterica) e o Murici (Byrsonima coccolobifolia). A heterogeneidade de condições ambientais dos Cerrados é um elemento a ser levado em conta, especialmente na pesquisa agropecuária, uma vez que essa característica vai influir nas possibilidades de extrapolações de resultados. Cabe ressaltar uma característica marcante do clima dos Cerrados que é a interrupção do período de chuvas estivais. Este fenômeno, conhecido como veranico, assume importância agronômica decisiva, devido ao fato de que mais de 90% dos seus solos são fortemente ácidos e com elevada saturação de alumínio, o que limita o desenvolvimento de raízes das culturas à pequena camada da superfície do solo quando corrigida apenas com calcário (sem a aplicação concomitante do gesso agrícola). Dessa forma, o efeito da estiagem é mais acentuado nos Cerrados do que nas áreas onde o volume do solo explorado pelas raízes é maior. O estudo de mapeamento dos solos da Região dos Cerrados é bastante recente, sendo a EMBRAPA/SNLCS a principal responsável por este levantamento, quando em 1981 publicou o Mapa de Solos do Brasil, em escala 1:5.000.000. Neste Mapa, devido à escala cartográfica utilizada, as unidades de solos mapeadas foram constituídas por associações de solos em que apenas os componentes principais são indicados. Baseado no Mapa de Solos do Brasil, verifica-se que os Latossolos ocupam a maior parte da área total do Cerrado brasileiro, com uma área de 993.330 km2 (48,8%). Os solos de Areia Quartzosas ocupam uma área de 309.715 km2 (15,2%); os solos Podzólicos ocupam uma área de 307.677 km2 (15,1%); os solos Litólicos ocupam uma área de 148.134 km2 (7,3%); os solos tipo Lateritas Hidromórficas ocupam uma área de 122.664 km2 (6,0%); os solos Cambissolos ocupam uma área de 61.943 km2 (3,0%); os Solos Concrecionários ocupam uma área de 57.460 km2 (2,8%); as terras Roxas ocupam uma área de 34.231 km2 (1,7%), enquanto outros tipos de solos ocupam uma área total de 19.154 km2 (0,9%). Por esta estatística apresentada, verifica-se a importância que os Latossolos desempenham no Cerrado brasileiro. Processo de Formação do Solo Por serem os Latossolos e Podzólicos os solos mais representativos da Região Sudeste, os seus processos de formação serão descritos, porém de forma reduzida. Latolização É importante destacar que o processo de latolização consiste na remoção de sílica e bases do perfil do solo. Os solos oriundos desse processo são aqueles que apresentam horizonte B latossólico, os mais velhos da crosta terrestre, ocupando, portanto, as partes velhas (há muito tempo expostas) da paisagem. Em geral, além de se apresentarem em maior proporção na paisagem, ocupam também as superfícies mais elevadas em relação à paisagem circundante. Essa situação é comum na Região Sudeste. Em geral, os solos latossólicos são muito profundos e apresentam pouca diferenciação de horizontes, bastante intemperizados - argilas de baixíssima atividade - pouca retenção de bases e sem minerais primários facilmente intemperizáveis. Além disso, devido à grande lixiviação a que estão sujeitos, tanto a sílica como outros elementos são removidos do perfil do solo, promovendo um enriquecimento relativo de óxidos de ferro e de alumínio. Estes, como agentes agregantes (cimentantes), provocam grande macroporosidade, dando à massa de solo aspecto maciço poroso (esponjoso), resistência à erosão e alta friabilidade, facilitando, assim, o trabalho no solo, mesmo depois das chuvas. Os Latossolos são solos fortes a moderadamente drenados, muito profundos, com seqüência de horizontes A, B e C pouco diferenciados. No horizonte B latossólico os teores de argila permanecem constantes ao longo do perfil, ou aumentam levemente sem, contudo, chegar a configurar um B textural, característicos do solos Podzólicos. O horizonte B latossólico, ocorre imediatamente abaixo do horizonte A. As cores predominantes do perfil dos Latossolos variam de vermelhas muito escuras a amareladas; geralmente são mais escuras no horizonte A, vivas no B e mais claras no C. São solos minerais, não-hidromórficos, em avançado estádio de intemperização, virtualmente destituídos de minerais primários (facilmente intemperizáveis), formados por uma mistura, em que predominam óxidos hidratados de ferro e/ou alumínio, ou argilo-minerais do tipo 1:1. Os componentes granulométricos principais são a argila e areia. A argila varia de 15 a 80%. O silte apresenta-se relativamente constante quaisquer que sejam as combinações entre a argila e a areia, situando-se entre 10 e 20%. As estruturas dominantes são em forma de blocos subangulares (francamente desenvolvidos), ultrapequena granular ou maciças. Quimicamente, os Latossolos são em sua quase totalidade distróficos, ácidos e com baixos valores de capacidade de troca catiônica (CTC). Os valores de pH situam-se entre 4,0 e 5,5, o que caracteriza como fortes e medianamente ácidos. Os valores da soma de bases (SB), na maioria dos Latossolos, são bastante baixos, variando de 0,2 a 3,8 meq/100g de solos (atualmente cmolc/dm3 nos horizontes superficiais, com exceção dos desenvolvidos a partir de rochas básicas, em que os valores situam-se em torno de 6,1 cmolc/dm3. Nas camadas inferiores do perfil, aqueles valores decrescem consideravelmente. A maior contribuição para o total das bases é devida ao cálcio (Ca) e a menor, quase insignificante, ao sódio (Na). Os teores de potássio (K) são em geral muito baixos. Os teores de carbono (C) em Latossolos argilosos variam de 0,5 a 2,4 % (atualmente dag/kg nas camadas superficiais, decrescendo até 0,2 dag/kg nas camadas inferiores, valores esses considerados de médio a altos. Em solos de textura média, os teores de C são menores. Além de ser fonte de nutrientes, a matéria orgânica melhora as condições físicas do solo, aumenta a capacidade de retenção de água e é responsável, em grande parte, pela CTC. Os valores médios de CTC no horizonte A dos Latossolos argilosos variam entre 3,9 a 13,9 cmolc/dm3, enquanto nos de textura média situam-se entre 4,3 e 5,1 cmolc/dm3. Os valores médios da CTC efetiva, obtida pela soma de SB + Al, foram extremamente baixos, ficando na casa de 1,1 cmolc/dm3. Este fato evidencia reduzido número de cargas próximo ao do pH natural, o que, juntamente com os baixos teores de bases, indica limitada reserva de nutrientes para as plantas. A porcentagem de saturação de bases (V) na maioria dos Latossolos é inferior a 50%, o que caracteriza solos distróficos. Em áreas localizadas com perfis desenvolvidos de sedimentos provenientes de rochas básicas, podem ocorrem Latossolos Roxos ou Vermelho-Escuro eutróficos (solos com saturação de bases superior a 50%). Os Latossolos,na maioria, são álicos, ou seja, apresentam saturação de alumínio superior a 50%. Os teores de fósforo disponíveis são extremamente baixos, situando-se em torno de 2 ppm (atualmente mg/dm3). Podzolização Outro processo também importante na formação do solo refere-se à Podzolização, que consiste essencialmente na translocação de materiais do horizonte A, acumulando-se no horizonte B. O principal grupo de solo que sofreu o processo de Podzolização refere-se ao solos Podzólicos, também bastante representativos da pedopaisagem da Região Sudeste. Se o material translocado do horizonte A para o B for argila silicatada (material de origem geralmente mais argiloso), depositando-se nas superfícies das estruturas (agregados) do horizonte B e formando cerosidade, tem-se um solo B textural (ou podzólico). Se o material translocado é matéria orgânica e óxido de ferro e de alumínio, o que geralmente acontece quando o material de origem é pobre em argila (por exemplo, quartzito, ou arenito pobre) e a drenagem é deficiente, tem-se um solo com B podzol. A área bioclimática típica desse solo está nas regiões frias do globo, com vegetação de coníferas, mas algumas condições locais podem dar origem a estes solos, mesmo em regiões mais quentes. Assim, sobre o processo de Podzolização, pode-se concluir: os solos podzolizados têm horizontes bem diferenciados, provocados pela translocação; os solos com B podzol são muito pobres e ácidos, visto que a vegetação, quando se decompõe, dá grande acidez ao solo e o material de origem é muito pobre; os solos com B textural são mais férteis do que os com B podzol, apresentando mais argila no horizonte B que no horizonte A; tanto os solos com B podzol quanto os com B textural, se estão em relevo movimentado, tendem a ser facilmente erodíveis, por causa do material arenoso e sem estrutura que apresentam, no horizonte. No caso do B textural, principalmente, por causa da diferença de textura entre os horizontes dificultando infiltração de água, há favorecimento do processo de erosão. Principais Segmentos da Pedopaisagem A Região Centro-Oeste, onde predomina a formação de Cerrados, caracteriza-se por apresentar o solo, e em particular o horizonte "Cr", muito profundo, embora haja grandes afloramentos rochosos. Em geral, os solos são velhos e empobrecidos, encontram-se em franco processo de remoção. Os solos mais jovens e férteis são encontrados nas partes mais baixas, que vão penetrando vale acima, criando novas relações entre o homem e o solo. Além da grande profundidade e da espessura desproporcional entre solum e horizonte C, há um perfil de cor típica, da rocha fresca à superfície: o horizonte C profundo é tipicamente de coloração rósea (mais avermelhado quando úmido); próximo à rocha fresca ele se torna acinzentado e em direção à superfície é substituído por um horizonte B amarelado ou avermelhado. Quando o horizonte C róseo é estreito ou a cor cinzenta vem até à base do horizonte B (ausência de cor rósea), o horizonte B tende a ser vermelho e eutrófico (Podzólicos Vermelho-Amarelos e Podzólicos Vermelho-Escuros). Se o horizonte C róseo é profundo, o horizonte B é amarelado (Latossolo Vermelho-Amarelo e Latossolo Una); Latossolo Vermelho-Escuro pode ocorrer, mas, em geral, não é, muito expressivo. Nos casos em que o processo erosivo é muito intenso e o solum é muito raso, ocorrem Cambissolos. Os Latossolos, os Podzólicos e as Areias Quartzosas são, de fato, as três grandes classes de solos que dominam a Região dos Cerrados, podendo se apresentar tanto nas regiões mais acidentadas, quanto em regiões mais planas. O relevo característico em grande parte dessa região é representado pela Figura 1. Nessa Figura, é descrita a situação de cada um dos segmentos que compõem a referida pedopaisagem. Vale ressaltar que esta situação apresentada na Figura 1, embora sendo mais característica da área dos morros florestados da Região Sudeste, pode também ser encontrada nas demais regiões fisiográficas do País, como é o caso da Região Centro-Oeste coberta por extensas áreas de Cerrados. Figura 1. Toposseqüência característica da Região Sudeste do Brasil. A seguir, é descrito cada um desses segmentos, localizando alguns aspectos relacionados ao seu uso, objetivando a exploração animal. A – Leito Menor. Caracterizado pela presença de fontes de água da propriedade, normalmente constituído por olhos-d'água, minas d'água, córregos, riachos e rios, açudes, etc. B – Leito Maior. Este segmento é caracterizado por inundações periódicas, ora permanecendo encoberto de água por períodos prolongados, ora inundados, porém com escoamento rápido do excesso de água. Além disso, sobressai por um enriquecimento de sua fertilidade natural, mercê das constantes inundações, que depositam grande quantidade de colóides na superfície do solo. Em decorrência desses freqüentes alagamentos, este segmento apresenta fortes limitações relativas à drenagem e à mecanização motorizada; é normalmente utilizado com forrageiras resistentes ao encharcamento, citando como exemplo: capim-angola, estrela africana, tangola, coast-cross e setária. Por ser o capim-elefante uma planta que não se adapta a solos com problemas de drenagem, o leito maior não é recomendado para o seu cultivo. Da mesma forma, este segmento não é recomendado para o cultivo de forrageiras dos gêneros Panicum ou Brachiaria. C – Terraço. É também um segmento plano da paisagem, porém mais elevado que o leito maior, não sujeito às inundações. Caracteriza-se também por apresentar fertilidade natural bastante elevada, além de não apresentar impedimento à motomecanização. Em geral, é usado com as culturas de milho, sorgo, feijão, arroz de sequeiro etc. Se usado para pastagens, deverá ser cultivado com espécies que apresentem alto potencial de produção de biomassa, relevando-se: capim-elefante, Panicum maximum, estrela africana, coast-cross, milho, sorgo e cana-de-açúcar. D – Meia-Encosta. Sua forma côncava facilita a deposição de partículas de solo, removidas dos segmentos (E) e (F) pelo processo de erosão, enriquecendo sua fertilidade natural. Em geral, pode ser cultivado usando-se tração animal e/ou mecanizada. Por apresentar maior fertilidade natural e possibilidade de mecanização, deverá ser cultivado com forrageiras que apresentem alto potencial de produção de biomassa. E – Morro (Área côncava e convexa) - Caracterizado por solos de baixa fertilidade natural e forte impedimento à mecanização motorizada. Em razão desta baixa fertilidade natural e declive acentuado, é recomendado para cultivos com forrageiras que apresentem características de tolerância a fatores de acidez de solo; adaptação à baixa fertilidade natural; rapidez na cobertura do solo, após plantio; boa capacidade de produzir sementes, dentre outras. As forrageiras mais indicadas para serem usadas neste segmento são: braquiárias (especialmente B. ruziziensis e B. decumbens), Hyparhenia rufa (capim-jaraguá) e capim-gordura (Melinis minutiflora), dentre outras. Salienta-se, ainda, que o cultivo desta área implica emprego de práticas conservacionistas de manejo do solo. F – Topo do Morro. Caracteriza-se por apresentar, geralmente, baixa fertilidade natural; entretanto, permite o uso de mecanização por tração motorizada. Neste segmento, poderão ser cultivadas forrageiras adaptadas a solos de baixa fertilidade e acidez elevada. Poderá também ser cultivado com forrageiras que apresentem alta capacidade de produção de biomassa; neste caso haverá necessidade de se elevarem os níveis de calagem e de adubação de plantio e de manutenção. O capim-elefante, assim como as cultivares do gênero Panicum, bem como as forrageiras milho, sorgo e cana-de-açúcar (recursos forrageiros usados como suplementos volumosos para a época seca do ano) são plantas extremamente sensíveis ao encharcamento do solo. Assim, as áreas da propriedade sujeitas a inundações ou elevação do lençol freático, como é o caso do segmento B, apresentado na Figura 1, não são indicadas para o cultivo dessas forrageiras. Além dessa limitação, áreas com declive acima de 25 a 30% (segmento E) não devem também ser empregadas. A não-recomendação das áreas de relevo mais acidentado deve-se à dificuldade de mecanização, bem como às perdas de solo e água pela erosão, e pelas dificuldades de adoção de práticas racionais de conservação de solo. Assim, as áreas da propriedade mais indicadas ao cultivo destes recursos forrageiros são o terraço e meia-encosta (segmentos C e D), áreas estas não-sujeitas às inundações. Essas áreas, além de não apresentarem impedimento à mecanização, são também as que apresentam os solos de fertilidade natural mais elevada. Manejo de Solo em Áreas de Relevo Acidentado O manejo de solo em áreas de relevo acidentado constitui prática importante durante o estabelecimento de forrageiras, uma vez que o manejo mal conduzido acarretará perdas apreciáveis de solo, aumentando ainda mais sua degradação. Dependendo da espécie forrageira a ser implantada, há necessidade do estabelecimento de práticas conservacionistas, tais como: terraços e cordões de contorno. Para exemplificar, na Figura 1 são apresentados resultados de perda de solo por erosão, numa pastagem degradada de capim-gordura, com aproximadamente 40% de declive em função dos tratamentos de manejo de solo que consistiram de diferentes proporções de área preparada. Perdas relativas de solo por erosão Figura 1 - Perdas relativas de solo por erosão, comparando-se sistemas de preparo do solo para a recuperação de pastagens. Verifica-se que no preparo A, onde o solo permaneceu durante todo o período de avaliação descoberto, a perda relativa de solo foi de 100%, ao passo que nos outros dois tratamentos as perdas de solo sofreram redução bastante expressiva. No preparo B, onde o solo foi totalmente preparado (aração e gradagem, seguido de adubação e plantio a lanço de capim-gordura), a perda de solo ao final do período experimental reduziu em 58%, em relação ao tratamento A. Quando o solo foi preparado em faixas e em nível, adubado e seguido de semeadura da forrageiras, (preparo C), cujas áreas preparadas corresponderam de um terço a dois terços da área total, as perdas de solo reduziram em média 93%. Esses resultados confirmam a importância da cobertura vegetal do solo, no controle da erosão e, principalmente, a manutenção de faixas de retenção, durante as operações de preparo do solo para a formação de pastagens em áreas declivosas. A redução ocorrida no preparo de solo C é de extrema importância, não só para a pastagem, pois evita que haja perdas de nutrientes e água durante o processo erosivo mas, principalmente, por manter-se quase que inalterado, do ponto de vista de fertilidade natural, o solo, um recurso natural não-renovável. Do ponto de vista prático, vale a pena destacar que as faixas devem ter largura média de dois metros. Essa largura facilita a operação de gradagem do solo, uma vez que as grades de tração animal têm, em média, dois metros de largura. Além disso, dependendo dos resultados da análise do solo, há necessidade de se fazer recomendações de calagem e adubação nas faixas a serem preparadas. Na Embrapa Gado de Leite, observou-se que, ao se usar o processo de recuperação uma forrageira com grande capacidade de sementeação, como é o caso das braquiárias, as faixas não-preparadas tiveram sua cobertura vegetal (em geral capim-gordura), totalmente substituída pela braquiária. A Figura 2 apresenta com detalhes o processo de estabelecimento em faixas, em áreas declivosas. Plantio de forrageiras em áreas montanhosas Figura 2 – Plantio de forrageiras em áreas montanhosas, por meio de faixas (a) cultivadas em nível e intercaladas por faixas de retenção (b), não cultivadas. Dependendo da espécie forrageira a ser implantada, especialmente se for uma forrageira "agressiva", como é o caso das braquiárias, as faixas poderão ser substituídas por sulcos em nível, alternados com áreas não-preparadas. A escolha de faixas ou sulcos dependerá da declividade do terreno. Sugerem-se sulcos em terrenos muito íngremes, onde o preparo das faixas é dificultado. O preparo de solo em áreas declivosas, com o uso de sulcos em nível, é também bastante adotado para o estabelecimento de leguminosas forrageiras.
Introdução A exploração de caprinos e ovinos é uma atividade que tem despertado interesse de produtores, tendo em vista o aumento da demanda, principalmente pela carne ovina e o leite caprino. Ressalte-se que o uso desses produtos pecuários por toda a população expande-se desde o acesso em grandes restaurantes e redes de supermercados, geralmente associados a criadores mais tecnificados, até consumidores de menor poder aquisitivo e condições de criação com menor grau de tecnificação. O estudo de mercado ainda é deficitário para a maioria dos criatórios de ovinos e caprinos leiteiros. Além disso, a falta de um manejo nutricional adequado, a reduzida disponibilidade de alimentos em determinados períodos do ano, geralmente resultando em dietas com inadequado valor nutritivo, têm sido convertidos em prejuízos à quantidade e à qualidade dos produtos fornecidos ao consumidor. Diante desse cenário, é preciso desenvolver técnicas que propiciem a melhoria dos índices produtivos e otimizem o uso de recursos alimentares disponíveis, especialmente associando-o ao conhecimento sobre o valor nutritivo de alimentos alternativos e tradicionais e os dados mais recentes sobre as exigências nutricionais de pequenos ruminantes distribuídos em categorias produtivas. Por fim, a difusão técnica dessas informações propiciará melhores ajustes dietéticos e melhores estratégias de suplementação alimentar, visando o aumento da eficiência produtiva e econômica. Na presente revisão, pretende-se dar ênfase às medidas de manejo nutricional específicas à criação de ovinos e caprinos, conforme as categorias produtivas em recomendações para ambas as espécies, no tocante ao que é comum entre elas, independentemente da aptidão produtiva. Pré-Monta Dietas com maior teor nutritivo, notadamente em energia, são oferecidas às fêmeas ao longo de duas a três semanas que antecedem a estação de monta e nas duas semanas posteriores. Esse manejo é conhecido por flushing. Como vantagens, podem ser destacadas: alta apresentação de cios no momento da cobertura, aumento da taxa ovulatória, maior concepção e sobrevivência embrionária e maiores taxas de fertilidade e prolificidade. Muitos produtores utilizam essa técnica para corrigir a condição nutricional dos animais antes de entrar na estação de monta. Fêmeas com escore de condição corporal (ECC) adequado (3,0 e 4,0) dispensam tal manejo, uma vez que trabalhos relatam que a superalimentação durante a fase inicial da gestação pode causar efeitos negativos sobre a viabilidade embrionária (Robinson, 1982). Estação de monta Fazendo-se o fornecimento alimentar adequado no período pré-monta, geralmente se atinge o desejável durante a estação de monta, que são as maiores taxas de fertilidade e fecundidade. De acordo com Fraser e Stump (1989) apud Rogério et al. (2011), é desejável que na fase reprodutiva os animais estejam com ECC entre 3 e 4. Caso as fêmeas não tenham atingido a condição corporal entre 3 e 4 após a dieta de flushingpré-monta, é recomendável observar aspectos de sanidade, divisão adequada de lotes quanto ao tamanho, peso e idade e se realmente os alimentos ofertados apresentavam a qualidade nutritiva no momento da oferta, conforme foi estabelecida na formulação. Nesse caso, é recomendável que continuem recebendo o flushing, após corrigida alguma possível falha no manejo, a fim de que entrem na estação de monta apenas quando o escore estiver entre 3 e 4. Assim, os escores derverão ser acompanhados em cada fase produtiva: durante o início e meio da gestação, o ECC deve estar entre 2,5 e 4; no terço final da gestação, deve estar entre 3,0 a 3,5; e 3,5 a 4,0 para gestantes com 1 e 2 fetos, respectivamente. Após o parto e no início da lactação, o ECC deve ser de no mínimo 2,0. É importante ressaltar que fêmeas em início de gestação não devem perder mais do que 7% do seu peso, pois conforme esses autores, essa redução acarreta mudanças de 0,5 na condição corporal dos animais. Na Figura 1, é possível observar o escore de condição corporal em função da fase do ciclo produtivo. Figura 1. Escore de condição corporal (ECC) em função da fase do ciclo reprodutivo-produtivo. Fonte: Cesar e Souza (2006). Gestação Na fase inicial da gestação, as exigências nutricionais das ovelhas devem ser calculadas para exceder ligeiramente a mantença (ALBUQUERQUE et al., 2005; SUSIN, 1996). Geralmente, a utilização de uma dieta à base de forrageiras de boa qualidade é suficiente para atender as exigências nesse período (ALBUQUERQUE et al., 2005). Nesta fase, o crescimento fetal equivale a 10-15% do peso do cordeiro (BELL et al., 1995). Devido a esse fato, maior atenção deve ser dada às fêmeas no terço final de gestação (Figura 2). Figura 2. Desenvolvimento fetal em pequenos ruminantes ao longo da gestação. Fonte: Sahlu e Goetsch (1998) Nas últimas semanas de gestação, as ovelhas exigem maior aporte de nutrientes em menor volume de alimentos por conta da redução do espaço abdominal para o rúmen. Ajustes na dieta devem ser realizados, especialmente com a inclusão de alimentos de maior densidade energética (ROGÉRIO et al., 2011). Como há diferenças nas exigências de ovelhas de primeira gestação com aquelas mais velhas (3-6 anos), assim como a prolificidade (número de crias/parto), torna-se necessário adotar um programa alimentar diferenciado para cada lote (ALBUQUERQUE et al., 2005). Segundo esses autores, essa estratégia deve persistir após o parto, visando melhores condições de recuperação devido à gestação e objetivando o início da lactação. O incremento dos teores energético-proteicos das dietas, pelo uso de alimentos concentrados, funciona como estimulante de consumo, além de promover o desenvolvimento das papilas ruminais, necessárias à melhor absorção de nutrientes para o feto, uma vez que o seu desenvolvimento é afetado pelo plano nutricional da fêmea durante a gestação (MELLOR, 1987). Na Tabela 1, podemos observar as exigências nutricionais das fêmeas durante a gestação. O metabolismo fetal tem prioridades nutricionais, e o peso da cria ao nascer é proporcional ao plano de nutrição da matriz. Animais mal nutridos durante a gestação apresentam maior tempo de recuperação pós-parto, maiores intervalos entre partos, menor número de partos duplos, entre outros problemas (MACEDO JUNIOR et al., 2006). Situações em que fêmeas ao final da gestação sofreram restrição severa e abrupta apresentaram decréscimo da taxa de crescimento fetal em até 40% (MELLOR, 1987). Se a restrição prosseguir por mais de duas semanas nesta fase, as perdas podem ser ainda maiores. O manejo de ovelhas e cabras em terço final de gestação implica na compreensão de que esses animais apresentam exigências elevadas, já que 70% do crescimento fetal ocorre nesse período. Recomenda-se melhorar o plano nutricional, com utilização de forrageiras de boa qualidade e concentrado. Pimenta Filho et al. (2007) avaliaram o desenvolvimento de cordeiros Morada Nova a partir do fornecimento às mães de diferentes níveis de energia metabolizável dietéticos (2,2; 2,8 e 3,4 Mcal/dia) no terço final de gestação. De acordo com o estudo, o efeito “nível energético dietético” não influenciou o peso dos cordeiros ao nascimento e até às quatro primeiras semanas de vida, nem a composição do colostro das matrizes (P>0,05), mas os autores ressaltaram um possível direcionamento dos nutrientes dietéticos para os tecidos fetais e mamários, visto que a mobilização de reservas não foi observada nesse estudo. Apenas as fêmeas que receberam 3,4 Mcal/dia no trabalho de Pimenta Filho et al. (2007) aproximaram-se da recomendação de ECC feita por Fraser e Stump (1989), citado por Rogério et al. (2011), sendo observados valores médios de ECC de 2,25; 2,5 e 2,8 para os animais consumindo dietas com 2,2; 2,8 e 3,4 Mcal/dia, respectivamente. Tabela 1. Exigências nutricionais de ovelhas adultas e cabras leiteiras adultas, em gestação. Início da gestação Espécie No de crias Peso (kg) Ingestão de Nutrientes CMS NDT PB (40% CPNDR) Ca P Ovelhas 1 40 0,99 0,52 79 3,4 2,4 50 1,16 0,61 91 3,8 2,8 60 1,31 0,70 103 4,2 3,2 2 40 1,15 0,61 95 4,8 3,2 50 1,31 0,70 107 5,4 3,7 60 1,51 0,80 124 5,9 4,2 3 ou mais 40 1,00 0,67 98 5,4 3,3 50 1,46 0,77 123 6,5 4,4 60 1,65 0,87 137 7,1 4,9 Cabras 1 30 0,98 0,52 79 3,8 2,2 40 1,21 0,64 96 4,2 2,5 50 1,42 0,75 111 4,4 2,8 2 30 1,08 0,57 93 5,5 2,9 40 1,32 0,70 111 5,8 3,2 50 1,55 0,82 129 6,2 3,6 3 ou mais 30 1,14 0,61 101 7,0 3,5 40 1,40 0,74 122 7,3 3,9 50 1,64 0,87 140 7,6 4,2 Final da gestação Espécie No de crias Peso (kg) Ingestão de Nutrientes Ovelhas 1 40 1,00 0,66 96 4,3 2,6 50 1,45 0,77 120 5,1 3,5 60 1,63 0,86 134 5,7 4,0 2 40 1,06 0,85 123 6,3 3,4 50 1,47 0,97 148 7,3 4,3 60 1,65 1,09 165 8,1 4,8 3 ou mais 40 1,22 0,97 144 7,7 4,1 50 1,41 1,12 165 8,7 4,7 60 1,57 1,25 183 9,5 5,2 Cabras 1 30 1,09 0,72 112 4,0 2,4 40 1,33 0,88 134 4,3 2,7 50 1,94 1,03 169 5,2 3,5 2 30 1,09 0,87 134 5,5 2,9 40 1,59 1,05 169 6,2 3,6 50 1,85 1,23 194 6,6 4,0 3 ou mais 30 1,20 0,95 151 7,0 3,6 40 1,47 1,17 181 7,4 4,0 50 1,70 1,36 205 7,7 4,3 Adaptada do NRC (2007). CMS – Consumo de matéria seca (kg/dia), NDT – Nutrientes digestíveis totais (kg/dia), PB – Proteína Bruta (g/dia) proporcional ao consumo de 40% de proteína não degradável no rúmen (CPNDR), Ca – Cálcio (g/dia), P – Fósforo (g/dia). Parto A viabilidade e o desenvolvimento pós-natal das crias são influenciados diretamente pelo aporte energético dado às matrizes no periparto (PIMENTA FILHO et al., 2007). Segundo esses autores, uma ovelha subnutrida no último terço da prenhez terá cordeiros com menor peso ao nascimento, mesmo que o plano nutricional durante os primeiros 100 dias de gestação tenham sido adequados. Inversamente, um alto nível nutricional no último terço da gestação produzirá cordeiros normais, ainda que a nutrição no início da gestação tenha sido deficitária. Isso, entretanto, não quer dizer que podem ser negligenciadas as fases anteriores ao periparto, pensando-se em manejo nutricional adequado. Para que a ovelha atinja todo o seu potencial para produção leiteira, atenção especial deve ser dada a ela desde a fase gestacional, pois matrizes desnutridas durante a gestação podem ter redução do crescimento da glândula mamária e consequente comprometimento da lactação (ALBUQUERQUE et al., 2005). De modo geral, todas as fases produtivas requerem cuidados especiais em termos de fornecimento de nutrientes em níveis adequados. No momento do periparto (terço final de gestação e início de lactação) o adensamento de nutrientes nas dietas, pela maior exigência nutricional das matrizes nessa fase produtiva, faz-se necessário (ROGÉRIO et al., 2011). As exigências nutricionais das fêmeas no início da lactação são geralmente elevadas e, ao mesmo tempo, a capacidade ruminal ainda se encontra diminuída em virtude da incompleta involução uterina. Esses dois fatores associados implicam geralmente na mobilização de tecidos (gordura principalmente) no começo dessa fase (ALBUQUERQUE et al., 2005). As exigências nutricionais das ovelhas em lactação variam ao longo das fases do ciclo produtivo. Os sistemas de produção podem adotar intervalos de Partos (IP) de 8 ou 12 meses. Para que o sistema funcione bem com intervalos mais curtos, as fêmeas devem ter alimentação de alta qualidade durante todo o ano, uma vez que serão bem mais exigidas. Além de oferecer volumosos de boa qualidade, cerca de 500 g/dia de concentrado, mais 200 a 300 g/dia por kg de leite produzido, de acordo com a fase de lactação deverão ser oferecidos (OLIVEIRA et al, 2011). Se os intervalos entre partos são mais longos (acima de 12 meses, por exemplo) a suplementação pode ser diminuída para 200 g/dia com volumosos de boa qualidade. Cada caso é um caso, e o acompanhamento de um profissional graduado em veterinária, zootecnia ou agronomia, com conhecimentos específicos em nutrição de ruminantes, poderá ser necessária para o adequado ajuste dietético. Para facilitar a compreensão da necessidade dos ajustes necessários durante a lactação da fêmea ovina, as fases de lactação foram divididas. Na primeira fase, ou início da lactação, as exigências nutricionais aumentam rapidamente, concomitantemente ao aumento da produção de leite, que tem o pico de produção atingido entre a 6ª e a 9ª semana. Porém, o pico da ingestão de alimentos não coincide com o pico de produção de leite, de maneira que a ingestão de nutrientes é insuficiente, provocando o emagrecimento. No primeiro mês de lactação, as fêmeas podem perder até 900 g de tecido adiposo por semana para manter a produção de leiteira, no 2º mês a perda média é de 450 g (OLIVEIRA et al, 2011). É possível visualizar esse comportamento na Figura 3 (abaixo). Figura 3. Evolução da produção de leite, ingestão da matéria seca e peso vivo de cabras leiteiras de alta produção, considerando-se um intervalo entre partos de 12 meses. Fonte: Sahlu e Goetsch (1998). Para amenizar a perda de peso, é aconselhável utilizar rações palatáveis e com elevada densidade energética, sem se esquecer do fornecimento da quantidade mínima de fibra. De acordo com Macedo Júnior (2004), pelo menos 28,08% de FDN devem ser incorporados nas dietas de fêmeas ovinas no final da gestação. Durante a fase 2, a capacidade de ingestão das fêmeas é restabelecida, enquanto a produção de leite começa a diminuir. O peso corporal passa a aumentar de 0,6 a 1,9 kg por mês. Essa fase pode variar conforme o intervalo de partos, caso seja de 12 meses, dura cerca de 5 meses, e apenas 1 mês quando o IP for de 8 meses (OLIVEIRA et al., 2011). Para a fase 3, a fêmea já pode, inclusive, estar gestante novamente (três meses de gestação). Nesse caso, o animal começa a acumular reservas corporais para a próxima lactação. E por fim, na fase 4, correspondente ao terço final de gestação, implica no aumento na demanda por nutrientes. O ganho de peso durante a fase varia de 6 a 9 kg e corresponde principalmente ao crescimento do(s) fetos(s). É recomendado utilizar volumoso de boa qualidade, preferencialmente feno, e 500 a 800 g de concentrado/cabeça/dia (OLIVEIRA et al., 2011). Caso utilize silagem, essa não deverá ser o único volumoso, pelo baixo teor de matéria seca. Tabela 2. Exigências nutricionais de ovelhas adultas e cabras leiteiras adultas, no início e no final da lactação. Espécie No de crias Produção de leite (kg/dia) Peso (kg) Ingestão de Nutrientes Início da lactação CMS NDT PB (40% CPNDR) Ca P Ovelhas 1 0,71 a 1,32 40 1,09 0,72 149 4,1 3,4 50 1,26 0,83 169 4,6 3,9 60 1,77 0,94 200 5,4 5,0 2 1,18 a 2,21 40 1,40 0,93 213 6,0 5,0 50 1,61 1,07 242 6,7 5,7 60 1,80 1,20 268 7,3 6,3 3 ou mais 1,53 a 2,87 40 1,36 1,08 253 7,1 5,7 50 1,88 1,24 297 8,3 7,0 60 2,09 1,38 327 9,1 7,8 Cabras 1 0,88 a 1,61 30 1,38 0,73 73 5,5 3,5 40 1,67 0,89 89 5,9 3,9 50 1,94 1,03 104 6,3 4,3 2 2,06 a 3,22 40 2,34 1,24 115 10,0 6,4 50 2,70 1,43 133 10,5 6,9 60 3,03 1,61 150 10,9 7,3 3 ou mais 3,49 a 4,82 50 2,77 1,83 136 13,7 8,5 60 3,10 2,05 153 14,1 8,9 70 3,41 2,26 169 14,6 9,4 Espécie No de crias Produção de leite (kg/dia) Peso (kg) Ingestão de Nutrientes Final da lactação Ovelhas 1 0,23 a 0,45 40 1,09 0,58 100 2,7 2,3 50 1,26 0,67 114 3,0 2,7 60 1,43 0,76 129 3,3 3,1 2 0,38 a 0,75 40 1,38 0,73 136 3,7 3,2 50 1,60 0,85 156 4,2 3,7 60 1,80 0,95 174 4,6 4,2 3 ou mais 0,55 a 0,97 50 1,83 0,97 185 5,0 4,4 60 2,06 1,09 207 5,6 5,0 70 2,29 1,21 229 6,1 5,5 Cabras 1 0,38 a 0,69 30 1,05 0,56 61 5,1 3,1 40 1,28 0,68 75 5,4 3,4 50 1,51 0,80 88 5,7 3,7 2 0,88 a 1,38 40 1,57 0,83 86 8,9 5,3 50 1,83 0,97 100 9,3 5,7 60 2,07 1,10 113 9,6 6,0 3 ou mais 1,50 a 2,07 50 2,16 1,14 112 12,8 7,7 60 2,43 1,29 127 13,2 8,0 70 2,69 1,43 141 13,6 8,4 Adaptada do NRC (2007). CMS – Consumo de matéria seca (kg/dia), NDT – Nutrientes digestíveis totais (kg/dia), PB – Proteína Bruta (g/dia) proporcional ao consumo de 40% de proteína não degradável no rúmen (CPNDR), Ca – Cálcio (g/dia), P – Fósforo (g/dia). Nascimento Nas primeiras semanas de vida, é importante a administração adequada do leite materno, ou em alguns casos, o fornecimento de sucedâneos. A partir da terceira semana de vida, a atividade enzimática do sistema digestivo das crias aumenta gradativamente, possibilitando a inclusão de outros ingredientes à dieta (DAVIS; DRACLEY, 1998). Administrar o colostro é importante por este ser rico em células de defesa (imunoglobulinas) que contribuirão com a prevenção de doenças. Em casos em que a fêmea não apresente ou tenha produção insuficiente de colostro ou em situações em que a cria não é aceita pela mãe, o neonato poderá ser colocado junto a outra fêmea recém-parida, ou então se deve proceder ao aleitamento artificial em mamadeira, preferencialmente nas primeiras 3 horas de vida (OLIVEIRA et al., 2011). Se o colostro estiver congelado, deverá ser descongelado em banho-maria. Na Tabela 3 está apresentado um exemplo de esquema de aleitamento artificial. Os cuidados com a higiene dos materiais utilizados são fundamentais para evitar o risco de diarreias nos animais durante essa fase. A partir dos 10 dias de idade, os cordeiros já começam a ingerir alimentos sólidos. Para antecipar o desenvolvimento das papilas ruminais, o fornecimento em creep feeding é uma alternativa interessante nesta fase. Além da contribuição com o desenvolvimento papilar, o creep feeding contribui com o incremento nutricional na dieta das crias (leite), aumentando a taxa de crescimento, melhorando a eficiência alimentar e evitando o desgaste excessivo das fêmeas através da amamentação (CEZAR; SOUZA, 2006). Segundo Neiva et al. (2004), com o menor desgaste das fêmeas, é proporcionada melhoria da eficiência reprodutiva, uma vez que a cria está substituindo parcialmente o leite pelo alimento fornecido. Tabela 3. Esquema de aleitamento artificial para caprinos e ovinos Idade (dias) Tipo de leite Frequênciaa Quantidade (Litros /dia) 1 a 7 Colostro 4-5 0,5-0,8 8 a 11 Leite Ovino/caprino + bovino (2:1) 3 1,0-1,5 12 a 15 Leite Ovino/caprino + bovino (1:1) 3 1,0-1,5 16 a 19 Leite Ovino/caprino + bovino (1:2) 3 1,5-2,0 20 a 83 Bovino 3 2,0 84 a 90 Bovino 1 1,0 aNúmero de aleitamentos por dia. Adaptado de Oliveira et al. (2011). Desmama O consumo de alimento pelos cordeiros com duas a seis semanas de idade está ligado à palatabilidade, forma física da ração e das condições do ambiente em que o manejo será adotado (NEIVA et al., 2004). Os mesmos autores ressaltaram que o concentrado deve ter proteína com alta digestibilidade, energia prontamente disponível, minerais com alta disponibilidade biológica, bem como vitaminas. Com esse adensamento nutritivo, o creep feeding torna-se indispensável para encurtar o tempo de acabamento dos animais para abate (SAMPAIO et al., 2001). O fornecimento de volumosos de alta qualidade também é recomendado, pois contribui para o desenvolvimento da capacidade de ingestão de alimentos. Além da curva de crescimento dos cordeiros nesta fase estar em franca ascendência, a intenção de se reduzir o tempo até o abate denota a necessidade de incorporação de dietas concentradas para potencializar o desenvolvimento. Ao avaliar um nível de energia que fosse ideal para esta fase, Garcia et al. (2003) incorporaram às dietas de cordeiros Suffolk níveis de 2,6; 2,8 e 3,0 Mcal de energia metabolizável/ kg MS em sistema de creep feeding. Esses autores verificaram que a dieta com 3,0 Mcal proporcionou o melhor desempenho aos animais. Dependendo da necessidade por sistemas mais intensivos de produção e dos preços relativos de alimentos concentrados, a suplementação em creep feeding ao contribuir com o desenvolvimento papilar ruminal pode representar importante estratégia inclusive para antecipar o desmame (FRESCURA et al., 2005). Nesse tocante, Borges et al. (2005) destacaram a oportunidade para ovinocultores nordestinos utilizarem subprodutos oriundos do processamento de frutas como substitutos ao tradicional binômio milho: farelo de soja. Oliveira et al. (2009), por sua vez, avaliaram o efeito de dois sistemas de alimentação (pastagem nativa ou pastagem cultivada e irrigada na época seca), três grupos genéticos (½Dorper x ½Sem Raça Definida - SRD, ½Santa Inês x ½SRD e ½Somalis Brasileira x ½SRD), sexo, tipo de nascimento e ordem de parto sobre o peso ao nascimento (PN), peso a desmama (PD) e ganho de peso diário (GPD) do nascimento à desmama (Tabela 4). Considerando-se a coleta de dados relativa a três anos consecutivos na Embrapa Caprinos e Ovinos (Sobral-Ceará), verificou-se que os cordeiros do sistema de pastagem nativa foram superiores. Uma das formas para incrementar o desempenho das crias a pasto é o creep grazing. Essa estratégia consiste em permitir aos cordeiros o acesso restrito a um pasto de melhor qualidade, sem que eles percam o contato visual da mãe. De acordo com Poli et al. (2008), o tempo para se atingir o peso ao abate utilizando-se o creep grazing seguido de terminação em confinamento é bem aproximado daquele que é obtido utilizando-se o creep feeding seguido de terminação em confinamento. O período de desmama ideal é aquele que considera o modelo de sistema produtivo utilizado. Se a intenção é realizar a terminação em confinamento, por exemplo, a desmama pode ser precoce (em torno de 60 a 70 dias). Para isso, o acompanhamento do ECC dos cordeiros/cabritos (deve ser de no mínimo 3), a formulação de uma dieta para ganho de peso após um período pré-desmama com uso de creep feeding ou creep grazingsão preponderantes para a terminação de cordeiros/cabritos com adequado acabamento. Além disso, o uso de grupos genéticos que tenham potencial produtivo para responder mais rapidamente a esse tipo de dieta. Planejamento alimentar e qualidade nutritiva dos alimentos ofertados também são essenciais. Tabela 4. Valores médios estimados (média ± desvio padrão) pelo método dos quadrados mínimos para peso ao nascimento (PN), peso ao desmame (PD) e ganho de peso diário (GPD) Efeitos PN (Kg) PD (Kg) GPD (g) Sistemas de alimentação Pastagem nativa 3,19 ± 0,06a 17,07 ± 0,31a 147 ± 3a Pastagem cultivada 3,25 ± 0,06a 14,04 ± 0,29b 116 ± 3b Grupo genético ½ Dorper X ½ SRD 3,41 ± 0,06a 16,02 ± 0,33a 135 ± 3a ½ Santa Inês X ½ SRD 3,16 ± 0,07b 15,07 ± 0,34b 127 ± 3b ½ Somalis X ½ SRD 3,08 ± 0,06b 15,58 ± 0,31ab 132 ± 3ab Sexo Fêmea 3,12 ± 0,06b 15,21 ± 0,29b 128 ± 3b Macho 3,31 ± 0,06a 15,90 ± 0,30a 134 ± 3a Tipo de nascimento Simples 3,40 ± 0,07a 17,24 ± 0,28a 147 ± 3a Duplo 3,03 ± 0,07b 13,87 ± 0,33b 115 ± 3b Ordem de parto 1 2,96 ± 0,11c 15,13 ± 0,54a 129 ± 5b 2 3,04 ± 0,08bc 14,81 ± 0,40a 126 ± 4b 3 3,25 ± 0,06a 15,96 ± 0,29a 135 ± 3ab 4 3,22 ± 0,15abc 16,86 ± 0,70a 146 ± 7a 5 3,24 ± 0,08ab 15,66 ± 0,37a 132 ± 3ab 6 3,31 ± 0,06a 15,75 ± 0,30a 132 ± 3ab 7 3,25 ± 0,06a 15,85 ± 0,30a 134 ± 3ab 8 3,47 ± 0,39a 14,45 ± 1,85a 117 ± 18c aMédias seguidas pela mesma letra na coluna, dentro de cada efeito avaliado, não diferem pelo teste t (P>0,05).
O cultivo de batatas em baldes é uma excelente opção para a agricultura urbana e as pessoas com espaço limitado. Além de ser uma opção mais saudável, pois não tem produtos químicos. Como plantar batatas em baldes Procedimento: Comece a escolher a medida do seu cultivo. O ideal seria que o…
Aprenda como fazer uma horta no quintal. Dicas imperdíveis para ter uma horta linda e criativa, cheia de opções deliciosas! Confira!