Triennale Milano dedica un’attesissima mostra a Saul Steinberg (1914-1999), a cura di Italo Lupi e Marco Belpoliti con Francesca Pellicciari.
From the late 1940s to the mid-1960s, Steinberg had an active career as a muralist, though the works are little known, some having been destroyed, others
This small volume of drawings contains no text except publication information. It was published in 1959 by German publisher R. Piper & Co. The book has 48 interior pages. The cover is 19 x 12.5 cm.
Há anos eu sonhava com uma visita a Nova York, ou qualquer outro lugar do mundo, que coincidisse com uma exposição de Saul Steinberg. Finalmente uma exposição de Saul Steinberg — em Porto Alegre. Criança, não procure longe o que pode estar no seu jardim etc. Parece que a exposição é só de reproduções — capas da New Yorker, cartazes, coisas impressas —, mas não deixa de ser um dos acontecimentos do ano. Saul Steinberg é um cartunista que cruzou a barreira do preconceito e hoje é considerado um “artista” sério no sentido de “respeitável”. E mais, é um dos artistas mais importantes do século XX. Romeno, 65 anos, Steinberg mora nos Estados Unidos, onde acabou, depois de uma carreira no exílio que começou com um curso de arquitetura em Milão (ele disse para o Time: “A maioria dos meus colegas foi para a arquitetura como eu fui, como um disfarce ou um álibi”, podia estar falando de Porto Alegre, hoje) e passou por Portugal, a República Dominicana e até o Brasil. Na mesma entrevista para o Time, ele conta que se formou Dottore in Architetura em 1940, sob o regime fascista. No seu diploma, concedido em nome de Victor Emmanuel III, rei da Itália, rei da Albânia e (graças a Mussolini) imperador da Etiópia, estava escrito “Steinberg, Saul... di razza Ebraica”. Disse ele: “Era uma espécie de precaução para o futuro, significando que embora fosse ‘dottore’ podia ser impedido de praticar já que sou judeu. A beleza disto para mim é que o diploma foi dado pelo rei, mas ele não é mais rei da Itália. Não é mais rei da Albânia. Não é sequer imperador da Etiópia. E eu não sou arquiteto. A única coisa que resta é ‘razza Ebraica’!”. Os Estados Unidos tiveram sobre Steinberg o mesmo efeito que tiveram sobre outros emigrados da cultura européia, como Nabokov. Repulsa e fascinação, em doses iguais. O vazio da sua paisagem urbana, a vulgaridade das suas matronas oxigenadas, o pseudo-rococó da Califórnia (tudo é pseudo na Califórnia), a violência. E também a vitalidade, a criatividade, a generosidade com a arte. Como Woody Allen, outro colaborador constante da New Yorker, Steinberg é um nova-iorquino arquetípico. Seu estilo preferido é a paródia, que é a maneira que Nova York tem de se adonar da cultura dos outros, ela que é a capital mundial da cultura e não tem cultura própria, fora os grafites no subway . A paródia também é a maneira de a sensibilidade europeia participar e ao mesmo tempo manter sua distância da cultura pop. É uma das formas que toma a autodepreciação do humor judeu. Steinberg (ainda citando o Time) declara: “Deve-se ver muito do meu trabalho como uma espécie de paródia do talento.” Um dos mais hábeis artistas gráficos do mundo diz “eu quero criar uma ficção de habilidade”. Muitos dos seus quadros são evocativos, de outros estilos, outras técnicas. Ele gosta da caligrafia ultra-elaborada em que o excesso é a sua própria paródia. A paródia também é, finalmente, a arte do expatriado, o equivalente literário do exílio. Steinberg — que falsificou seu passaporte para entrar nos Estados Unidos com um carimbo que ele mesmo produziu — se delicia em imitar timbres e rubricas oficiais, assinaturas ilegíveis, carimbos, toda a ornamentação daquele trágico século do exílio, reduzido ao seu puro encanto gráfico. Em muitas das suas paisagens, o sol é substituído pela paródia de um carimbo. Luís Fernando Veríssimo, in Banquete com os Deuses
Photo by SAUL STEINBERG
1959-1961 Ogni dipintore dipinge se, a Renaissance maxim ran: every painter paints himself. Steinberg 's peculiar...
Steinberg’s inside art for The New Yorker grew more cerebral, more involved with the life of the mind than the life of the streets—in individual drawings
Artista romeno de nascimento, Saul Steinberg (1914-1999) foi um dos mais importantes artistas do século XX. Desenhista e cartunista do meio editorial de 1936 a 1999, ele percorreu considerável parte do século XX publicando em revistas de destaque do cenário mundial, em especial na The New York. A famosa capa para a New Yorker que mostrava a visão do mundo segundo o americano médio, “View of the World from 9th Avenue” foi uma das imagens mais plagiadas das artes gráficas. Também importante referência de seu trabalho foi o personagem anônimo de seus cartuns, um homenzinho narigudo que provavelmente inspirou boa parte da produção posterior do cartum, animação e propaganda. Sua influência é perceptível na obra de muitos artistas gráficos. Steinberg participou de uma “ruptura” na cultura do desenho editorial, desenvolvendo um trabalho de maior amplitude gráfica, maior integração entre forma e conteúdo, e ausência de palavras. Desta ruptura tomaram parte não apenas cartunistas estrangeiros como André François e Tomi Ungerer, como os brasileiros da geração Pasquim, Millôr Fernandes, Ziraldo, Jaguar e o baiano Lage. Cartunista híbrido que transitou por revistas e galerias, seu desenho é simples, sintético, de traço fino feito à caneta, um dos aspectos fundamentais do cartum moderno. O humor mudo também foi objeto de atenção dos pesquisadores, pois se mostra presente em praticamente todo o seu trabalho a partir dos cartuns para a New Yorker, fruto da busca do cartunista em explorar os aspectos gráficos dos desenhos. Outro aspecto observado em seus trabalhos diz respeito à ilusão gráfica, ou seja, o uso dos recursos de ambiguidade e imagens duplas. A obra “The Line”, criada em 1953 para um mural em Milão, marca um divisor de águas, inaugurando um maior interesse de Steinberg por ambiguidades gráficas (1953-1959). E em meados dos anos 60 seu estilo de desenhos urbanos feitos em cenários explosivos inspirados na história em quadrinhos underground. FAMÍLIA - Criado em uma família de classe média judaica, Saul Steinberg passou sua juventude na Roménia, que sempre lembrado como "um país em forma”, para iniciar os estudos de graduação em filosofia em Bucareste. Em 1933 partiu para Milão, onde se formou em arquitetura na Escola Politécnica, cartoons publicação na revista satírica Bertoldo . O período italiano deixou uma marca importante na vida de Steinberg, que ao longo de sua vida manteve contatos com artistas e intelectuais italianos (principalmente Aldo Buzzi), retornando várias vezes para trabalhar na Itália. Na Itália (1933-1941) ele tem sua estreia como cartunista profissional na revista Bertoldo. Em 1940 , devido a leis raciais, fui forçado a deixar a Itália para os Estados Unidos, onde começou a trabalhar para o New Yorker. Era o início de uma parceria frutuosa (642 ilustrações e 85 coberturas), durou cerca de sessenta anos. Em 1943, tendo cidadania americana, ele se alistou na Marinha, e passou os anos da guerra entre o Extremo Oriente, África e Itália. Nas décadas seguintes, ele viajou extensivamente em África, América e Europa, além de viver em Paris, Hollywood, e na Itália, e consolidando sua reputação como um caricaturista mudo, luz e profundidade. Em 1952 ele esteve visitando o Brasil, expôs no Museu de Arte de São Paulo. No mestrado do ilustrador paulistano Daniel Bueno defendida na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo de S.P., ele afirma que a mostra de Steinberg ajudou a fazer com que se tornasse a primeira referência de vários desenhistas daqui: "Diria que o cartum de Steinberg foi uma das maiores referências desde gênero moderno de cartum que passou a ser produzido: mais gráfico, mudo, sintético, abstrato". O pesquisador paulistano deixa claro que Steinberg não é o criador do humor mudo. Mas ter feito cartuns menos realistas e mais abstratos e metafóricos funcionou como um divisor de águas na área. TEMAS - 0s temas caros ao artista são muitos, mas giram em torno da consciência "da linha é uma linha": cada pessoa e cada personagem que vem da caneta de Steinberg está consciente de ser desenhada. Em outros temas que se cruzam: a identidade construída (passaportes e documentos falsos, impressões digitais, máscaras, reflexos, o da vida social (em muitos trabalhos dedicados à vida pública americana, em desfiles), uma das palavras (nas repre sentações de verbos e adjetivos como personagens de banda desenhada na representação de linguagens. Os desenhos e ilustrações de Steinberg (independentemente do tempo em Itália) têm aparecido em revistas americanas Life, Time, New Yorker e Harper's Bazaar. Sua obra mais famosa é visão do mundo de 9th Avenue, abranger uma série de New Yorker, em 1976. Seus desenhos foram expostos em mais de 80 exposições individuais e agora estão preservados em diversos museus de arte moderna em Israel, Europa e Estados Unidos. Além do design, Steinberg praticavam uma forma altamente pessoal da escultura, criando máscaras em materiais diversos. Saul Steinberg fez mais de 1,2 mil trabalhos para a New Yorker, onde trabalhou por quase 60 anos. Feitos em folhas de um caderno de 1954, eles são exemplo do ataque às "convenções que podem tornar a vida uma monótona sucessão de comportamentos previsíveis", segundo Rodrigo Naves. --------------------------------------------------------------------- Quem desejar adquirir o livro Bahia um Estado D´Alma, sobre a cultura do nosso estado, a obra encontra-se à venda nas livrarias LDM (Piedade), Galeria do Livro (Boulevard 161 no Itaigara e no Espaço Cultural Itau Cinema Glauber Rocha na Praça Castro Alves), na Pérola Negra (ao lado da Escola de Teatro da UFBA, Canela) e na Midialouca (Rua das Laranjeiras,28, Pelourinho. Tel: 3321-1596). E quem desejar ler o livro Feras do Humor Baiano, a obra encontra-se à venda no RV Cultura e Arte (Rua Barro Vermelho, 32, Rio Vermelho. Tel: 3347-4929.
I suoi disegni sognanti si scoprono fino al 1 maggio.
Meets artist Richard Lindner. Designs first Christmas cards for The Museum of Modern Art, New York; continues to provide annual black-and-white line
Saul Steinberg , Monuments, 2017.316
blog di valentina gazzoni su illustrazioni e libri per bambini, laboratori creativi per l'infanzia, grafica vintage e pubblicità vintage
Artiste, dessinateur de presse et illustrateur américain, Saul Steinberg a vu son travail publié dans le magazine The New Yorker pendant presque 60 ans. // The american artist and illustrator Saul Steinberg is renowned for his work that appeared in The New Yorker for nearly 60 years. Via the Saul...
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