JOSÉ MALHOA - Outono Óleo sobre tela - Museu do Chiado, Lisboa WILSON VICENTE - Vaqueiro e seu rebanho Acrílica sobre tela
ADOLF CHWALA - Beira de rio com pequena aldeia - Óleo sobre tela ADOLF CHWALA - Königsee - Óleo sobre tela - 60 x 90 Grande parte dos artistas paisagistas do século XIX sentiu influenciada pelo Romantismo, que se mostrava como uma das escolas mais populares no final do século anterior. A paisagem, ainda que vista como um tema secundário na pintura, que abrigava alguma cena ou acontecimento, já começava a ganhar status de cadeira importante em todas as escolas de arte, e muitos artistas surgiam especializados unicamente nessa temática. Adolf Chwala foi um dos grandes paisagistas checos, com grande influência do Romantismo em suas obras. E, mesmo que o artista tenha deixado uma grande produção e com qualidade equilibrada em toda ela, passou quase despercebido em sua época. Felizmente, nos tempos atuais, principalmente com o advento da globalização pela comunicação, muitos desses artistas “anônimos” vêm ganhando um reconhecimento por sua produção, ainda que tardiamente. ADOLF CHWALA - Área ao redor de Thaya - Óleo sobre tela - 42,5 x 61 ADOLF CHWALA - Torre Vranovska sobre Thaya - Óleo sobre tela - 75 x 100 Adolf Chwala nasceu em Praga, a 4 de abril de 1836, filho de uma família que trabalhava na produção de chapéus. Em 1851, ele foi estagiário na Academia de Praga e entre os anos de 1854 e 1855, cursou na Escola de Paisagem de Max Haushofer. Em 1864, mudaria definitivamente para Viena, onde produziria e comercializaria todos os seus trabalhos. Em 1871, casaria com Josefa Procházkova, com quem teria 8 filhos. Dois deles, tornariam artistas e um deles, Fritz, estudaria inclusive na Academia de Viena. ADOLF CHWALA - Paisagem com lago Óleo sobre tela - 80 x 120 ADOLF CHWALA - Paisagem com cavaleiro - Óleo sobre tela - 43 x 68 As razões de sua transferência para Viena ainda são desconhecidas, mas a mais provável é que Praga não se tratava de um centro artístico de grande influência comercial naquela época. Ele viajava bastante pela região, limitando ao trabalho de ateliê, nas conclusões de suas obras. Andou por várias regiões da República Checa (Bacia do Sázava, Vltava, Labe, Jizera e Otava), também pela Morávia (perto de Old Breclav e Vranov Thaya) e na Baixa Áustria, Bavária e Alpes. Em certo momento de sua produção, os lagos alpinos e suas majestosas montanhas, tornaram-se quase que a exclusividade de sua produção. ADOLF CHWALA - Trecho de rio arborizado - Óleo sobre tela - 94 x 128 - 1900 ADOLF CHWALA - Vista de Traunsee - Óleo sobre tela - 42,5 x 58 Fazia os primeiros estudos em ar livre, para a captação da atmosfera e cenas locais, mas sempre concluía seus trabalhos em estúdio. A qualidade de suas pinturas se classifica como a mais proeminente entre os artistas da Escola Haushofer. Com forte influência do Romantismo em suas produções iniciais, foi adquirindo uma veia realista com o passar do tempo e chegou mesmo a experimentar pinceladas mais soltas e alongadas, na década de 1860. Mas, voltou a executar o estilo que sempre se identificou e no qual se sentia bem. Seu trabalho foi muito bem sucedido e era respeitado por outros artistas de seu tempo, tanto que inúmeras reproduções de suas obras espalharam por toda a região. Mesmo trabalhando bastante e sendo reconhecido pelo que fazia, restringiu suas exposições somente na região, o que não o tornou um artista de reconhecimento continental em sua época. Chwala faleceu em Viena, em março de 1900. ADOLF CHWALA - Corredeira - Óleo sobre tela - 26 x 39 ADOLF CHWALA - Paisagem tcheca Óleo sobre tela - 80 x 115 Grande parte dos leilões realizados recentemente, em várias casas especializadas da Europa, comprova o crescente interesse de colecionadores atuais por temas paisagísticos do centro-leste europeu, e Chwala se mostra como um dos artistas mais requisitados. É uma espécie de pagamento de dívidas com diversos artistas daquele tempo, que não tiveram suas obras divulgadas e valorizadas como mereciam. ADOLF CHWALA - Montanha na Baviera - Óleo sobre tela - 75 x 100 ADOLF CHWALA - Verão na montanha, com vista para um pequeno lago Óleo sobre tela - 79 x 115
O poeta da pintura
The Musée Marmottan Monet opened its spaces to Impressionism in 1940, when it became home to Monet’s iconic Impression, Sunrise. This painting, which has gone down in history for inspiring the name of the movement, was the foundation stone of the Museum’s Impressionist collections. In 1966 came another major event in the life of the […]
Di-Li Feng (China, 1958) óleo sobre tela
Eu moro em você. Moro devagar, moro aos poucos. Passo um tempo na sua cabeça. Enquanto você me escreve, me pinta e me toca, me bebe. Você me devora e me sente. Você me olha e me beija. Você me deixa…
Sagrada Família - óleo sobre tela - 2014
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"O artista tem uma preocupação com as cores, não somente ao reproduzir o tom certo do que está pintando, mas procura transmitir prazer para quem olhar a obra. A composição é agradável e nos transporta a um ambiente bucólico e calmo fazendo com que queiramos participar dele. Suas mesas postas ,com vinhos, queijos, frutas e flores estão á espera dos convivas . Estuda a luz intensa do meio dia e as sombras que produz. Gosta dos amarelos, azuis, roxos. As águas recebem um reflexo colorido. Quanto á composição ela é correta e tem equilíbrio de forças.Quando pinta a paisagem estuda cuidadosamente os verdes e seus volumes,a perspectiva do casario. Ao fixar o vinhedo alonga a vista para o infinito em diversos planos onde cada um recebe o tom certo." RUTH SPRUNG TARASANTCHI Nasceu, dia 19 de agosto de 1939, na cidade de Sete Lagoas em Minas Gerais, o pintor, desenhista, ilustrador e professor, Luiz Pinto. Inicia-se na pintura com Guignard, com quem estuda de 1957 a 1960, em Belo Horizonte. Em seguida passa a orientar - se com Edgar Walter e Ângelo Marzano. Viaja para a Europa entre1989 e 1990, a fim de se aprimorar tecnicamente, tendo percorrido a Itália, Holanda, Portugal, Espanha e França. De volta ao Brasil, ensina pintura em escolas de arte de São Paulo. Suas telas são quase sempre paisagens, que transmitem algo mais do que a simples reprodução da natureza, imprimem uma visão tipicamente rural e bucólica, lírica e ingênua. Tem uma visão poética da paisagem brasileira, capaz de captar com delicadeza tanto todas as primeiras luzes da manhã como as últimas claridades do dia. Fonte:http://www.espacoarte.com.br/artistas/13-luiz-pinto, http://www.luizpinto.com/
MATT SMITH - Santa Barbara - Óleo sobre tela - 25,4 x 38 ÂNGELO GUIDO - Paisagem - Óleo sobre tela - 1949
Henri Matisse (França, 1869-1954) Retrato de Mme Matisse, 1905, óleo sobre tela, 40 x 32 cm, Museu Estadual de Arte, Copenhagen, Dinamarca. – História da Arte Moderna e…
Colette Foune (França, 1927) óleo sobre tela, 46 x 38 cm
EDGAR WALTER - Paisagem Óleo sobre tela - 65 x 80 - 1982 Com o término do inverno e a chegada das primeiras chuvas de primavera, a...
RUBENS SANTORO Canal veneziano Aquarela sobre papel - 41 x 26 cm MILTON PASSOS Rua do Fogo, Paraty Óleo sobre tela
Sempre vejo comentários do tipo "Ah, se eu pudesse, me casaria de novo! Só que com o mesmo marido, claro!". Ao que parece, todas as noivas ficam querendo
Esta é a 3ª edição do post, cuja 1ª edição é de 27 de Fevereiro de 2010, a que se seguiu uma 2ª edição a 7 de Novembro de 2010. Novamente foi ampliado com considerações de natureza linguística e de literatura oral, bem como pela adição de seis novas ilustrações e de mais três fontes bibliográficas. APONTAMENTOS ETNOGRÁFICOS OS talêgos eram sacos multicolores, de tamanho variável, confeccionados pelas mulheres com as sobras dos panos usados na confecção de saias, blusas e aventais ou mesmo de roupa velha que se tinha deixado de usar. Tinham um cordão ou nastro que corria dentro de uma bainha e que os permitia fechar. Podiam ser forrados ou ser singelos. Alguns eram rebuscados na sua concepção e manufactura, a qual podia incluir pompons e borlas. Outros haviam que eram simples, sendo alguns, até, manufacturados com um único tecido. Os talêgos eram o providencial modo de transportar aquilo que de que precisávamos. Ia-se às compras de talêgo, o qual era lavado sempre que necessário. Havia um talêgo para ir aviar a mercearia e outro para ir ao pão, bem como outro para ir ao grão, ao feijão ou ao milho. Usávamos também um talêgo para guardar os magros tostões que tínhamos e ainda outro para guardar a existência usada no jogo do botão. Os camponeses guardavam as sementes em talêgos e os moleiros recebiam talêgos de trigo, centeio ou milho, que devolviam com farinha, após terem subtraído a maquia devida à moagem. Era também nos talêgos que se levava comida para o local de trabalho. Em nossas casas, nas arcas, cómodas e guarda-fatos havia pequenos talêgos com alfazema, que pelo seu cheiro afugentava traças, moscas, mosquitos e demais insectos. Nesses mesmos locais, existiam por vezes talêgos maiores, nos quais se acondicionava a roupa mais delicada ou mais antiga e que inspirava mais cuidados de preservação. A pobreza, a falta de oportunidades de vida, a adversidade do clima, as catástrofes, a política repressiva, fizeram com que ao longo dos tempos, o povo português tivesse de emigrar, visando a melhoria das suas condições de vida. Para transportar os seus bens, a maioria das vezes, uma parca bagagem, lá estavam o talêgo e mais tarde, a mala de cartão. O talêgo era a embalagem reciclável inventada pelo sabedoria popular, que sempre soube encontrar formas criativas de lutar contra a adversidade e a falta de meios. Depois de puído e roto pelo uso e pelas lavagens sucessivas, era remendado por mãos hábeis de mulheres, que assim lhe prolongavam a longevidade. E mesmo depois de serem abatidos ao serviço como “talêgos”, continuavam ter préstimo. Serviam de rodilha ou de esfregão, até tal ser possível. Só depois se deitavam fora, para serem degradados pela terra-mãe e renascerem sob outra forma. Actualmente, a luta contra o desperdício e o consumismo, pela melhoria da nossa qualidade de vida e pela salvação do planeta, passa pela implementação da política dos 3 RRR: - Reduzir o lixo que se produz; - Reutilizar as embalagens mais que uma vez; - Reciclar os componentes do lixo, separando-os na origem. Por isso impõe-se o regresso da utilização do talêgo na nossa vida quotidiana, sempre que formos às compras. O planeta e a melhoria da nossa qualidade de vida assim o exigem. Não queremos abandonar o tema que temos estado a abordar, sem tecer algumas considerações de natureza linguística, bem como sublinhar igualmente algumas notas de literatura oral: CONSIDERAÇÕES DE NATUREZA LINGUÍSTICA Em primeiro lugar convém esclarecer que “talêgo” é a forma regionalista do substantivo “taleigo”, devida a um fenómeno fonético que consistiu na monotongação do ditongo “ei”, que se transformou assim em “ê”, o que teve repercussões no grafismo da palavra. [10] Nos dicionários consultados, que abrangem o período de 1721[4] a 2001[2], existem verbetes sobre as palavras “ataleigar”, “taleiga”, “taleigada”, “taleigão”, “taleigo” e “taleiguinho”. Vejamos o que sobre estas palavras dizem os diferentes dicionários: ATALEIGAR - Puxar as calças para cima da cintura. [9] (1922) ATALEIGAR – Encher muito. [25] (1993) TALEIGA – Substantivo feminino. De acordo com os dicionaristas consultados, designa: - Saco pequeno. Uma taleiga de trigo são quatro alqueires. [4] (1721) - Saco pequeno. Uma taleiga de trigo são quatro alqueires. [3] (1789) - Saco, de maiores ou menores dimensões, e destinado especialmente à condução de cereais para os moinhos e da farinha que nestes se fabrica. Antiga medida para líquidos e cereais. (Do lat. Talica) [8] (1913). - Saco pequeno e largo, destinado à condução de cereais para os moinhos e da farinha que nestes se fabrica. Antiga medida de azeite, equivalente a dois cântaros. Antiga medida de trigo, equivalente a quatro alqueires. (Do latim “talica”) [12] (s/d) - Saco, bolsa, surrão. “Taleiga” é sinónimo de “teiga”. (Do árabe “ta’lîqâ”, saco). [15] (1977) - Saco, pequeno e largo, destinado à condução de cereais para os moinhos e da farinha que nestes se fabrica. Antiga medida de azeite, equivalente a dois cântaros. Antiga medida de trigo, equivalente a quatro alqueires. [24] (1988) - Saco pequeno e largo. Antiga medida para líquidos e cereais (Do árabe “ta'liqa”, saco) [19] (1996) - Saco pequeno e largo usado normalmente no transporte de cereais e de farinha. Medida antiga de azeite, equivalente a dois cântaros. Medida antiga de trigo, equivalente a quatro alqueires. (Do árabe “ta'liqa”, saco.) [2] (2001) - Saco pequeno e largo. Antiga medida para líquidos e cereais. (Do árabe “ta'lïqa”, saco). [20] (s/d) TALEIGADA - Substantivo feminino. De acordo com os dicionaristas consultados: - Uma taleigada de azeite, são dois cântaros de azeite, medida de Lisboa. [4] (1721) - A porção que se leva numa taleiga. Uma taleigada de azeite, são dois cântaros de azeite, medida de Lisboa. [3] (1789) - O que uma taleiga pode conter. Taleiga cheia (De taleiga). [8] (1913). - O que uma taleiga pode conter. Taleiga cheia: uma taleiga de trigo. [12] (s/d) - O que uma taleiga pode conter. Taleiga cheia. [24] (1988) - Porção que enche uma taleiga ou um taleigo (De taleiga ou taleigo). [19] (1996) - Conteúdo de uma taleiga. Porção que enche uma taleiga (De taleiga + suf. -ada). [2] (2001) - Porção que enche uma taleiga ou um taleigo (De taleiga ou taleigo+-ada). [20] (s/d) TALEIGÃO – Adjectivo e substantivo masculino. O mesmo que latagão (indivíduo robusto, forte, desempenado , e geralmente novo). [12] (s/d) TALEIGO - Substantivo masculino. De acordo com os dicionaristas consultados: - É um saco pequeno, como aquele em que o soldado leva às costas, pão de munição ou outra virtualha. Um taleigo leva dois alqueires de trigo (Deriva do castelhano “Talega” e este segundo Covarrubuias deriva do Grego). [4] (1721) - Saco estreito e longo que leva dois alqueires. [3] (1789) - Taleiga pequena. [8] (1913). - Taleiga pequena. Saco. Cesto onde se transporta comida. O mesmo que barça. Saco onde se metia o falcão, na caça de altanaria. Antiga medida para secos, equivalente a dois alqueires. Víveres de reserva, para três dias, guardados num saco prlos homens de armas das hostes em campanha na Idade Média. O saco que continha esses víveres. [12] (s/d) - Substantivo masculino e adjectivo, diminutivo de taleigão. [12] (s/d) - Taleiga pequena. Saco. Cesto onde se transporta comida: O mesmo que barca. Saco onde se metia o falcão, na caça de altanaria. Antiga medida para secos, equivalente a dois alqueires. Víveres de reserva, para três dias, guardados num saco pelos homens de armas das hostes em campanha, na Idade Média. O saco que continha esses víveres. [24] (1988) - Saco estreito e comprido. Taleiga pequena. (De taleiga) [19] (1996) - Saco pequeno, estreito e comprido: Taleiga de dimensões reduzidas. Cesto usado para transportar comida. Medida antiga, equivalente a dois alqueires, usada para secos. Saco que era usado na caça de altanaria para levar o falcão. Saco que continha a comida para três dias, usado pelos homens de armas na Idade Média. Víveres contidos nesse saco. [2] (2001) - Saco estreito e comprido. Taleiga pequena (De taleiga). [20] (s/d) TALEIGUINHO – Substantivo masculino. Taleigo pequeno. (De taleigo e sufixo diminutivo -inho). [12] (s/d) NOTAS DE LITERATURA ORAL De acordo com o cancioneiro popular: “Tenho um saco de cantigas, E mais uma taleigada: O saco é p’ra esta noite, Taleiga p’ra madrugada.” [18] A palavra “Taleigo” não figura, pelo menos actualmente na Onomástica Portuguesa como nome próprio. Assim o revela a consulta à lista dos vocábulos admitidos como nomes próprios, disponibilizada pelo Instituto dos Registos e do Notariado [13]. Todavia, a palavra é conhecida como sobrenome de nome próprio. A referência mais antiga que conhecemos figura num documento simples da Chancelaria Régia de D. Afonso V (liv. 14, fl. 85v), datado de 13 de Junho de 1466, o qual certifica que o monarca perdoou os 9 meses de degredo no couto de Marvão a Mem Rodrigues Taleigo, lavrador, morador em Évora Monte, o qual pagou 600 reais brancos para a Piedade. [6] No Alentejo são conhecidas alcunhas em que figura a palavra “taleigo” ou palavras dela derivadas [22]: - TALEGA - o visado faz comentários do estilo: "Grande talega!" (Marvão). - TALEGUEIRO – o atingido anda sempre com um taleigo (Sines). - TALEIGADAS (Avis). - TALEIGO - Alcunha concedida a um sujeito baixo e gordo (Cuba e Portel). - TALEIGUINHO - o receptor pendurou um taleigo num sobreiro (Santiago do Cacém) ou então é um indivíduo de baixa estatura (Aljustrel e Portei). - TALEIGUINHO DA BUCHA - o receptor é baixo e gordo (Moura). - TALEIGUINHO DAS ISCAS – o receptor quando ia à caça, levava sempre um taleiguinho com iscas (Aljustrel). O adagiário português relativo ao taleigo é escasso: - “Fazenda em duas aldeias, pão em duas talegas” [4] - “O fidalgo, o galgo e o talego de sal, junto do fogo os hão de achar” [4] - “O taleigo de sal quer cabedal” [5] São conhecidas as seguintes imagens metafóricas usadas na gíria portuguesa: Dar ao taleigo = Falar = Dar à língua = Parolar = Conversar [24], [25] Dar aos taleigos = Parolar = Dar à língua [8] Dar ao(s) taleigo (s) = Conversar demoradamente [23] Dar ao(s) taleigo (s) = Dar á língua [19] Dar ao(s) taleigo(s) = Conversar = Dar à língua [2] No calão: Talega = Grande Porção = Grande Peso = Saco de pano [25] Taleiga = Carga excessiva = Grande quantidade [17] Taleiga = Coisa Grande [14] Taleiga = Naco = Pedaço de haxixe [21] Taleiga = Saco Grande [25] Taleigão = Latagão [25] Taleigo = Prisão” [14], [25] Taleigo = Saco pequeno [1], [25] Na toponímia: TALEGA = Freguesia do bispado de Elvas [16] TALEIGÃO = Freguesia do concelho e distrito de Goa, Índia Portuguesa. QUINTA DA TALEIGA = Lugar do concelho de Portalegre. Os pregões usados pelos pregoeiros eram outra forma de literatura oral. Através deles se proclamava qualquer coisa, como por exemplo, aquilo que se tinha para vender. Era o caso do vendedor de picão que nos anos cinquenta do século passado percorria, todo enfarruscado, as ruas de Elvas, quando o frio de rachar aconselhava o uso da braseira. O pregão: “Ah! Bom pi-cão”! " anunciava a preciosa e sazonal mercadoria contida em taleigos transportados no dorso de pacientes asnos. NOTA FINAL Depois desta "taleigada" de considerações suscitadas pelo substantivo "talêgo" em termos linguísticos e de literatura oral, achamos por bem atar os cordões e dar o presente texto por terminado. Pelo menos por agora. BIBLIOGRAFIA [1] - BESSA, Alberto. A Gíria Portugueza. Gomes de Carvalho- Editor. Lisboa, 1901. [2] – ACADEMIA DAS CIÊNCIAS DE LISBOA. Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea. II Volume. Editorial Verbo. Lisboa, 2001. [3] – BLUTEAU, Raphael; MORAES SILVA, António de. Diccionario da Língua Portugueza. Tomo Segundo. Officina de Simão Thaddeo Ferreira. Lisboa, 1789. [4] – BLUTEAU, Raphael. Vocabulario Portuguez e Latino. Vol. V. Officina de Pascoal da Sylva. Lisboa, 1721. [5] – DELICADO, António. Adagios portuguezes reduzidos a lugares communs / pello lecenciado Antonio Delicado, Prior da Parrochial Igreja de Nossa Senhora da charidade, termo da cidade de Euora. Officina de Domingos Lopes Rosa. Lisboa, 1651. [6] – DIRECÇÃO-GERAL DE ARQUIVOS [http://digitarq.dgarq.gov.pt/default.aspx?page=listShow&searchMode=as&sort=id&order=ASC] [7] - FERREIRA, Diogo Fernandes. Arte da Caça de Altaneria. Vol. I. A Liberal. Lisboa, 1899. [8] - Figueiredo, Cândido de. Novo Diccionário da Língua Portuguesa (2 vol.). Clássica Editora. Lisboa, 1913. [9] - Figueiredo, Cândido de. Novo Dicionário de Língua Portuguesa. (2 vol.). Editora Portugal-Brasil Limitada, 1922. [10] – FLORÊNCIO, Manuela. Dialecto Alentejano – contributos para o seu estudo. Edições Colibri. Lisboa, 2001. [11] - GAMA, Eurico. Os Pregões de Elvas. Edição de Álvaro Pinto. Lisboa, 1954. [12] – GRANDE ENCICLOPÉDIA PORTUGUESA E BRASILEIRA. Vol. 30. Editorial Enciclopédia, Limitada. Lisboa, s/d. [13] – INSTITUTO DOS REGISTOS E DO NOTARIADO. Vocábulos admitidos e não admitidos como nomes próprios [http://www.irn.mj.pt/sections/irn/a_registral/registos-centrais/docs-da-nacionalidade/vocabulos-admitidos-e/downloadFile/file/2010-09-30_-_Lista_de_nomes.pdf?nocache=1287071845.45] [14] – LAPA. Albino. Dicionário de Calão. Edição do Autor. Lisboa, 1959. [15] – MACHADO, José Pedro Machado. Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa. Vol. 5. 3ª edição. Livros Horizonte. Lisboa, 1977. [16] - NIZA, Paulo Dias de. Portugal Sacro-Profano. Parte II. Oficina de Miguel Manescal da Costa. Lisboa, 1768. [17] – NOBRE, Eduardo. Dicionário de Calão. Publicações Dom Quixote. Lisboa, 1986. [18] - PIRES, A. Tomaz. Cantos Populares Portuguezes. Vol. IV. Typographia e Stereotipía Progresso. Elvas, 1912. [19] - PORTILLO, Lorenzo. Grande Dicionário Enciclopédico Ediclube. Ediclube. Alfragide, 1996. [20] – PORTO EDITORA. Grande Dicionário. Porto Editora. Porto, 2004. [21] – PRAÇA, Afonso. Novo Dicionário de Calão. Editorial Notícias. Lisboa, 2001. [22] – RAMOS, Francisco Martins e SILVA, Carlos Alberto da. Tratado das Alcunhas Alentejanas. 2ª edição. Edições Colibri. Lisboa, 2003. [23] – SANTOS, António Nogueira. Novos dicionários de expressões idiomáticas. Edições João Sá da Costa. Lisboa, 1990. [24] – SILVA, António de Morais. Novo Dicionário Compacto da Língua Portuguesa. Vol. V. 4ª edição. Editorial Confluência. Mem Martins, 1988. [25] – SIMÕES, Guilherme Augusto. Dicionário de Expressões Populares Portuguesas. Publicações Dom Quixote. Lisboa, 1993. [26] - VITERBO, Joaquim de Santa Rosa de. Elucidário das Palavras, Termos e Frases. Edição Critica de Mário Fiúza. Vol. 2. Livraria Civilização. Porto, 1966. Hernâni Matos VIAJANTES A SEREM RECEBIDOS NUMA ESTALAGEM. O que está apeado transporta um taleigo suspenso de um pau. Iluminura do “Tacuinum Sanitatis” (Finais do séc. XIV), livro medieval sobre o bem-estar, com base na al Taqwin Taqwin تقوين الصحة ("Quadros de Saúde"), tratado do século XI da autoria do médico árabe Ibn Butlan de Bagdá, o qual pertence à Biblioteca Casanatense, em Roma. ABRIL - FÓLIO 9v, Iluminura do “Livro de Horas de D. Manuel “, Séc. XV. No pé de página, à beira-rio, duas levadas movem duas azenhas. À esquerda da do lado esquerdo uma mulher aproxima-se, transportando à cabeça um talêgo com grão para ser moído, o mesmo se passando do lado direito, onde um homem carrega um talêgo de grão às costas. Simultâneamente um homem montado num burro com talêgos de farinha, parece fazer-se ao caminho. MARÇO - Iluminura do “Livro de Horas do Duque de Berry” (Século XV) manuscrito com iluminuras dos irmãos Paul, Jean et Herman de Limbourg, conservado no Museu Condé, em Chantilly, na França. Na iluminura estão representados trabalhos agrícolas. No segundo plano, à direita, um camponês dobrado sobre um taleigo, retira daí sementes, que de seguida irá semear. Ainda no segundo plano à esquerda, um camponês que poda a vinha, tem junto a si, no chão, uma enxada, um chapéu e um taleigo. OUTUBRO - Iluminura do “Livro de Horas do Duque de Berry” (Século XV) manuscrito com iluminuras dos irmãos Paul, Jean et Herman de Limbourg, conservado no Museu Condé, em Chantilly, na França. Na iluminura estão representados trabalhos agrícolas. Em primeiro plano, um camponês semeia a terra. Próximo de si, um taleigo com sementes. PADARIA. COLÓNIA SUÍÇA DE CANTAGALO – BRASIL (1835). Jean Baptiste Debret (1768-1848). Pormenor de Litografia. Firmin Didot Frères, Paris. O EMIGRANTE (1918). José Malhoa (1855-1933). Óleo sobre tela ( 80 x 104 cm). Colecção particular. Ilustração de Alfredo Roque Gameiro (1864 - 1935) para “As Pupilas do Senhor Reitor”, de Júlio Diniz (1839-1871). OS EMIGRANTES (1926). Domingos Rebelo (1891 - 1975). Óleo sobre tela. Museu Carlos Machado, Ponta Delgada. TIPOS SALOIOS (MERCÊS-RINCHOA). Leal da Câmara (1876-1948). Ilustração de bilhete-postal editado pela Casa-Museu Leal da Câmara, Rinchoa. SALOIOS EM LISBOA - Stuart Carvalhais (1887-1961). Tinta da China aguarelada sobre papel (25 x 30 cm). Colecção particular. MOLEIRO COM DOIS BURROS CARREGADOS DE TALEIGOS – Capa da revista “Ilustração Portuguesa” nº 730 de 16 de Fevereiro de 1930. SERRA DO CAMULO - MULHER COM CAPUCHA (1937). Aguarela de Alberto de Souza (1880-1961), reproduzida em bilhete-postal ilustrado nº 17 da "Série B" - Costumes Portugueses, tendo impresso no verso um selo do tipo "TUDO PELA NAÇÃO" de $25 (azul) ou de 1$00 (vermelho) e emitido pelos CTT, em 1941. DENTRO DO MOINHO – aguarela de Raquel Roque Gameiro Ottolini (1889-1970). CONFRATERNIZAÇÃO INFANTIL – Laura Costa. Desenho policromo reproduzido em bilhete-postal de Boas Festas dos CTT, emitido em 1944 com selo de $30 do tipo Caravela e impresso em off-set na litografia Maia, no Porto.
La Maison Picassiette was built by only one man, Raymonde Isidore, between 1938 and 1964. More info and pictures here: www.thejoyofshards.co.uk/picassiette/index.shtml#anchor184676
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